Diálogo Diário de Segurança
DDS
Temas a serem propostos (59 temas)
1. QUASE ACIDENTES SÃO SINAIS DE ALERTA
Muitos acidentes quase acontecem... São aqueles que
não provocam ferimentos apenas porque ninguém se encontra numa posição de se machucar.
Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fatos, descobriríamos que
existem muito mais acidentes que não causam ferimentos do que aqueles que
causam.
Você deixa alguma coisa pesada cair de suas mãos e não
acerta o próprio pé. Isto é um acidente, mas sem grandes conseqüências ou mesmo
um pequeno ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente
não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma
fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separa você
ou uma pessoa de ser atropelado por um carro. Esta diferença é apenas uma
questão de sorte? Nem sempre. Suponha que você esteja voltando para a casa à
noite de carro e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de
uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo a
poucos centímetros da criança? Não. Um outro motorista talvez tivesse
atropelado a criança. Neste exemplo os seus reflexos podem ter sido mais
rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode
ter freios melhores, melhores faróis ou melhores pneus. De qualquer maneira,
não se trata de sorte, apenas o que faz com que um quase acidente não se torne
um acidente real. Quando acontece algo como no caso da criança quase
atropelada, certamente, você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente
pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nos passeios e que,
de repente, elas podem correr para a rua.
No trabalho um quase acidente deve servir como aviso
da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente
provocar um acidente real da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou
quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.
Tome por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma
pessoa passa, vê, dá a volta e nada acontece. A próxima pessoa a passar pelo
local não percebe o óleo derramado, escorrega e quase cai. Sai desconcertado e
resmungando. A terceira pessoa, infelizmente, ao passar, escorrega, perde o
equilíbrio e cai, batendo com a cabeça em qualquer lugar ou esfolando alguma
parte do corpo.
Tome um outro exemplo. Um material mal empilhado se
desfaz no momento que alguém passa por perto. Pelo fato de não ter atingido
esta pessoa, ela apenas se desfaz do susto e diz. “Puxa, essa passou por
perto!”
Mas se a pilha
cai em cima de alguém que não conseguiu ser mais rápido o bastante para sair do
caminho e se machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente.
A conclusão é
mais do que óbvia. NÓS DEVEMOS ESTAR EM ALERTA PARA O QUASE ACIDENTE. Assim
evitamos ser pegos por acidentes reais. Lembre-se que os quase acidentes são
sinais claros de que algo está errado. Exemplo: Nosso empilhamento de material
pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de trabalho pode não estar
boa. Vamos verificar nosso local de trabalho, a arrumação das ferramentas e
ficar de olhos bem abertos para as pequenas coisas que podem estar erradas.
Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se
fossem um acidente grave, descobrindo suas causas fundamentais enquanto temos
chance, pois só assim conseguiremos fazer de nosso setor de trabalho um
ambiente mais sadio.
2. ARRUMAÇÃO,
LIMPEZA E ORDENAÇÃO SÃO BONS HÁBITOS
Todos os
empregados têm suas tarefas para fazer. Os 5 S - senso de utilização,
ordenação, limpeza, asseio e disciplina - fazem parte de nossas obrigações. Mas
o que é isto afinal?
“Arrumação, limpeza,
ordenação, asseio e disciplina” significa manter as coisas arrumadas e
ordenadas, o chão limpo, sem papel, óleo derramado, graxas nas paredes e assim
por diante. È aquele empilhamento de material corretamente, máquinas de pequeno
porte guardadas nos seus devidos lugares, chaves e ferramentas acomodadas nos
lugares certos e limpos. A boa arrumação significa ter livre acesso quando numa
emergência de primeiros socorros e a equipamentos de combate a incêndio.
Significa muitas coisas, mas a definição mais curta é: “UM LUGAR APROPRIADO
PARA CADA COISA E CADA COISA NO SEU DEVIDO LUGAR”.
Todos os
empregados podem ajudar no esforço de arrumação, fazendo o seguinte:
-
manter pisos, corredores
e áreas de trabalho razoavelmente livre de itens desnecessários, delimitando os
locais com faixas, inclusive corredores;
-
confinar resíduos em locais apropriados;
-
guardar todos os equipamentos de
proteção individual em locais adequados.
Nada indica mais uma
área desorganizada, desarrumada e suja do que os copos de papel, restos de
lanches espalhados pelo chão, sobre a mesa, em bancadas de trabalho, em
passarelas e assim por diante.
O bom resultado da
arrumação, ordenação, limpeza, asseio e disciplina, não é obtido por mutirões
de limpeza. Ela é o resultado de um esforço diário. Se cada empregado arrumasse
pelo menos uma coisa todos os dias, os resultados seriam surpreendentes. A hora
de fazer a limpeza é toda hora.
UMA OFICINA LIMPA
É UMA OFICINA SEGURA
Todos nós já ouvimos
alguma vez que uma oficina limpa é uma oficina segura. Mas como podemos manter
nossa oficina limpa e segura? É só uma questão de um pouco de atenção com a
arrumação, com cada um de nós fazendo a sua parte. Uma faxina geral é uma boa
idéia. Toda oficina ou mesmo nossa casa precisa de uma faxina geral
ocasionalmente. Entretanto, a
“arrumação, ordenação,
limpeza, asseio e disciplina” é mais que isto. O 5 S significa limpeza e ordem:
um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Significa recolher e limpar
tudo depois de cada tarefa. Se uma tarefa provocar muita desordem, tente manter
a mesma a nível mínimo, tomando um pouco mais de cuidado. Lixo e óleo
incendeiam-se facilmente. Um incêndio é ruim para a Empresa e para nós. Sujeira
é apenas material fora do lugar. O óleo que derramou no chão tinha papel a
cumprir na máquina. O chão é apenas mais uma fonte de risco. Cubra o óleo
derramado com material absorvente ou tente coletar quando houver possibilidade de
derramamento para seu reaproveitamento. Com isto você poderá evitar que alguém
tenha um tombo. Observe onde você deixa ferramentas ou materiais. Nunca os
coloque num chassi de máquina ou numa peça móvel da máquina. Nunca empilhe
coisas em cima de armários. Observe os espaços sob as bancadas e escadas, não
deixando refugos e entulhos. Mantenha portas e
corredores livres de
obstrução para serem acessados em caso de emergência. O verdadeiro segredo de
uma oficina limpa e segura é nunca deixar para depois o trabalho de limpeza e
arrumação, fazendo-o imediatamente enquanto dá pouco trabalho. Vá fazendo a
limpeza e a coleta de coisas espalhadas quando concluir uma tarefa ou quando
seu turno estiver terminando.
3.
NINGUÉM DESEJA CULPAR NINGUÉM
Tentamos
fazer um bom trabalho de verificação nas inspeções de risco e seguimos as
recomendações que saem destas inspeções. Tentamos fazer um trabalho completo de
investigação das causas de todos os acidentes. Não fazemos isto para colocar
alguém na berlinda ou para culpar alguém. Fazemos isto apenas por um motivo:
evitar que novos acidentes ocorram.
Provavelmente
alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma investigação impediu o acidente que
está sendo investigado”. Se é isto que vocês estão pensando, vocês estão
completamente certos. Porém, boas investigações, criteriosas, não tendenciosas
podem ajudar em muito na prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são
provocados - eles não acontecem por acaso. Se descobrirmos a causa do acidente,
podemos fazer alguma coisa para eliminá-la e impedir que outro acidente como
aquele aconteça. Mas se apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma
coisa desagradável, que podemos fazer? Estas coisas acontecem. Foi um azar”,
então podemos estar certos de que outros acidentes como aquele, acontecerão. A
maioria dos acidentes apresenta mais de uma causa. Por exemplo, um homem perde
o equilíbrio e cai de uma escada. Se na investigação a conclusão teve como
causas: “o funcionário não teve cuidado” ou “a proteção não estava no lugar”,
estamos parando a investigação sem termos esgotados todas as possibilidades.
Peguemos
o caso novamente. O homem que perdeu o equilíbrio e caiu da escada.
Pergunta-se: a escada estava com defeito? E se estava porque ela estava sendo
usada? O homem sabia que a escada estava em boas condições de uso e relatou
isto? Se não sabia, ele foi instruído corretamente sobre como e o que
inspecionar numa escada, ou a escada estava em boas condições mas foi usada de
matreira inadequada? Ela foi colocada num corredor onde uma pessoa poderia
esbarrar? Se foi, porque não havia uma pessoa no pé da escada para manter as
outras pessoas afastadas? Ela deveria ter sido presa no topo? Ela tinha o
tamanho correto para o local? Ela foi posicionada com o ângulo certo em relação
à parede, ou foi o próprio trabalhador que fez algo inseguro? Ele estava
subindo com algum objeto pesado que poderia ter sido içado por uma corda? Se
estava foi dito a ele para usar uma corda? Ele segurava objetos com as mãos soltas?
Ele tentou virar-se para descer a escada de costas para ela? Ele tentou segurar
algo que foi jogado para ele e perdeu o equilíbrio? Estas são, acredite ou não,
apenas algumas perguntas que podem ser feitas sobre um acidente muito simples.
Se investigarmos a fundo em busca da causa ou causas fundamentais, então
estamos contribuindo para que possa evitar outros acidentes dessa natureza.
Acima de tudo a Segurança quer saber se foi totalmente uma questão de falta de
cuidado, ou se existiram outras condições que contribuíram para provocar o
acidente. A investigação de acidente que seja real, sólida, consistente,
profunda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o acidente é um dos
melhores instrumentos que precisamos dominar para trabalhar com segurança.
Todos saem lucrando com a investigação neste departamento e lucram com as
investigações feitas em outras áreas da Empresa. A mesma coisa acontece com as
inspeções de segurança e os acompanhamentos das recomendações de segurança Elas
são realizadas para e preparadas para identificar ou eliminar as condições de
risco. Todos os maus hábitos, todas as peças defeituosas dos equipamentos,
todas as inconformidades deverão ser relatados ao Gerente, antes que alguém se
acidente.
Lembre-se: não estamos
atrás da cabeça de ninguém. Não estamos querendo colocar ninguém na berlinda.
Apenas queremos impedir que algum de nós se machuque por um acidente.
4.
FIQUE ATENTO A VIDRO QUEBRADO
Recentemente
uma mulher trabalhando num balcão de supermercado teve sua rotina subitamente
interrompida, quando uma garrafa de soda caiu e estourou perto dela, sendo
atingida pelos cacos onde sofreu pequenos cortes. Um vendedor de uma loja de
luminárias demonstrava abajur de louça, quando o cliente caiu acidentalmente
sobre o abajur sofrendo cortes no punho. Um trabalhador de manutenção foi
atingido no olho por um caco de vidro quando uma janela de vidro caiu.
A
lista de feridos poderia continuar, passando pelo caso de uma pessoa que tromba
com uma porta de vidro até a queda de um copo de vidro no banheiro. Porém, a
história da segurança não termina com ferimentos. Alguém tem que limpar o vidro
quebrado e esta tarefa exige o maior cuidado. Os ferimentos causados ao
recolher os cacos de vidro, ou por não recolhê-los, não costumam virar
“manchete de jornal”, mas fazem seus estragos com freqüência através de cortes,
ferimentos atingindo pequenas artérias e posteriores infecções.
Tome
cuidado quando lidar com cacos de vidro. Se você se cortar busque os primeiros
socorros imediatamente. Garrafas ou copos quebrados nunca devem ser depositados
diretamente no lixo. Acondicione os cacos numa folha de jornal ou outro papel
resistente e se possível rotular com o dizer “contém vidro quebrado”. Se
estiver trabalhando com maquinário, desligue-o antes de começar a remoção do
mesmo.
Os
trabalhadores que forem regularmente expostos a riscos de vidro quebrado, devem
usar o equipamento de proteção individual apropriado. Este equipamento é
constituído de óculos de segurança, luvas ou máscaras, dependendo do tipo de
trabalho. As luvas e protetores de braços, assim como a bota de segurança são
necessários.
Ocasionalmente,
nós mesmos quebramos um copo de vidro ou objeto de vidro. Neste caso os cacos
podem ser coletados usando-se um pedaço de papelão. As partículas menores podem
ser recolhidas com folhas absorventes umedecidas, que devem ser enroladas e
marcadas como tendo vidro quebrado. Nunca use toalhas ou guardanapos de tecido
para coletar as partículas de vidro. O uso de uma pázinha de lixo, de uma
vassoura ou rodo de borracha também é um método seguro para lidar com esta
situação. As pessoas que trabalham com vidro devem ser alertadas constantemente
quanto a quebra, mau empilhamento e caixas defeituosas. Um ferimento sério pode
ocorrer se você cair ou esbarrar numa caixa ou prateleira onde o vidro quebrado
possa ter sido deixado.
Algum
dia você pode lidar ou tentar abrir recipientes de vidro que podem quebrar.
Neste caso proteja suas mãos com toalhas grossas. Se houver suspeita de vidro
quebrado num local contendo água, primeiramente faça a drenagem da água do
local para posterior remoção do vidro.
Seria
virtualmente impossível cobrir todos os casos em que você pode defrontar com o
problema do vidro quebrado Lembre-se, porém, de que o vidro quebrado deve ser
coletado e descartado imediatamente e de uma maneira que seja segura para você,
sua família e para os outros.
5.
PREPARAÇÃO DE ÁREAS SEGURAS DE TRABALHO
È impossível eliminar
todos os riscos à nossa volta. O melhor que podemos fazer é eliminar alguns e
minimizar o máximo possível outros. Uma pessoa que tenha que dirigir em
estradas asfaltadas e escorregadias em dias chuvosos, não pode eliminar os
riscos devidos à tração deficiente ou a má visibilidade, mas pode minimizá-los.
Em
primeiro lugar não deve usar pneus lisos, deve verificar se os limpadores de
pára-brisa estão funcionando bem e outros acessórios para uma eficaz operação.
Quando chegar à estrada, a pessoa deverá ser cautelosa, procurando uma
velocidade compatível com aquelas condições de tráfego. Ela abaixará as janelas
freqüentemente para diminuir o embaçamento. Deverá manter a distância maior de
outros veículos. No geral, a pessoa deverá intensificar suas táticas de direção
defensiva, esperando pelo pior, mas sempre procurando dar o melhor de si para
que não ocorram acidentes. O que tudo isto tem a ver com a preparação de áreas
seguras de trabalho? Tem tudo a ver. É exatamente isto que é a preparação de
áreas de trabalho, ou seja, a eliminação ou
minimização dos riscos.
Na verdade o programa inteiro de prevenção de acidentes é apenas isto. Eis aqui
um outro exemplo comum: Uma escada numa residência de dois andares é essencial,
por razões óbvias. Muitas pessoas morrem ou ficam feridas, todos os anos, em
acidentes em escadas. Naturalmente a escada não pode ser eliminada, mas os
riscos podem ser minimizados. Para tanto providenciamos corrimão na altura
recomendada, pisos aderentes, inclinação, quantidade de degrau recomendado, espaçamento
entre degraus e altura dos degraus dentro das normas e iluminação apropriada.
Além disto, devemos treinar as crianças para usar escadas com segurança, subir
e descer um degrau de cada vez, usar o corrimão e não correr. Agora esta escada
pode ser usada com segurança relativa. Suas condições de riscos foram
minimizadas e a conscientização através do treinamento apropriado às crianças
deve eliminar os atos inseguros. Vejamos como estes princípios se aplicam em
nosso trabalho. Suponha que temos um projeto que exija de nós reparos em
instalações subterrâneas num cruzamento de rua movimentado. A quebra do asfalto
e a abertura de um buraco certamente apresentam muitos riscos que não podem ser
eliminados.
Mesmo que seja um
trabalho de emergência, ele deve ser planejado e avaliado antes de ser
iniciado. Todos os membros da equipe de trabalho são responsáveis pela
identificação e análise dos riscos inerentes àquela atividade. Todos devem ser
protegidos o máximo possível como o público externo, as propriedades públicas,
os vizinhos e cada membro da equipe. Como nosso trabalho irá interferir no
tráfego de veículos e pedestres, temos de iniciar definindo nossa área de
trabalho. Os motoristas devem ser alertados antecipadamente de que há um grupo
de pessoas executando um trabalho à frente. Como não podemos eliminar os riscos
do tráfego, o melhor que podemos fazer é torná-lo mais lento. Reduzir a
velocidade contínua dos veículos não apenas permite a continuidade do trabalho
e melhora a segurança, como também melhora as boas relações com os vizinhos.
Após estabelecermos um padrão seguro para o tráfego, após termos criado
proteção aos pedestres naquele local, ainda assim teremos de lidar com os
riscos envolvidos na tarefa. Muitos dos riscos com os quais nos defrontamos
podem ser eliminados e outros podem ser minimizados. A utilização de
equipamentos como o capacete, luvas, óculos de segurança, protetores faciais,
máscaras, enfim, aqueles equipamentos dimensionados pela segurança como
importantes para sua proteção, eliminarão os outros riscos nesta atividade.
Porém, todo o aparato de
proteção existente não impedirá atos inseguros daqueles que querem desafiar a
própria segurança. Cada um de nós é responsável por seu próprio desempenho na
segurança do trabalho.
6. ESTEJA ALERTA
AOS RISCOS COM BATERIAS
As baterias comuns de
automóveis parecem inofensivas. Isso pode representar o maior perigo, porque
muitas pessoas que trabalham com elas ou próxima delas parecem desatentas em
relação a seus riscos em potencial.
O resultado é o
crescente número de acidentes no trabalho relacionados com o mal uso ou abuso
das baterias.
Muitos dos
acidentes podem ser evitados se respeitarmos os principais riscos da bateria.
-
O elemento eletrolítico
nas células das baterias é o ácido sulfúrico diluído, que pode queimar a pele e
os olhos. Mesmo a borra que se forma devido o derrame do ácido é prejudicial a
pele e os olhos;
-
Quando uma bateria está
carregada, o hidrogênio pode se acumular no espaço vazio próximo da tampa de
cada célula e, a meios que o gás possa escapar, uma centelha pode inflamar o
gás aprisionado e explodir.
O controle desses riscos
é bastante simples. Quando você estiver trabalhando próximo a baterias, use as
ferramentas metálicas com muito cuidado. Uma centelha provocada pelo
aterramento acidental da ferramenta, pode inflamar o hidrogênio da bateria. Por
este mesmo motivo nunca fume ou acenda fósforos próximos a baterias. Ao
abastecer a bateria com ácido, não encha com
excesso ou derrame. Se
houver o derrame, limpe-o imediatamente, tomando cuidado para proteger os olhos
e a pele. O pó formado pelo acúmulo de massa seca, pode facilmente penetrar nos
seus olhos. Portanto proteja-os com óculos de segurança.
O abuso da bateria pode
eventualmente causar vazamentos de ácidos e vazamentos de hidrogênio que
encurtam sua vida e que podem ser perigosos para qualquer um que esteja
trabalhando próximo. O recarregamento da bateria provoca o acúmulo de
hidrogênio, que é altamente inflamável. Assim, faça o recarregamento ao ar
livre ou num local bem ventilado, com as tampas removidas. Primeiro ligue os
conectores tipo jacaré do carregador nos pólos e posteriormente ligue o
carregador na tomada de alimentação.
Qualquer fonte de
centelhas durante a recarga pode causar uma explosão. Fique atento
especialmente em relação ao centelhamento quando se tentar jumpear uma bateria
descarregada. Estas pontes (jumpers) podem provocar um arco voltaico e
centelhas que podem inflamar o hidrogênio.
Nunca
ligue cabos pontes dos terminais positivos aos terminais negativos. Ao fazer
isto, os componentes elétricos serão queimados se for feita uma tentativa de
dar partida no veículo. Nunca ligue os terminais da bateria com cabos pontes
enquanto o motor estiver funcionando. A colocação dos terminais em curto pode
criar centelhas que podem inflamar o hidrogênio criado pelo carregamento.
Finalmente, nunca
verifique uma bateria colocando-a em curto com uma chave de fendas ou qualquer
metal.
As centelhas
podem inflamar o hidrogênio na bateria.
7. LUBRIFICAÇÃO
E REPAROS
Não existe máquina que
não precise ser lubrificada de vez em quando. Muitas máquinas precisam de uma
limpeza regularmente e todas as máquinas, de vez em quando, precisam de reparos
ou ajustes. Algumas vezes, achamos que podemos lubrificar, limpar ou ajustar
uma máquina em funcionamento. Porém uma máquina ligada pode cortar, esmagar,
ferir ou matar.
Por isso é importante
desligar a máquina antes de iniciar qualquer trabalho. Os minutos a mais que
você ganharia na produtividade com a máquina funcionando, não vale o risco que
você assume, por se colocar próximo a engrenagens, correias e dentes que não
estão protegidos. Um ferimento que exige atendimento no ambulatório, consumirá
mais tempo do que aquele ganho por manter a máquina em funcionamento. Um
ferimento que leve um funcionário a um hospital custará muito para ele mesmo e
para a Empresa muitas vezes mais o que você poderia ganhar numa vida inteira
com pequenas paradas. Porém, não é suficiente você apenas desligar a máquina
antes de começar o trabalho. Se você precisar fazer qualquer trabalho que
coloque parte do seu corpo próximo a peças móveis ou de peças energizadas, sua
segurança exige que você tome alguns cuidados especiais para assegurar o
movimento repentino e ou re-ligamento acidental.
Algumas máquinas e
circuitos possuem dispositivos especiais. Se sua máquina não os possui, tenha
em mente os seguintes pontos:
-
Tome as medidas
especiais para manter a máquina desligada quando você estiver trabalhando nela.
Coloque uma etiqueta de advertência na chave ou comando. Se necessário mantenha
um empregado próximo a chave a fim de manter outras pessoas afastadas. Remova
um fusível que desligue completamente o circuito ou alerte aqueles que estejam
próximos ou que possam se aproximar do que você está para fazer;
-
Nunca deixe chaves ou
outras ferramentas sobre urna máquina, em que uma partida súbita possa
arremessá-las;
-
Se seu trabalho exigir
que você permaneça dentro ou perto de um corredor ou passagem por onde
caminhões entram, coloque uma placa de advertência ou barricada, ou coloque
alguém para alertar os motoristas sobre sua presença naquele local;
-
Nunca ligue qualquer
máquina ou circuito elétrico, a menos que você esteja absolutamente certo de
que nenhum outro empregado está trabalhando nela. Nunca opere qualquer máquina
a menos que você esteja autorizado para operá-la;
-
Nunca lubrifique, ajuste
ou repare uma máquina, a menos que você esteja autorizado a fazer este trabalho
em particular. Muitos destes trabalhos devem ser feitos por pessoal de
manutenção especialmente treinado para a tarefa.
8. ACIDENTES
PODEM ACONTECER EM QUALQUER LUGAR
-
em casa
-
no trajeto de ida para o trabalho
-
no trabalho
-
num parque de diversões
Você trabalha no
escritório. É um lugar seguro, certo? Errado. Não necessariamente, acidentes
podem acontecer a qualquer pessoa em qualquer lugar a qualquer momento,
principalmente àquelas expostas a uma condição insegura. Abaixo estão
relacionados acidentes reais que provocaram ferimentos e tomaram tempo de
empregados de escritório, pessoas como você e eu.
-
Um empregado de
escritório estava voltando do almoço e ao subir as escadas de acesso escorregou
e caiu. Os degraus estavam molhados.
-
Uma estagiária queimou
seu braço esquerdo e parte da perna esquerda quando estava desligando uma
cafeteira.
-
Um arquivista apanhou um
jeito nas costas quando um companheiro caiu sobre elas tentando pegar alguns
cartões numa gaveta de arquivo.
-
Uma empregada de
escritório tropeçou num fio telefônico exposto e caiu ao solo tendo fraturas.
-
Uma secretária puxou uma
cadeira que continha um prego exposto tendo em seu dedo um corte.
-
Um empregado do setor de
serviços gerais teve seu dedo indicador da mão direita dilacerado por uma
guilhotina da xerox.
-
Um empregado estava
tentando abrir uma janela do escritório. Ele empurrava contra o vidro quando o
mesmo quebrou, sofrendo cortes múltiplos nos punhos.
-
Uma recepcionista
escorregou num salão de refeições que havia sido encerado recentemente e caiu,
causando dores na coluna vertebral.
-
Um empregado estava
correndo para um estacionamento da Empresa na ânsia de apanhar o ônibus e ir
embora, escorregou-se sofrendo fratura do braço esquerdo.
-
Um empregado deixou um
copo de café sobre sua mesa. Quando virou-se para pegá-lo não viu que havia uma
abelha dentro da xícara. A abelha ferrou seu lábio superior.
-
Um empregado correndo no
pátio após o almoço para chegar primeiro e ler o jornal, escorregou-se num
paralelepípedo sofrendo fraturas no tornozelo esquerdo.
-
Uma secretária ao
sentar-se numa velha cadeira, a mesma não suportou o peso devido suas
estruturas apodrecidas e desmanchou. A funcionária teve ferimentos e luxações.
-
Um funcionário quebrou seu joelho ao
trombar numa gaveta deixada aberta por seus colegas.
-
A faxineira de idade
avançada teve uma parada cardíaca em função de um choque elétrico na fiação da
enceradeira, que por algum tempo estava com os cabos expostos.
Poderíamos enumerar
centenas ou milhares de exemplos de acidentes que vocês mesmos tem conhecimento
no nosso dia-a-dia, seja ele no lar, na rua, no trabalho. Lembre-se que
qualquer destes acidentes poderia ter acontecido com algum de nós. Assim se
você ver alguém agindo de maneira insegura ou observar uma condição insegura,
fale com a pessoa sobre isto ou procure eliminar esta condição insegura.
Segurança é responsabilidade de todos. “ACABE COM OS ACIDENTES!”
9. IGNIÇÃO
ESPONTÂNEA
Você já viu um pintor
recolher trapos ensopados com óleo de linhaça, tinta e terebentina ao término
do trabalho? Se já viu, você viu na verdade uma demonstração de prevenção de
incêndio no trabalho. Isto também vale para o mecânico que coloca os pedaços de
pano com óleo num recipiente de metal equipado com tampa automática. Latas para
trapos com óleo devem ser colocadas em todos os lugares onde eles precisam ser
usados. Estas medidas de precaução são geralmente tomadas no trabalho, mas não
em casa.
Por que esses pedaços de
pano ou trapos representam risco de incêndio? Representam porque um fósforo ou
cigarro acesos poderiam ser jogados sobre eles causando um incêndio. Esta é
realmente uma das razões. Um outro fator é a auto-ignição. Sob certas
condições, estes materiais podem pegar fogo sem a presença de uma chama. A
ignição espontânea é um fenômeno químico, no qual há uma lenta geração de
calor, a partir da oxidação de materiais combustíveis. Como “oxidação”
significa a combinação com o oxigênio, devemos nos lembrar de que o oxigênio é
um dos três fatores necessários para fazer fogo: combustível, calor e oxigênio.
Quando a oxidação é
acelerada o suficiente sob condições adequadas, o calor gerado atinge a
temperatura de ignição do material. Assim haverá fogo sem o auxílio de uma
chama externa. Alguns materiais entram em ignição mais rapidamente do que
outros. Por exemplo: sob mesma aplicação de calor, o papel incendeia mais
rápido que a madeira; a madeira mais rápido que o carvão; o carvão mais rápido
que o aço e assim por diante. Quanto mais fina for a partícula de um
combustível mais rapidamente ele queimará. Voltemos aos trapos com óleo. Os
peritos em incêndio já provaram que muitos dos incêndios industriais (e alguns
domésticos sérios) foram causados quando trapos oleosos empilhados juntos
geraram calor suficiente para pegar fogo. Estes especialistas nos ensinaram duas
formas de evitarmos a auto-ignição de trapos com óleo: manter o ar circulando
através deles ou colocando-os num local onde não teriam ar suficiente para
pegar fogo. A designação de uma pessoa especialmente para ficar revirando uma
pilha de trapos para evitar a queima é ridículo. Assim sendo, a segunda idéia
parece ser melhor. O lugar ideal é uma lata de metal com tampa automática, isto
é, que feche por si mesma. A finalidade é excluir todo o oxigênio. Naturalmente
se enchermos o recipiente até a boca, a ponto de a tampa não fechar totalmente,
a finalidade do recipiente estará comprometida. O oxigênio penetrará na lata e
fornecerá o item que lhe falta para causar o incêndio.
Para iniciar um incêndio
alguns itens são mais perigosos. O óleo de linhaça e os óleos secantes usados
para pintura são especialmente perigosos. Porém, mesmo óleo de motor tem
capacidade de incendiar trapos espontaneamente. A temperatura normal do
ambiente, algumas substâncias combustíveis oxidam lentamente até atingirem o
ponto de ignição. Em pilhas de carvão com temperaturas acima de 60 graus
centígrados são consideradas perigosas. Quando a temperatura aproximar deste
valor e tende a aumentar, é aconselhável a remoção da pilha de modo a ter uma
melhor circulação de ar para arrefecimento.
Os fazendeiros conhecem
muito bem o risco da serragem, cereais, juta e sisal, especialmente quando
estão sujeitos a calor ou a alternação de umedecimento e secagem. A circulação
de ar, a remoção de fontes externas de calor e o armazenamento em quantidades
menores são os cuidados desejáveis.
Tenha em mente os
perigos da combustão espontânea e pratique jogando trapos com óleo e lixo em
recipientes adequados, tanto no trabalho quanto em casa. Faça da segurança o
seu mais importante projeto pessoal, aquele do tipo “FAÇA VOCÊ MESMO”.
10. RECIPIENTE:
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Muitas instalações
industriais e estabelecimentos comerciais compram líquidos inflamáveis em
tambores de 150 litros. Para o uso rotineiro eles transferem estes líquidos
para recipientes menores. Os tambores devem satisfazer os rígidos padrões ICC
para que possam estar qualificados como recipientes para transporte de líquidos
inflamáveis. Porém, estes padrões não servem para qualificar os tambores como
recipientes de armazenamento de longo prazo.
Muitos usuários assumem
que é seguro armazenar tambores fechados exatamente como foram recebidos. Um
tambor para ser seguro para armazenamento deve ser protegido contra a exposição
a riscos de incêndio e explosão. O armazenamento externo deve ser preferido em
relação ao interno. Porém, os tambores devem ser protegidos contra a luz solar
direta e contra outras fontes de calor. O tampão deve ser substituído por um
respiro de alívio de vácuo - pressão, tão logo o tambor seja aberto. Este tipo
de respiro deve ser instalado num tambor de líquido inflamável vedado se houver
qualquer possibilidade de que ele seja exposto a luz solar direta, ou for
danificado de qualquer maneira, seu conteúdo deve ser imediatamente transferido
para um recipiente em bom estado em que seja limpo ou que tenha sido usado para
guardar o mesmo líquido anteriormente.
O recipiente substituto
deve ser do tipo que satisfaça as exigências necessárias de segurança. Todo
tambor deve ser verificado quanto à presença do rótulo identificando o seu
conteúdo. É importante que este rótulo permaneça claramente visível para evitar
confusão com outro inflamável e também facilitar o descarte seguro.
Talvez os equipamentos
mais comuns para armazenar pequenas quantidades de líquidos inflamáveis sejam
aqueles portáteis, variando de 1 a 15 litros. Os recipientes seguros são feitos
de várias formas.
Recipientes
especiais podem ser usados para líquidos viscosos como os óleos pesados. Os
recipientes para o uso final também são fabricados de muitas formas, para
diferentes aplicações. Somente os recipientes de segurança reconhecidos FM ou
UL devem ser considerados aceitáveis para o manuseio de líquidos inflamáveis,
seja para o armazenamento, transporte ou utilização final. Os recipientes devem
ser pintados de vermelho e ter rótulos claramente visíveis e legíveis que
identifiquem os conteúdos e indiquem os riscos existentes.
O aço inoxidável ou
recipientes sem pintura podem ser usados para líquidos corrosivos ou de
dissolução de tinta. Os líquidos inflamáveis geralmente são comprados em
pequenos recipientes com tampas e roscas. Embora eles satisfaçam rígidos
padrões para se qualificarem como recipientes para transporte, não oferecem
necessariamente proteção contra o fogo, o que é exigido de recipientes para
armazenamento e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis.
Conseqüentemente recomenda-se que em cada caso em que um grau maior de
segurança deva ser obtido, todos os líquidos inflamáveis sejam transferidos
para recipientes “reconhecidos”, tão logo os recipientes de transporte sejam
abertos. Nunca tente abrir um recipiente usando maçarico ou outro objeto sem
que tenha sido feita a desgaseificação. Procure orientação em caso de dúvida
com a segurança do trabalho.
11. COMO MANUSEAR
SOLVENTES INFLAMÁVEIS
Siga
estes cuidados sempre que precisar usar solventes inflamáveis:
-
Proteja os tanques de
limpeza contendo solventes inflamáveis de acordo com as normas. Isto significa
instalar extintores de incêndio compatíveis com o volume de inflamável, drenos
e manter o local ventilado;
-
Use recipientes seguros, para pequenas operações manuais de limpeza;
-
Use esguicho ventilado
para operações de limpeza onde o solvente deve ser esguichado no trabalho.
Ventile o tanque de solvente para o lado externo, se necessário, equipe o
respiro de ventilação com abafador de fogo;
-
Não use solvente inflamável em
equipamento desengraxante a vapor;
-
Não fume neste local;
-
Ventile para evitar misturas explosivas
no local;
-
Se possível use
solventes com pontos de ignição acima de 37 graus centígrados e não os aqueça
acima de 3 graus abaixo do ponto de ignição;
-
Mantenha o solvente em uso mínimo
necessário para o trabalho;
-
Arranje recipientes
metálicos tampados, para os trapos de limpeza e remova-os ao final de
expediente;
-
Use ferramentas que não soltem fagulhas
(feitas de alumínio, latão ou bronze);
-
Use os equipamentos de proteção
individual adequados.
12. COMO PODEMOS
PREVENIR INCÊNDIOS
Você já parou para
pensar no quanto todos nós perderíamos no caso de um incêndio grave? Se nossas
instalações fossem danificadas o prejuízo da Empresa seria muito grande, sem
contar com possíveis acidentes graves. Dependendo do incêndio as perdas são
irreparáveis. Então temos que ter consciência o que isto significa e procurar
ter alguns cuidados, pois o incêndio também pode ocorrer em nossas casas, e uma
vez iniciado, o prejuízo certamente será grande. Assim, o que pode ser feito em
relação a incêndios? Primeiro, temos de compreender se o controle de incêndio
depende de nosso conhecimento acerca de princípios que são chamados
fundamentais, que são:
1
-
Combustível: papel, madeira, óleo, tecido, solventes, gasolina,
gás, etc.
2
-
Calor: o grau necessário para vaporizar o combustível, que
dependerá de cada um.
3
-
Oxigênio: normalmente deve ter no mínimo de 15% presentes no ar
para sustentar um
incêndio.
Quanto maior for sua presença, mais brilhante será a brasa e mais rápida será a
combustão.
Para
extinguir um incêndio, é necessário apenas remover um dos itens essenciais para
sua manutenção, o que pode ser feito por:
1
-
Arrefecimento - controle da temperatura e calor;
2
-
Isolamento - controle do combustível;
3
-
Sufocação - controle do oxigênio;
4
-
Interrupção da reação química da cadeia, em certos tipos de incêndio.
Os incêndios são
classificados de acordo com que estão queimando. Os incêndios de classe A
envolvem combustíveis em geral, como a madeira, tecidos, papel ou entulhos.
Para este tipo de incêndio usa-se a água para resfriar o material. Os incêndios
de classe B envolvem fluídos inflamáveis como a gasolina, o óleo diesel,
a graxa, tinta e etc. Para combater este tipo de incêndio, usa-se o dióxido de
carbono ou pó químico seco, que serão responsáveis em sufocar o oxigênio da
reação. Os incêndios de classe C envolvem equipamentos elétricos e
geralmente são controlados pelo dióxido de carbono - CO2
- e pó químico seco da mesma maneira que o anterior. Eis aqui algumas formas
que podem contribuir para evitar incêndios:
1
-
Manter uma área de trabalho limpa evitando o acúmulo de entulhos;
2
-
Colocar trapos sujos de óleo em recipientes metálicos tampados;
3
-
Observar os avisos de não fumar;
4
-
Manter todos os materiais combustíveis afastados de fornalhas ou outras
fontes de ignição;
5
- Relatar qualquer risco
de incêndio que esteja além de nosso controle, especialmente os elétricos.
Finalmente,
alguns pontos a serem lembrados:
- Cuidado na arrumação, limpeza e ordenação de
produtos inflamáveis;
-
Saiba onde estão os
extintores de incêndio e o tipo de cada um onde podem ser aplicados e como
operá-los;
-
Em caso de princípio de
incêndio, aja imediatamente pois debelar o fogo no seu início é mais fácil, ou
procure auxílio imediatamente;
-
Use o equipamento de
combate portátil disponível para controlar o fogo até que chegue ajuda. Se não
for possível saia do local imediatamente.
Certamente podemos ...
se tentarmos. Senão, vejamos com podemos preservar nosso bem-estar e nosso
trabalho.
13. PROCEDIMENTOS
CORRETOS PARA O REABASTECIMENTO
Parece que o
abastecimento e o reabastecimento de máquinas e veículos é uma coisa quase que
contínua. É necessário e faz parte da rotina de nosso trabalho. Tanto é que
algumas vezes esquecemos o quanto é perigoso. O perigo está no fato de que a
gasolina evapora rapidamente e seus vapores invisíveis podem se espalhar para locais
onde nós menos esperamos que estejam.
No reabastecimento nós
temos não apenas vapores, mas também outros riscos. Assim sendo, precisamos
tomar bastante cuidado nesta operação.
QUANDO ESTIVER
REABASTECENDO UMA MÁQUINA A PARTIR DE UM TANQUE ACIMA DO SOLO, QUAIS SÃO AS
REGRAS DE SEGURANÇA QUE DEVEMOS NOS LEMBRAR?
-
Mantenha o bico da bomba
em contato com a boca e o tubo de combustível enquanto abastece. Isto impedirá
o acúmulo de eletricidade estática e uma possível explosão;
-
Manter a máquina freada para não haver
qualquer deslocamento;
-
Desligue o motor e a chave de ignição
antes de começar o abastecimento;
-
Não fume em áreas de abastecimento;
-
Mantenha o extintor de incêndio próximo
ao local de abastecimento;
-
Nunca encha o tanque
totalmente. Deixe algum espaço para expansão e inclinação sem derramamento.
-
Drene a mangueira quando terminar e
limpe algum derramamento que tenha ocorrido.
Normalmente
abastecemos pequenos motores usando pequenos galões. Quais são as características
que tornam um recipiente seguro para colocar gasolina?
-
Ele deve ter uma capacidade entre 3 e 15
litros;
-
Deve ter um abafador de
chama dentro do recipiente para impedir que uma centelha ou calor faça os
vapores entrarem em ignição;
-
Deve possuir um sistema
de alívio de pressão de dentro para fora, mas que mantenha a abertura fechada;
-
A peça para segurar o
recipiente deve ser construída de forma a proteger a alavanca de abertura.
O que realmente
devemos evitar quando estamos reabastecendo?
-
Derramar gasolina no
piso ou chão. Se derramar, devemos jogar material absorvente, e recolher o
material para um local seguro, evitando que os vapores se espalhem;
-
Evitar que o combustível
atinja nossas roupas. Se isto acontecer procure trocar de roupas, pois os
vapores presentes no tecido são irritantes;
-
Colocar gasolina onde
haja fonte de calor, centelha ou chama a menos de 16 metros de onde estamos.
14. DEZ MANEIRAS
PARA CONVIVER COM GASOLINA
Quando a gasolina é
bombeada para um recipiente portátil para uso domiciliar, criamos um potencial
de incêndio e explosão. As pessoas de um modo geral não estão a par de sua
inflamabilidade extrema e geralmente violam as regras sobre como manuseá-la.
Você sabe com que facilidade a gasolina pode entrar em combustão? Eis aqui dez
maneiras para evitar acidentes com gasolina:
-
Não a coloque num
recipiente errado. Um recipiente aprovado tem uma base larga que o torna quase
impossível de ser inclinado e uma tampa forçada por mola que impede o alívio
indevido de vapor inflamável;
-
Não use gasolina para
limpar pincéis sujos de tinta. Na maioria dos incêndios os vapores entram em
ignição até mesmo por uma chama de fósforos, velas, lâmpadas. Qualquer casa de
tintas vende também solventes para limpeza de pincéis que limpam melhor que a
gasolina com menor risco de incêndio;
-
Não fume quando estiver
manuseando gasolina. Um cigarro ou fósforos podem facilmente botar fogo ou
causar uma explosão. Nunca fume em postos de abastecimento;
-
Não guarde gasolina dentro de
residências;
-
Não use gasolina para limpar o chão. O
vapor é extremamente forte e perigoso;
-
Não acione interruptores
de eletricidade ao abrir um depósito percebendo o cheiro característico.
Primeiro
ventile o local, areje o ambiente e posteriormente acenda a luz. O arco
elétrico provocado num interruptor é o suficiente para provocar explosão em
ambientes saturados;
-
Não confundir gasolina
com outra coisa, principalmente as crianças devem distinguir álcool, água e
gasolina;
-
A gasolina deve ser
sempre armazenada num recipiente rotulado e fora do alcance das crianças.
-
Não use gasolina para limpar vestuário;
-
Não use vestuário que foi atingido por
derrame de gasolina;
-
Não use gasolina para acender lareiras;
-
Nunca deixe recipientes contendo
gasolina, destampados. O vapor é altamente perigoso.
15. LIMPEZA DE
TAMBORES
Um ponto a ser lembrado
quando limpar um tambor contendo líquido inflamável é que, embora você ache que
tirou todo o líquido, está isento de perigo. Errado. O tambor nunca é esvaziado
porque o vapor permanece depois de ter retirado todo o líquido. Este vapor se
mistura com o ar dentro do tambor e enche o espaço vazio.
Esta mistura de vapor e
ar algumas vezes produz explosões. E esta combinação que explode no motor de
seu carro quando você dá a partida.
Você tem apenas de se
lembrar que qualquer tambor usado para estocar líquido inflamável - gasolina,
óleo diesel, álcool, solventes e assim por diante - é uma bomba armada, apenas
esperando que você cometa um erro se manuseá-lo incorretamente. Assim sendo,
antes de usar um tambor velho limpe-o completamente e faça qualquer trabalho de
reparo de soldagem necessário.
Eis aqui o
procedimento correto para limpeza de um tambor que continha líquidos
inflamáveis:
-
Remova todas as fontes
de ignição ou calor da área em que for abrir tambores velhos. Isto inclui
interruptores e lâmpadas elétricas desprotegidas. Se as fontes não puderem ser
removidas, faça o trabalho numa área onde não estejam presentes. Use somente
lâmpadas de extensão, a prova de explosão;
-
Use vestuário de
segurança requerido, isto inclui botas de borracha, avental, luvas de borracha
ou asbestos;
-
Retire os tampões com
uma chave de boca longa e deixe o resíduo do líquido drenar totalmente;
-
Use uma lâmpada a prova
de explosão para inspecionar o interior do tambor quanto a presença de trapos,
ou outros materiais que possam impedir a drenagem total;
-
Drene o tambor durante
mais de cinco minutos. Isto deve ser feito colocando o tambor numa prateleira
de cabeça para baixo apoiado em algum suporte. Deixe-o drenar, certificando-se
de que o tampão fica na parte mais baixa. Aplique vapor durante 10 minutos;
-
Coloque uma solução
cáustica e gire o tambor por 5 minutos. Martele o tambor nas laterais com uma
marreta de madeira com vapor quente;
-
Lave o tambor com água quente, deixando
toda a água drenar pelo tampão;
-
Seque o tambor com vapor quente;
-
Após secá-lo,
inspecione-o cuidadosamente para certificar-se de que esteja limpo, usando uma
lâmpada à prova de explosão. Se não estiver, lave-o novamente a vapor. Faça
sempre um novo teste antes de começar qualquer soldagem no tambor, mesmo se ele
foi limpo e testado anteriormente.
16. POEIRA
EXPLOSIVA
Todos vocês já leram ou
ouviram relatos sobre explosões de poeiras e sabem que muitas poeiras podem
explodir se houver adequadas condições para tal. Como qualquer um de nós pode
passar por uma situação como esta, hoje falaremos sobre isto.
À poeira de qualquer
substância que possa ser mantida queimando quando você coloca fogo explodirá
sob as circunstâncias certas. Duas coisas são necessárias para esta explosão: a
poeira deve ser fina o suficiente e deve ser misturada a quantidade certa de
ar.
A poeira não explodirá
quando estiver no chão ou em camadas sobre as coisas. Mas se você chutá-la um
pouco, formando uma nuvem no ar, você terá uma condição explosiva. Adicione uma
centelha ou uma chama a esta condição e ela poderá explodir.
Para explodir a poeira
tem que ser fina o suficiente para pegar fogo facilmente. A poeira de madeira,
por exemplo, não precisa ser tão fina quanto a poeira de carvão.
As partículas de poeira
têm que estar próximas o bastante para que se obtenha a quantidade certa de
oxigênio para queimar.
Os pós de metais podem
ser explosivos se forem finos o bastante para passar através de uma tela de 500
mesh.
Estas poeiras são
explosivas da mesma forma que a madeira e o carvão. Pós de magnésio, alumínio e
bronze são muitos explosivos.
Sempre que uma poeira
explosiva é lançada no ar, a mistura certa com o ar provavelmente ocorrerá em
algum ponto da nuvem formada - durante um segundo ou dois pelo menos. Nestes
casos, você terá o necessário para a ocorrência de um incêndio ou explosão.
Se houver muita poeira a
sua volta, você terá duas explosões e um incêndio. A primeira explosão
geralmente é pequena, mas lança mais poeira no ar. Aí acontece a explosão maior
e mais perigosa.
A
poeira em áreas abertas criará apenas uma grande labareda. Em espaços fechados,
como numa mina de carvão, a poeira poderia produzir pressões que nenhum bloco
de concreto suportariam. Os edifícios novos, que alojam processos e que
apresentam este risco, assim como moinhos, elevadores de cereais e oficinas de
usinagem de metais, são projetados com seções de paredes ou teto que se abrem e
deixam a pressão sair, antes que atinjam um nível muito alto.
As explosões de
poeira podem ser evitadas se os três princípios abaixo forem aplicados:
-
Mantenha a poeira separada do ar o
máximo possível;
-
Não deixe a poeira se acumular,
limpando-a sempre;
-
Mantenha as fontes de ignição afastadas.
Para
limpar poeiras explosivas, use uma vassoura de fibra macia ou um aspirador de
pó - nunca use vassoura ou espanador do tipo doméstico.
17.
RECIPIENTES DE SEGURANÇA
Um
homem foi morto quando uma lata de gasolina explodiu em suas mãos. Ele estava
jogando gasolina numa fogueira de lixo no seu quintal quando, subitamente, tornou-se
um tocha humana. Esta pode ser uma velha história, mas acidentes desta natureza
continuam a fazer manchetes sempre. Nunca coloque, espalhe ou arremesse
líquidos inflamáveis em fogueiras, lareiras ou churrasqueiras acesas. Vocês nem
imaginem a força explosiva em potencial de até mesmo pequenas quantidades deste
líquido voláteis. A condição insegura nos casos de recipientes vazando é sempre
encontrada nos relatórios de acidentes. “O líquido de inflamáveis não estava
num recipiente de segurança aprovado”.
O que é um recipiente de
segurança aprovado? E porque não explodiria como outro qualquer? Um recipiente
de segurança para líquidos inflamáveis possui detectores de chama em suas
aberturas de enchimento e saída.
Se
o recipiente tiver apenas uma abertura, deve ser protegido por tela. Na
realidade a tela impede que chamas fora do recipiente penetrem dentro dele,
incendiando os vapores internos. Ela dissipa o calor sobre a superfície
defletora (tela) a uma temperatura abaixo do ponto de ignição dos vapores
internos. A chama não pode passar através da tela.
Num
recipiente que não seja de segurança, não há nada que impeça a chama de entrar
no recipiente. Se a proporção da mistura ar-vapor estiver na faixa do líquido
inflamável contido, o recipiente pode explodir se os vapores forem incendiados.
Um
outro aspecto do recipiente de segurança é uma tampa de alívio de pressão não
removível e articulada, que impede o recipiente de romper devido à exposição ao
fogo ou calor extremo.
A tampa com tela em um recipiente
que não seja de segurança, não é capaz de aliviar a pressão dentro dele e pode
derramar, se operador se esquecer de recolocá-la.
Toda vítima de fogo sobre a qual tenho
lido poderia ter sido salva - mesmo aquelas que tenham cometido algum ato inseguro
- se o líquido estivesse armazenado num recipiente de segurança. Verifique a
estocagem de líquidos inflamáveis em suas casas. Se os recipientes estiverem
marcados com a palavra “inflamável”, lembre-se de algumas coisas que você
aprendeu hoje.
18. FUJA
DE INCÊNDIOS... ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA
Temos
aqui um guia que vai orientar você a escapar de casa, do trabalho, edifícios,
lojas e de locais
públicos...
onde quer que você esteja e é surpreendido por um incêndio.
Seu
pior inimigo chama-se “fumaça”. A fumaça, o calor e os gases podem colocar você
em estado de choque e matá-lo depois de poucas respiradas. Se você for pego
pela fumaça, não se apavore, deite no chão e rasteje.
Ela
é mais leve que o ar e tende a ocupar primeiramente os espaços superiores. Um
outro inimigo é o “elevador”. Ele pode aprisionar você. Se os sinais do
elevador forem ativados por calor, o elevador pode ser forçado a ir para o
local onde o fogo está. Você não gostaria de estar nele neste momento. Faça um
lembrete mental das escadas para saída de incêndio, onde quer que você esteja.
Use-as para descer para descer para os níveis abaixo de onde se encontra o
incêndio. Faça um lembrete mental das várias saídas de incêndio, sempre que
entrar num restaurante, cinema, teatro, etc. Fumaça ou cheiro de coisa queimada
pode significar o início de um incêndio. Então evite a portaria principal,
certamente estará tumultuada. Procure as saídas laterais que normalmente estão
sinalizadas.
Como sair do edifício
que você trabalha; do seu apartamento ou de lugares altos? A seguir algumas
recomendações:
-
Se você mora num
edifício, instale um detector de fumaça do lado de fora da área dos quartos de
dormir;
-
Procure sempre saber o
local das saídas de emergência e das caixas de alarmes mais próximas de você;
-
Tenha sempre em mente o número de
telefone do corpo de bombeiro;
-
Fique atento ao sentir cheiro forte de
fumaça;
-
Feche as portas atrás de você;
-
Use as escadas e nunca elevadores;
-
Tenha em mente um plano de emergência de
saída (pergunte ao seu síndico sobre isto).
Se você deparar
com uma situação desta e ficar preso, tome as seguintes atitudes:
-
Procure manter a calma e orientar
aquelas pessoas mais despreparadas;
-
Pense;
-
Rasteje se houver fumaça. Prenda sua
respiração e feche os olhos sempre que possível;
-
Coloque portas fechadas
entre você e a fumaça. Procure as frestas em volta das portas e respiros,
usando trapos e tecido, se for possível molhe-os;
-
Desligue todos os aparelhos presentes;
-
Faça sinais pela janela,
se houver telefone procure o corpo de bombeiros e informe sua localização,
mesmo que eles já estejam presentes.
19. E A RESPEITO
DE PEQUENOS FERIMENTOS?
Quando dizemos que o
João se machucou ontem, querermos dizer que algo de sério aconteceu com ele.
Normalmente não consideramos arranhão, uma pancada na cabeça, uma pancada na
coxa como machucado ou ferimento. Ao pensarmos assim, estamos parcialmente
certos, mas parcialmente errados também. Os pequenos ferimentos não nos
preocupam porque não nos afastam do trabalho, nem requerem internação. Isto é
verdade desde que tomemos pequenas medidas para que a coisa não fique grave.
Quantos exemplos temos
aqui para mostrar que aqueles pequenos ferimentos pode ser um princípio de
problema sério (deixe a turma citar casos em família).
Existem milhares de
casos em todo o Brasil em que pessoas não deram a devida importância daqueles
pequenos ferimentos e que mais tarde teve uma perna amputada, um órgão extraído
ou mesmo até a morte, porém tais casos não são divulgados.
Um jogador de futebol
americano recebeu uma forte bloqueio de corpo no meio do campo Saiu do jogo
sentindo-se muito bem e depois de algum tempo foi para casa. Ele morreu no dia
seguinte por ter sido vítima de uma ruptura do baço.
Por mais estranho que
possa parecer, algumas vezes uma pessoa pode até sofrer uma fratura sem que se
perceba disto, negligenciando o caso.
Estes são apenas alguns
dos motivos que nos levam a querer que você relate qualquer ferimento, qualquer
pancada, qualquer queda recebida em casa, no trabalho, na rua e receba o
tratamento que deve ter o caso.
Provavelmente a unidade
de saúde com alguns cuidados de primeiros socorros, deixará você novo num
minuto, porém, não faça auto medicação, achando que não precisa de tratamento
porque não está se sentindo muito mal.
Um outro ponto. A menos
que você seja bem treinado em primeiros socorros e que esteja autorizado a
lidar com estes casos, não brinque de médico tratando outras pessoas, fazendo
aplicações em pessoas que não estejam se sentindo bem. Você poderá provocar
muito mais mal do que bem.
A Empresa possui uma
assistência médica da melhor qualidade que pode oferecer uma proteção adequada
para pequenos ferimentos.
Relate todos os
ferimentos, pequenos ou grandes, no momento em que acontecem e faça o
tratamento imediato com as pessoas que estão qualificadas para isto.
20. PRIMEIROS
SOCORROS PARA OS OLHOS
QUEIMADURAS QUÍMICAS:
São queimaduras provocadas por manuseio de produtos químicos como os solventes
orgânicos, tintas, graxas e óleos. Os danos provocados podem ser extremamente
sérios. A seguir algumas orientações que o ajudarão em casos de primeiros
socorros:
-
Lave os olhos com água
imediatamente, de forma contínua e suave durante pelo menos 15 minutos. Coloque
a cabeça debaixo de uma torneira ou coloque a água nos olhos usando um
recipiente limpo;
-
Não coloque tapa-olho;
-
Os recipientes de “sprays”
representam fontes cada vez mais comuns de acidentes químicos com os olhos. Os
danos são ampliados pela força de contato. Se esses recipientes contiverem
produtos cáusticos ou irritantes, devem ser usados com cuidado e mantido
afastado das crianças.
PARTÍCULAS
NOS OLHOS: É caracterizado pela presença de minúsculos fragmentos em suspensão
no ar.
São
resultantes de processos mecânicos, isto é, o atrito de objetos e materiais
usados em algum processo produtivo e também resultante dos ventos. Alguns cuidados:
-
Levante a pálpebra superior para fora e
para baixo sobre a pálpebra inferior;
-
Se a partícula não sair,
mantenha o olho fechado, coloque uma bandagem e procure ajuda de um médico;
-
Não esfregue os olhos em hipótese
alguma.
CORTES E PERFURAÇÕES:
São resultantes de pequenos ferimentos nas proximidades dos olhos ou no olho
propriamente dito. Neste caso requer um cuidado maior e imediato por parte
daquele que vai socorrer.
-
Faça uma bandagem leve e procure um
especialista imediatamente;
-
Nunca lave os olhos;
-
Nunca tente remover qualquer objeto que
esteja cravado no olho.
21.
ESTEJA PREPARADO PARA SALVAR UMA VIDA COM PRIMEIROS SOCORROS EM CASOS DE ESTADO
DE CHOQUE
O choque é provocado por
um estado depressivo de várias das funções vitais..., uma depressão que poderia
ameaçar a vida, mesmo que os ferimentos da vítima não sejam por si mesmos
fatais. O grau do choque é aumentado por alterações anormais na temperatura do
corpo e por uma baixa resistência da vítima ao “stress”.
O primeiro socorro é
dado a uma vítima em estado de choque para melhorar a circulação de sangue,
assegurar um suprimento adequado de oxigênio e manter a temperatura normal do
organismo.
Uma coisa que não deve
ser feita é manter uma vítima de choque aquecida, para que não sinta frio. Isto
elevará a temperatura da superfície corpórea, o que é prejudicial.
Durante os últimos
estágios de choque, a pele da vítima pode parecer malhada, o que é provocado
pelos vasos sangüíneos congestionados na pele e indica que a pressão da vítima
está muito baixa.
Os sintomas mais
notáveis de um paciente em estado de choque são:
-
Pele pálida e fria;
-
Pele úmida e fria;
-
Fraqueza;
-
Pulsação acelerada;
-
Respiração rápida; .
-
Falta de ar;
-
Vômito.
Uma vítima de choque
deve ser mantida deitada para melhorar a circulação do sangue. Vítimas com
ferimentos na cabeça e com sintomas de choque devem ser mantidas deitadas e com
os ombros arremetidos para cima. Sua cabeça não deve ficar mais baixa que o
restante do corpo.
Uma vítima com
ferimentos faciais severos, ou que esteja inconsciente deve ser deitada de lado
para permitir que fluídos internos possam drenar, mantendo as vias aéreas
desobstruídas. Não deve ser dado à vítima em estado de choque que:
-
Esteja inconsciente;
-
Tenha vômito;
-
Tenha convulsões;
-
possa precisar de cirurgia ou anestesia
geral;
-
Tenha ferimentos abdominais ou
cerebrais.
Os
líquidos somente devem ser dados se a ajuda médica estiver atrasada em mais de
uma hora e não haja complicações dos ferimentos.
22. EXPOSIÇÃO
A SUBSTÂNCIAS POTENCIALMENTE PREJUDICIAIS À SAÚDE OU PERIGOSAS
As substâncias
prejudiciais geralmente são ignoradas porque seus efeitos não são observados
imediatamente.
Algumas substâncias,
como o asbesto (usado na fabricação de telhas e lonas de freio), levam anos
para manifestar suas características maléficas num organismo.
Se a exposição a uma
substância for súbita e acidental ou constante, o resultado será sempre o
mesmo, dor, sofrimento, custos, perda de trabalho, etc. Examinemos alguns
fundamentos deste problema.
COMO AS
SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS PENETRAM NO NOSSO ORGANISMO?
-
Através da boca,
ingerindo alimentos contaminados, contendo agrotóxicos ou aqueles que foram
preparados através de mãos sujas;
-
Por absorção através da
pele. O contato da pele com produtos químicos, se faz de modo mais lento;
-
Pela respiração. Gases, fumaças, vapores
e poeiras podem causar problemas respiratórios.
QUAIS
AS FORMAS BÁSICAS QUE SE APRESENTAM AS SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS?
-
Sólida - como a cal, cimento, fibras de
vidro, asbesto, partículas de sílica e chumbo;
-
Líquida - ácidos, gasolina, álcool,
solventes, conservantes e desengraxantes;
-
Gasosa. Muitos líquidos também formam
vapores que podem ser prejudiciais
O QUE DEVEMOS
FAZER PARA EVITAR EXPOSIÇÃO A SUSTÂNCIAS PREJUDICIAIS?
-
Mantenha o local de
trabalho sempre limpo e isento de poeiras, incluindo as entrados de serviço;
-
Certifique-se de que
haja boa ventilação ou ventiladores de exaustão no lugar onde está sendo feito
trabalho de soldagem ou quando motores a gasolina estiverem ligados;
-
Evite contato da pele com o concreto
úmido. O cimento contém produtos que irritam a pele;
-
Ao fazer contatos com
solventes e desengraxantes, procure orientação sobre o equipamento de proteção
individual a ser usado;
-
Use corretamente o EPI.
Procure a segurança para melhor orientação sobre o uso correto e aquele
indicado.
23. AREJE OS
GASES DE EXAUSTÃO
Os policiais no tráfego,
nas horas de maior movimento de carros, algumas vezes se queixam de cansaço e
de dores de cabeça, após algumas horas em ambientes poluídos por gases de
exaustão. Para envenenar o ar interno, não é necessário que milhares de motores
estejam funcionando e expelindo gases.
Basta apenas um
motor para fazê-lo.
Arejando os gases de
exaustão, as condições podem ser mais seguras para o trabalhador que está numa
área fechada onde operam pequenos caminhões. Eis porque é tão importante ter um
bom suprimento de ar fresco em que gases de exaustão são um problema: um único
motor a gasolina, ou a gás de cozinha quando funcionando a plena carga, libera
cerca de 3 a 4% de monóxido de carbono (CO) e cerca de 11 a 13% de dióxido de
carbono (CO2).
O
restante em grande parte é nitrogênio e pequenas quantidades de outras
impurezas. Assim sendo, é fácil compreender porque uma pequena empilhadeira,
que queima 3 litros de combustível por hora, deve operar somente em locais
ventilados o suficiente para expelir os gases e obter ar puro.
Ar
puro o bastante significa operar as empilhadeiras somente em áreas planas ou
aumentar a ventilação se a sala for pequena.
Muita ventilação é uma
boa idéia porque é preciso muito ar puro para diluir os gases de exaustão.
O
monóxido de carbono encontrado em motores a gasolina é o resultado da queima
incompleta na combustão da gasolina.
Este
gás é altamente nocivo à nossa saúde, pois o CO combina-se facilmente com a
hemoglobina presente em nosso sangue e responsável pela respiração celular. Uma
vez estando em ambientes confinados na presença de motores sendo aquecidos,
recomenda-se que se dê a partida e em seguida retire o carro ou o motor para um
ambiente arejado.
Se
isso não for possível, procure afastar-se do local ou procure dotar o local de
exaustor e ventiladores para diluir os gases.
24.
SOLVENTES COMUNS
Os
solventes são líquidos que tem a propriedade de dissolver substâncias sem
alterar sua natureza. Por exemplo, a água dissolve o sal. Se você ferver a água
até secar, você terá o sal de volta como era antes. A água é o mais comum dos
solventes, mas só funciona com determinados produtos. Se você utilizar a água
para dissolver uma graxa, óleo ou gorduras não terá sucesso devido as
características químicas destes produtos.
Assim,
a água não funciona como solvente para graxas, óleos e gorduras. Temos que
recorrer a outros tipos de solventes. O álcool, a nafta, e produtos afins, são
excelentes solventes, porém tem suas desvantagens.
Todos
esses solventes são perigosos dependendo da quantidade, local onde são
manuseados. Estes solventes são chamados de solventes orgânicos por serem
derivados do petróleo, constituído basicamente de cadeias de carbono. Eles se
queimam, podem causar explosões e principalmente são muito tóxicos para o
organismo.
Todos
são úteis e podem ser usados se alguns cuidados de segurança forem tomados. Não
é difícil ter este cuidado se você souber os riscos e a forma de controlá-los.
Alguns solventes evaporam muito rapidamente, outros mais lentamente. Quanto
maior for a área de contato entre o solvente e o ar, maior evaporação será
produzida.
Suponha
que você deixe uma lata de solvente aberta. Você terá apenas um fluxo de
evaporação. Se este mesmo solvente for todo derramado pelo chão, a evaporação será
maior ainda.
Os
solventes evaporam-se mais rapidamente com o ar em circulação do que com o ar
parado. Quanto maior for sua temperatura, mais rapidamente ele se evaporará. É
difícil encontrar uma boa razão para que um solvente seja aquecido. Entretanto
se ocorrer aquecimento do solvente haverá riscos de explosões e incêndios.
Antes
de manusear qualquer solvente, primeiro conheça seus riscos. Observe a situação
a sua volta e planeje a tarefa cuidadosamente.
Lembre-se
de que os vapores do solvente atuam e certifique-se de que ele não pode se
evaporar a ponto de se tornarem perigosos. Não se esqueça de que eles se
espalham muito rapidamente pelo ar e move-se conforme suas correntes, da mesma
maneira que acontece com a fumaça do cigarro. Conheça seu solvente. Não use
gasolina como solvente por ser muito volátil e altamente inflamável Prefira as
essências minerais que são os substitutos seguros. Não manuseie o solvente sem
o EPI adequado.
25.
ÁCIDOS
Houve uma época em que
apenas os trabalhadores da indústria química lidavam com ácidos. Porém essa
época já passou. Em qualquer instalação industrial hoje em dia, podemos nos
deparar com eles. A maioria deles é mais ou menos prejudicial quando
manuseados, ou podem causar danos só de se chegar perto deles.
Todos eles podem ser
manuseados com segurança, mas antes deve-se saber como. Você tem de respeitar
esta substância. Os dicionários dizem que os ácidos têm um gosto azedo e que
atacam os metais. A parte relativa ao gosto não nos interessa muito, mas a
parte que fala da capacidade de atacar os metais é. Porque esta é a
característica que os tornam perigosos.
O dicionário deve
mencionar que eles também atacam a pele e os tecidos orgânicos, além de outras
coisas.
Alguns deles podem
iniciar um incêndio e alguns podem produzir gases venenosos ou inflamáveis.
Sendo assim, é muito importante você saber um pouco mais sobre os ácidos ao
manuseá-lo.
Lembre-se sempre de que
qualquer ácido ataca, isto é, queima a pele e os tecidos abaixo dela. Os ácidos
são mortais para os olhos. A rapidez e a profundidade com que atacam depende do
tipo de ácido e do quanto seja forte seu nível de concentração.
De qualquer maneira o
primeiro princípio de segurança no manuseio de qualquer ácido é mantê-lo
afastado de você. Se houver respingos na sua pele procure lavar imediatamente.
É aí que a maioria das pessoas tem problemas com os ácidos. As pessoas têm
contato com um ácido fraco, como a solução de baterias por exemplo. A pele arde
um pouco, mas não muito. Elas vão e lavam o local. A pele fica ligeiramente
avermelhada, meio inflamada e nada acontece. Com isto elas pensam que não foi
nada, apesar de tudo.
Assim vão ficando cada
vez mais descuidadas. Com o passar do tempo não há rigor com este produto e ele
acaba atingindo os olhos desta pessoa. A menos que a lavagem seja imediata e o
atendimento médico imediato, o mínimo que ocorrerá será uma redução na visão.
Dependendo do ácido, provavelmente causará uma cegueira permanente. A maioria
dos ácidos corrói os metais rapidamente, liberando o hidrogênio durante a
reação. O hidrogênio é altamente inflamável. Uma centelha ou uma chama pode
iniciar um incêndio. Misturado com o ar torna-se altamente explosivo. Um outro
exemplo é o da bateria comum dos automóveis. Dentro dela o ácido sulfúrico
combina com o composto de chumbo contido nas placas das baterias, liberando o
hidrogênio. Com isso, ao acender uma lâmpada, acender um fósforo para verificar
o nível de água da bateria (ou mesmo se chegar com cigarro aceso), você poderá
ser vitima de uma labareda de fogo no seu rosto. Muitas pessoas já sofreram
este tipo de acidente. A maioria vem como líquidos e não atacam vidros e
borrachas. Derem ser acondicionados em recipientes de vidro ou revestidos de
borracha. Manuseie os recipientes contendo ácidos com muito cuidado. Alguns são
piores que os outros, mas todos eles desprendem gases e vapores terríveis. O
ácido sulfúrico e o hidrocloreto liberam gases capazes de atacar peles, olhos e
pulmões. Portanto eis aqui o ABC da segurança para o manuseio dos ácidos:
-
Não dê chance a eles;
-
Use vestuário resistente ao ataque dos
ácidos, incluindo luvas;
-
Ao manusear, evite derramar ou quebrar o
recipiente que o contém;
-
Mantenha-os afastado de qualquer fonte
de calor e longe de substâncias que possam.
Os
ácidos podem ser manuseados, desde que se conheça os riscos e as práticas
seguras de manuseá-los.
26. ATERRAMENTOS
POR PRECAUÇÃO
A eletricidade pode
matar você. Muitas pessoas na Empresa sabem muito pouco ou quase nada sobre
eletricidade, apesar de ser usada amplamente no dia-dia de nosso trabalho e em
nossas casas.
Nós acionamos um
interruptor e a luz acende ou um equipamento é ligado. Trocamos uma lâmpada
quando se queima. Consideramos a eletricidade e suas muitas aplicações como
seguras, pelo fato de nos prestarem muitos serviços de maneira simples e fácil.
As estatísticas indicam
que muitos trabalhadores foram mortos em circuitos de 115 volts. Um choque
resultante de um contato com apenas 15 miliamperes de corrente pode ser fatal.
A 115 volts uma lâmpada de 6 velas puxa 50 miliamperes de corrente.
Conseqüentemente a quantidade de corrente usada por unha lâmpada desta, puxa
corrente o bastante para matar 3 seres humanos.
Não
existem dados sobre acidentes com energia elétrica em nossas casas, mas
certamente este número é elevado, face ao desconhecimento das pessoas,
principalmente quando são crianças. Para se proteger contra os riscos da
eletricidade quando manusear furadeiras, serras elétricas, lixadeiras ou cabos
de extensão, tome conhecimento dos fatos básicos relacionados com as causas do
choque e da eletrocussão.
Por exemplo a condição
do corpo do indivíduo tem muito a ver com as chances de ser morto por um
choque.
Se as mãos estiverem
suadas, os sapatos e meias estiverem úmidos, ou se o piso estiver molhado, a
corrente não encontrará dificuldades (resistência), passando facilmente através
do corpo e aumentando a severidade do choque.
Quando estiver
trabalhando com ferramentas ou aplicações elétricas, lembre-se das seguintes
regras de preservação da vida:
-
Certifique-se se a conexão do pino terra
esteja intacta antes de liga-lo a qualquer receptáculo;
-
Tenha extremo cuidado
quando trabalhar com ferramentas elétricas portáteis em locais úmidos ou
molhados, ou próximos destes locais. Isto inclui tanques e caldeiras ou
tubulações e outros projetos aterrados que você possa eventualmente tocar,
permitindo a passagem da eletricidade através de seu corpo até a terra;
-
Relate cabos desfiados ou quebrados;
-
Se você tomar um choque
de algum equipamento que estiver usando, relate isto a seu supervisor para que
mande fazer os reparos necessários. Deixe os reparos elétricos para os
especialistas;
-
Certifique-se de estar usando apenas
equipamento aterrado ou UL aprovado;
-
Use ferramentas para reparos,
protegidas, e não deixe de estar usando o EPI adequado.
LEMBRE-SE “A
VIDA PODE ESTAR POR UM FIO”.
27. CABOS DE
EXTENSÃO
Não há nada a respeito
dos cabos de extensão que possa sugerir algum perigo. Não há peças imóveis, não
há chamas e nem barulho. Eles são inofensivos..., mas podem ser perigosos se
mal usados.
Somente bons cabos devem
ser usados. Dê preferência àqueles que são testados e aprovados por
laboratórios de testes de equipamentos elétricos. Os cabos que apresentarem
desgastes devem ser reparados ou jogados no lixo.
Você pode controlar
alguns dos riscos associados ao uso de cabos de extensão. Antes de mais nada,
nenhum cabo de extensão pode suportar unta utilização abusiva. Se você der um
nó, amassá-lo, cortá-lo ou mesmo curvá-lo, você poderá estar danificando seu
revestimento isolante comprometendo-o.
Isto poderá causar um
curto-circuito ou um princípio de incêndio, ou mesmo um choque elétrico. A
maioria dos cabos elétricos transporta eletricidade comum de 110 volts sem
grandes problemas, a não ser uma sensação de tomar um puxão. Sob certas
condições uma corrente de 110 volts pode matar.
Tais condições podem ser
representadas por um toque num cabo sem revestimento com as mãos molhadas ou
suadas, ou pisar em superfícies molhadas.
Assim sendo, proteja o
cabo de extensão que estiver usando. Enrole-o em grandes lançadas. Não o dobre
desnecessariamente. Não o submeta a tensão. Um cabo nunca deve ser deixado
pendurado numa passagem ou sobre uma superfície, onde as pessoas transitam. Os
motivos são simples: evitar armadilhas que podem causar acidentes e evitar
danos ao próprio cabo.
Se um cabo de extensão
mostrar sinais de desgaste, ou se você souber que ele já foi danificado, troque-o
por um outro novo. Não conserte cabos por sua conta, a não ser que a pessoa
seja habilitada para tal.
Em situações especiais,
são necessários tipos especiais de cabos. Alguns são resistentes à água, outros
não.
Alguns são isolados para
resistência ao calor, outros são projetados para suportar a ação dos solventes
e outros produtos químicos. Não conhecendo as características técnicas
fornecidas pelo fabricante, evite usar cabos em locais úmidos, próximos ao calor
ou locais contendo produtos químicos.
A utilização adequada de
cabos de extensão não é difícil e nem complicada. O uso correto não toma tempo
e pode livrá-lo de um choque elétrico. Algumas regras devem ser aplicadas fia
utilização segura de cabos de extensão
-
Manuseie o cabo gentilmente, evitando
tencioná-lo, dobrá-lo ou amassá-lo,
-
Pendure num local onde não perturbe a
passagem, ou possa representar riscos.
28. CHOQUE
ELÉTRICO
O fluxo de corrente é
que causa danos ao organismo em caso de um choque elétrico. Quando uma pessoa
se torna parte de um circuito elétrico, a severidade do choque é determinada
por 3 fatores básicos:
1 - a taxa do
fluxo através do corpo
2 - o percurso
da corrente através do corpo
3 - o tempo com
que o corpo foi parte do circuito
A eletricidade pode se
deslocar somente quando há circuito completo. O choque pode ocorrer quando o
corpo faz contato com ambos os fios de um circuito (o positivo e o neutro), um
fio de circuito energizado e o fio terra, ou uma parte metálica de um dispositivo
elétrico que tenha sido energizado.
As mulheres possuem
menor resistência ao choque elétrico do que os homens, em função da
constituição orgânica e de outros fatores. Fatores tais como condição física, a
umidade da pele, podem determinar a quantidade de eletricidade que um corpo
humano pode tolerar.
Infelizmente, o corpo
humano não possui qualquer proteção interna contra o fluxo de corrente
elétrica. A superfície da pele fornece a maior parte da resistência ao fluxo da
corrente. Calos ou peles secas possuem resistência razoavelmente alta, mas a
pele úmida possui pouca resistência. Quando a resistência da pele é
interrompida, a corrente flui facilmente através da corrente sangüínea e dos
tecidos do corpo. Qualquer que seja a proteção oferecida pela resistência da
pele, diminui rapidamente esta resistência com o aumento da voltagem.
A morte ou
ferimentos causados pelo choque elétrico pode resultar do seguinte:
-
contração dos músculos
peitorais, podendo interferir na respiração a tal ponto que resultará em morte
por asfixia;
-
paralisia temporária do
sistema nervoso central, podendo causar parada respiratória, uma condição que
freqüentemente permanece, mesmo depois da vítima ter sido desconectada da parte
energizada;
-
interferência do ritmo
normal do coração, causando fibrilação cardíaca, uma condição na qual as fibras
do músculo cardíaco, em vez de contraírem de maneira coordenada, contraem
separadamente e em diferentes momentos. A circulação do sangue pára e ocorre a
morte;
-
parada cardíaca por
contração muscular (em contato com alta corrente). Neste caso o coração pode
reassumir seu ritmo normal quando a vitima é libertada do circuito.
-
hemorragias e destruição
dos tecidos, nervos e músculos do coração devido ao calor provocado pela alta
corrente.
29. EQUIPAMENTOS
DE PROTEÇÃO
Todos nós temos um
instinto de nos proteger toda vez que uma situação é adversa em condições
normais. Ao passar andando por uma rua e nos depararmos com um cachorro bravo e
sentimos que ele é uma ameaça e que pode atacar, neste momento seu organismo
começa a se preparar para a defesa, seja correr, seja apanhar um pedaço de pau.
O certo é que internamente seu organismo enviou várias mensagens ao cérebro no
instinto de defesa.
Porém existem outros
recursos projetados para proteger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou
uma proteção facial. Estes dispositivos não impedem um dano num equipamento ou
que um incêndio seja evitado. É isto mesmo! A proteção para a face e para os
olhos serve apenas para uma coisa. Impedir que algum material arremessado
atinja as suas vistas ou o rosto. Foi projetada para isso.
Entretanto, ela
protegerá você apenas se você quiser. Não há nenhum dispositivo automático para
proteção dos olhos. Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você
os utilizam da forma como foram projetados para serem usados. Com o capacete de
segurança é a mesma coisa, protege sua cabeça. Ele só vai proteger se você
usá-lo, mesmo que esta proteção evite apenas um único acidente em todos os anos
trabalhados na Empresa.
As botas de segurança de
vocês protegerão os seus pés, e não os meus ou o do presidente da Empresa...
apenas os seus. Quando há risco de cair alguma coisa sobre seus pés, existem
então a bota de segurança com biqueira de aço, capaz de suportar o peso da
queda de um objeto sobre seus pés.
Assim sendo, quando
dizemos para usar o equipamento de proteção individual, não estamos pedindo um
favor para a Empresa. Não estamos estabelecendo um monte de regras só para o
beneficio da Empresa. Não estamos querendo amolar vocês com restrições sem
sentido.
Nós estamos apenas
querendo fazer o que é correto e o que é bom para todos vocês, ou seja, que um
empregado fique cego, que outro perca uma perna, que outro fique doente ou que
outro venha até morrer.
Estamos contentes de
ajudar de diferentes maneiras. Nós aprendemos a partir de experiências
próprias, quais são os tipos de equipamentos de proteção necessários em
diferentes tarefas e passamos esta experiência para você.
È exigido o uso do
equipamento de proteção por normas internas. A lei diz que a Empresa é obrigada
a fornecer gratuitamente o equipamento. E assim ela faz. Mas a lei diz também
que a Empresa deve treinar o empregado e exigir o uso do equipamento. Se o
empregado descumprir as determinações da Empresa, logo ele pode receber uma
punição. E isso é muito óbvio. Mas, vamos deixar uma coisa bem clara. Não
podemos usar o equipamento para você. Não podemos estar o tempo todo ao lado de
cada um de vocês, dizendo “use este equipamento agora!” “agora este daqui!”.
Isto é com você e é assim que deve ser, porque você os tem disponível e para
sua proteção. Às vezes pode parecer complicado ter que colocar este ou aquele
EPI como num trabalho de esmerilhamento. Porém pare um minuto para pensar no assunto.
Quanto tempo leva um “besouro” de uma peça de aço ou pedaço de esmeril para
atingir seus olhos? Apenas uma fração de segundo.
Então pessoal, a partir
de hoje, vamos zelar pelo nosso EPI, vamos usá-lo sistematicamente, vamos fazer
de nosso setor um exemplo para a Empresa.
30.
PROTEÇÃO DAS MÃOS
Dois
dos instrumentos mais importantes com os quais trabalhamos são nossas mãos.
Provavelmente não poderíamos usar qualquer outro dispositivo capaz de
substituir nossas mãos e ainda mantermos a precisão e capacidade de manobra
delas. Como a maioria das coisas com as quais estamos acostumados, costumamos
não nos lembrar de nossas próprias mãos, exceto quando uma porta prende um de
nossos dedos. Aí sim, lembramos que nossas mãos são sensíveis. Infelizmente,
logo esquecemos desta situação e novamente deixamos de lado. Você ficaria
surpreso ao saber que os ferimentos nas mãos representam 1/3 dos 2.000.000 de
acidentes incapacitantes que ocorrem no trabalho a cada ano. A maioria destes
acidentes são causados por pontos de pinçamento, aproximadamente 80%.
Os
pontos de pinçamento têm o mau hábito de nos pegar quando não estamos prestando
atenção. Podemos evitá-los ficando atentos em relação a sua existência e então
tomar os cuidados adequados. Um bom cuidado é usar luvas adequadas quando
estivemos manuseando materiais ásperos ou quando estivermos levantando ou
movimentando objetos. Outras medidas de segurança incluem tirar um tempo para
remover ou dobrar pontas protuberantes. Naturalmente, as proteções das máquinas
e as ferramentas especiais dadas a você, para executar uma determinada tarefa,
devem ser usadas. Quando você não toma cuidado com o maquinário com o qual terá
que trabalhar, ou quando você remove uma proteção e não a coloca no lugar novamente,
você está aumentando as chances de ser ferido. Apostar em você nestas situações
é perder na certa.
As
proteções para as mãos não são nada de novo. Elas tem sido consideradas
importantes a anos. Apesar dos cuidados que tomamos, nossas mãos receberão
pequenos ferimentos de tempos em tempos. Todos os cuidados devem ser adotados.
Para não arrancar as peles de suas mãos, verifique com cuidado o local que você
vai passar movimentando um objeto, certifique-se que as portas e corredores são
largos o suficiente. Quando for descer um objeto ao chão tome o cuidado de não
ter os dedos prensados, procure ajuda, solicite um companheiro para fazer o
devido calçamento.
Ao apanhar um objeto,
verifique as condições de pega, verifique se suas mãos não estão sujas de graxa
ou óleo.
Aquelas
pessoas que são casadas, provavelmente alguma vez já brincaram dizendo que
todos os seus problemas começaram quando colocaram uma aliança no dedo. Isto é
uma verdade, principalmente no que diz respeito ao trabalho. Por razões de
segurança não use alianças ou anéis quando estiver trabalhando. Estas jóias
podem facilmente se prender numa máquina e em outros objetos quando estiver
trabalhando, provocando cortes no dedo e até amputação.
Polias
e correias formam pontos de pinçamento e devem ser cobertas com proteções. Se
você necessitar recolher vidros quebrados, pregos ou objetos cortantes, use as
luvas para a tarefa. Nunca tente manusear esse material com as mãos
descobertas.
Uma boa coisa a ser
lembrada é o fato de que suas mãos não sentem medo. Elas vão onde você mandar e
se comportarão conforme seus donos mandarem.
31.
PROTEÇÃO PARA OS OLHOS
Com
tanta conversa a respeito de segurança, algumas vezes nos esquecemos do óbvio.
A segurança é uma questão pessoal. As máquinas com que trabalhamos podem ter
suas proteções, mas se não a usarmos, elas não cumprirão seus papéis.
Podemos
estar com os nossos óculos de segurança, mas se não usarmos, eles não irão nos
proteger. O que conta, a longo prazo, é a crença firme de termos de fazer tudo
para podermos trabalhar com segurança. Nós temos de usar o equipamento de
proteção individual se quisemos ter um bom desempenho em segurança.
Ninguém
poderá fazer a segurança por nós.
Suporta que você seja um
daqueles que acreditam na importância de proteger sua visão em qualquer
circunstância
e que aja de acordo com esta idéia o tempo todo. Quando alguém da turma quiser
gozar você por excesso de zelo, o que você faz? Você decide não se envolver e
se afasta, ou então diz à pessoa a razão que faz proteger seus olhos mesmo que
o risco seja pequeno.
Talvez
com isso você leve a pessoa a refletir e leve-a a chegar na mesma conclusão que
você. Os dispositivos para proteção dos olhos têm sido empregados na indústria,
desde 1910. Talvez algum de vocês conheça alguém que tenha recebido um
ferimento no olho ou que tenha ficado cego por não estar usando óculos de
segurança na hora certa. Algumas partículas podem atingir seus olhos de forma
muito violenta, podendo ocorrer a perda de uma das vistas. Vários tipos de
óculos de segurança estão disponíveis para proteger seus olhos contra
partículas, aerodispersoides, vapores e líquidos corrosivos. Dependendo da
tarefa você pode usar os óculos ou protetores faciais ou máscaras faciais.
A
soldagem requer a proteção dos olhos na forma de um capacete para impedir que
raios infravermelhos e ultravioletas atinjam seus olhos. Os soldadores devem
usar óculos que protejam contra o arremesso de partículas. Sempre que houver a
presença de partículas em nossas atividades deve-se fazer uso dos óculos de
segurança.
Você
sabe que precisa de apenas urna partícula de esmeril para acabar com sua visão?
Você sabe que o respingo de um produto químico corrosivo é o suficiente para
cegar? Algumas vezes você arranja uma desculpa para não usar óculos de
segurança. Uma das desculpas mais freqüentes é:
“eles
atrapalham minha visão”, “eles são desconfortáveis”, “eles me fazem ficar
ridículo”, “eles embaçam”.
Sempre
que a proteção para seus olhos o aborrecer, lembre-se apenas de que você não
poderá enxergar através de um olho de vidro, e de que sempre terá que usar um
dispositivo, para cobrir aquela vista perdida.
A pior desculpa de todas
é aquela que diz que o trabalho é rápido, leva apenas 1 minuto. O acidente leva
muito menos. E o transtorno será o resto da vida.
Uma
das frases mais usadas é: “Eu me esqueci...”. É usada freqüentemente como
desculpa para não usar os óculos. Não estamos dizendo que podemos nos esquecer
uma vez que outra, isso acontece. Porém, basta que você se esqueça uma única
vez de colocar os óculos para que este esquecimento, esse lapso de memória,
seja o mais caro em toda a sua vida. Portanto, faça o uso dos óculos de
segurança uma questão de hábito.
Pense
no seguinte: não existe uma boa razão para que alguém não proteja os próprios
olhos. A visão não tem preço assim, sendo use a proteção para seus olhos.
32.
COMPETIÇÃO PARA CABEÇAS DURAS
De acordo com o Conselho
de Segurança Nacional do Trabalho, várias companhias já adotaram o novo
certificado de dureza de cabeças para os trabalhadores que acham ter suas
cabeças duras o suficiente.
Vários
testes foram aplicados para determinar se um trabalhador pode obter esse
certificado. Alguns funcionários desta seção já expressaram seu interesse em
ganhar certificados. Assim sendo, estamos
oferecendo
agora a oportunidade para eles. Aqueles que concluírem satisfatoriamente os
testes abaixo receberão um boné, um certificado na moldura e a permissão de
usarem os bonés no lugar do capacete de segurança.
TESTE
DE PENETRAÇÃO. Um prumo de chumbo pesando meio quilo é deixado cair repentinamente
de uma altura de 3 metros na cabeça do interessado. Se a ponta penetrar pelo
menos 1 cm, o interessado terá passado na primeira fase do exame.
TESTE
DE ABSORÇÃO. A cabeça do interessado é submersa na água durante 24 horas, sem o
auxílio de ar mandado Se a absorção total for menor do que 0,5 % o interessado
passa ao exame seguinte.
TESTE DE RESISTÊNCIA
QUÍMICA E TÉRMICA: A cabeça do interessado é testada quanto a suas propriedades
de resistência a produtos químicos, incluindo ácidos e solventes, e quanto a
resistência ao fogo. Tendo passado nesta fase, o interessado fará o teste final
que é o elétrico.
TESTE ELÉTRICO. Este
teste final e muito simples, envolve a cabeça do interessado a uma tensão de
até 3.000 volts em 60 hertz CA. Um vazamento de 9 miliamperes é permitido a
2.000 volts, não sendo permitido o rompimento do isolamento.
Qualquer um empregado
que passar neste exame, que normalmente são aplicados aos capacetes de
segurança, será agraciado com um boné e um certificado de dureza devidamente
envolvido por uma moldura moderna para permitir que ele use apenas o boné
enquanto estiver trabalhando em locais onde lhe for exigido usar o capacete de
segurança.
33. O VALOR DO
CAPACETE DE SEGURANÇA JÁ FOI APROVADO
Ao longo dos dias, os
empregados têm dado várias desculpas para não usar o capacete de segurança:
-
Ele é muito pesado!
-
Ele me dá dor de cabeça!
-
Ele machuca meu pescoço!
-
Ele é muito frio para ser usado!
-
Ele é muito quente para se usado!
-
Ele não me deixa ouvir direito!
-
Ele não me deixa enxergar direito!
-
Ele faz eu ficar careca!
Hoje em dia, até que não
há muita resistência em usar os capacetes de segurança. Houve época que nem
podia falar em capacete, que o empregado reclamava.
Ao longo dos anos a
consciência tem melhorado, embora muitos ainda relutam em não aceitar este EPI
como parte integrante do seu dia-dia como um instrumento importante de
trabalho. Imagine uma enxada, um machado ou outra ferramenta desprendendo
acidentalmente do cabo e atingindo seu colega. Pode ser na cabeça, como também
pode ser em qualquer outra parte do corpo. Imagine ser atingido por peças
móveis.
Histórias diversas como projeções de
britas, projeções de fragmentos de esmeris, batidas contra, são exemplos concretos
de que a utilização do capacete é de suma importância no nosso trabalho.
Até mesmo a presença do
risco de uma queda sobre os trilhos em função das irregularidades do piso, faz
com que nossa obrigação com o uso do capacete aumente ainda mais.
Você nunca saberá que
tipo de surpresa pode aguardar você vindo em direção ao crânio. Portanto
proteja-se usando o seu capacete e cuide de sua conservação, não jogando-o ao
chão, mantendo-o limpo e em perfeitas condições de uso.
34. LESÕES NAS
COSTAS
Lesões repetidas nas
costas podem se tornar crônicas e pode causar anos de sofrimento, encurtar os
altos produtivos do trabalhador e provavelmente acabar com a alegria da
aposentadoria durante muitos anos.
Podemos evitar
estas lesões nas costas?
Sim. Se reconhecermos
algumas de suas causas e procurar evitar males maiores. A maioria das lesões
nas costas resulta das seguintes causas:
-
Levantamento de cargas com o corpo em
posição errada;
-
Levantamento de objetos abaixo do nível
do solo;
-
Tentativa de ser o forte, ou seja,
levantar pesos acima da capacidade da pessoa;
-
Escorregões quando transportando objetos
ou operando ferramentas;
-
Giro do corpo nos calcanhares quando se
levanta ou carrega objetos;
-
Posição de trabalho incorreto e freqüente.
A maioria de vocês já
sabe como levantar do chão um peso corretamente? Todos nós temos limitações
quando temos de levantar um peso, pois nosso organismo não foi moldado como
levantador e transportador de cargas. Se um objeto pesa acima de 40 kg, solicite
ajuda de um guincho para içá-lo. Para transportá-lo solicite a presença de um
equipamento apropriado. Sua condição física, constituição e estrutura orgânica
têm muito a ver com sua capacidade de levantar e transportar objetos pesados.
Não faça mais do que dá conta.
Em locais onde o terreno
é irregular o risco ainda é maior. Solicite ajuda aos companheiros. Nunca gire
o corpo ao levantar ou transportar objetos pesados, mude a posição dos pés.
Sua coluna e músculos
não foram preparados para suportar pressão ou tensão superior a determinados
limites característicos de cada um.
35. MANUSEIO DE
CARGAS COM SEGURANÇA
Mesmo com o auxilio
mecânico para o levantamento de cargas, encontramos certas coisas que precisam
ser feitas manualmente. Para evitar distensões de mau jeito nas costas, temos
que fazê-lo corretamente. Isto já foi dito várias vezes, porém ainda ocorre
muita lesão por levantamento de pesos.
Consideremos algumas
coisas que temos de levantar manualmente. O que pesa mais? O que é mais difícil
de manusear? Pense nisso enquanto falamos nos principais pontos sobre
levantamento de peso com segurança. A proteção das mãos é de máxima
importância. Ao levantar materiais com bordas cortantes ou superfície áspera,
use luvas para proteger suas mãos. Devemos evitar o pinçamento de dedos e
cortes nas mãos.
Mesmo que você esteja
usando luvas, deve certificar-se de que suas mãos não correm riscos, não podem
ser atingidas por alguma projeção no momento do levantamento, e que a mesma não
atingirá os pés.
A firmeza dos pés é
essencial para se tentar levantar um objeto de qualquer peso substancial.
Muitas
distensões resultam da
perda do equilíbrio. Com isso o peso da carga é lançado sobre os músculos das
costas.
A posição dos pés
determina se você está ou não bem equilibrado. Eles devem estar ligeiramente
separados um do outro. Dobrar os joelhos para levantar o peso com os músculos
da perna é o requisito básico de segurança.
Se estiver pegando uma
caixa, posicione-a em diagonal pegando pelos cantos opostos. A coluna deve
ficar quase reta. Se encurvar a coluna em demasia poderá ocorrer lesões graves
na coluna vertebral. Lembre-se que a coluna é composta de pequenas vértebras
intercaladas com um disco gelatinoso. A compressão então deve ser no sentido vertical.
Após levantada a carga,
mantenha próxima ao corpo para evitar esforços nos músculos dos braços e manter
o equilíbrio da pessoa. Antes de levantar deve ser feita uma avaliação para ter
certeza de que, ao erguê-la poderá traze-la próxima ao seu corpo.
Levantar lentamente é
outra recomendação básica de segurança. Coloque lentamente sua força no
levantamento. Levante lentamente esticando suas pernas, mantendo as costas
retas e a caixa próxima ao corpo. Se a carga for muito pesada, logo no início
você poderá retornar a carga para a posição original. Peça ajuda quando
precisar e não hesite em fazer isto. Apresentamos a seguir alguns conselhos:
-
Dimensione a carga primeiro, não tente
ser o mais forte. Na dúvida peça auxílio;
-
Certifique-se de que
está com os pés firmes no chão e verifique os desníveis do local, se existir;
-
Mantenha os pés ligeiramente separados,
uns 30 centímetros um do outro;
-
Coloque seus pés próximo
à base do objeto. Isto é importante porque evita colocar toda a carga sobre os
músculos das costas;
-
Dobre seus joelhos, mantendo suas costas
retas, e o mais vertical possível.
As botas de segurança
com biqueira de aço previnem possíveis acidentes com projeções de objetos sobre
os pés Levantamento de cargas representam muitos problemas no trabalho em
relação a acidentes típicos ou problemas relacionados com a saúde do empregado.
Assim sendo, procure
utilizar a força dos músculos das pernas e braços, pois costas não possuem
músculos para essa finalidade.
36. CARRINHOS DE
MÃO
Todos aqui conhecem um
carrinho de mão. Eles se parecem um com o outro. Uma rodinha de pneu, a caçamba
e duas barras de segurá-lo. Pode haver apenas uma grande diferença no jeito que
cada um executa um trabalho com segurança.
As pessoas que utilizam
esses carrinhos de mão os conhecem muito bem e sabem quais os trabalhos que
podem executar. Isto é importante para uma utilização segura. Já vimos
carrinhos carregados com caixas empilhadas tão alto que a caixa do topo fica na
altura do peito.
O tempo perdido tentando
equilibrar esta carga prova que uma carga menor é mais segura e melhor para se
executar a tarefa. Os ferimentos mais comuns entre aqueles trabalhadores que
utilizam este tipo de carrinho, envolvem as mãos e os pés. Assim sendo, use
luvas para proteger as mãos. Se algum de vocês já teve o dedão do pé atropelado
por um carrinho, sabe bem a importância de usar as botas de segurança.
Não tente impedir o
movimento do carrinho usando os pés. Isto acabará mais tarde com uma lesão
Existem certos procedimentos que deve ser seguido para os utilitários destes
carrinhos:
-
mantenha a carga mais baixa possível;
-
coloque primeiro os objetos pesados,
depois os mais leves;
-
coloque a carga de modo
que o peso concentre no eixo;
-
não obstrua sua visão com cargas altas;
-
ao levantar o carrinho, faça força com
os braços e pernas e não com as costas;
-
o carrinho é que deve transpolar a
carga, você só empurra e equilibra;
-
nunca ande para trás com
carrinho carregado;
-
quando descer uma rampa,
mantenha o carrinho virado para frente, quando subir inverta a posição;
-
os carrinhos de mão não devem ser usados
em rampas acima de 5%.
Ao
final do expediente o mesmo deve ser mantido numa posição tal que os cabos não
venham a oferecer riscos de choques por pessoas.
37. EMPILHADEIRAS
- AS MULAS DE CARGA DO TRABALHO
As
empilhadeiras, verdadeiras mulas de carga da indústria, estão se tomando
rapidamente bestas perigosas.
Anualmente, milhares de ferimentos
com afastamento estão relacionados com as empilhadeiras. Desde quem foram
introduzidas nos locais de trabalho elas são responsáveis pelo aumento do
índice de acidentes tirais de 400%. O aumento alarmante de operação insegura de
empilhadeiras foi relatado num estudo recente. Eis aqui algumas das conclusões
desse estudo:
-
Mais da metade - 52% -
dos fermentos no período estudado envolveu empilhadeiras móveis, 19% envolveram
empilhadeiras sendo operadas em veículos estacionados e em 19% dos casos a
empilhadeira estava parada;
-
Quase metade (45%), dos
ferimentos, foram sofridos por empregados trabalhando ou caminhando em áreas
onde as empilhadeiras estavam sendo operadas;
-
Cerca de 15% dos
ferimentos foram causados em trabalhadores regularmente designados para tarefas
próximas das empilhadeiras;
-
Os ferimentos mais típicos (22%)
envolviam escoriações e contusões nas pernas, pés;
-
Esmagamentos foram os
ferimentos mais comuns associados com elevação ou abaixamento dos garfos das
empilhadeiras;
-
Os acidentes fatais que
houveram, foram provocados principalmente por quedas de cargas, tombamento.
A
maior parte destes acidentes poderia ter sido evitada se as regras de segurança
abaixo fossem seguidas:
-
Não levante a carga com a empilhadeira
em movimento;
-
Não transporte a carga com o garfo
totalmente levantado;
-
Dirija cuidadosamente e lentamente nas
esquinas e sinalize com a buzina nos cruzamentos;
-
Verifique se as
plataformas usadas para acesso a caminhões ou vagões têm a largura e a
resistência necessárias para suportar a empilhadeira;
-
Evite paradas súbitas;
-
Não transporte passageiros, de carona;
-
Observe os espaços acima e o giro da
extremidade traseira;
-
Para melhor visão, dê ré
ao transportar cargas grandes, mas fique virado para a direção do deslocamento;
-
Transporte carga somente em conformidade
com a capacidade nominal da empilhadeira;
-
Levante a carga com o mastro vertical ou
ligeiramente inclinado para trás;
-
Não transporte cargas ou
pilhas instáveis. Certifique que as cargas estejam posicionadas uniformemente
nos garfos e observe o equilíbrio adequado;
-
Abaixe as cargas
lentamente e abaixe o suporte de carga totalmente quando a empilhadeira for
estacionada.
A operação segura das
empilhadeiras pode torná-las as verdadeiras mulas de cargas confiáveis, ao
invés de bestas perigosas no seu local de trabalho.
38. IÇAMENTO
MECÂNICO E OUTROS EQUIPAMENTOS MOTORIZADOS
Os guinchos, talhas e
lanças são alguns dos equipamentos de içamento motorizados que normalmente são
encontrados em nosso meio de trabalho. O desenvolvimento destes equipamentos
envolve muita experiência de campo e teste de engenharia. Quando finalmente são
liberados para a utilização geral, estes dispositivos serão tão seguros quanto
a moderna tecnologia pode nos oferecer, entretanto, requerem operação e
manutenção adequada para se tornar uma operação segura e de muita utilidade.
Devemos sempre verificar estes equipamentos antes de usá-los. Devemos verificar
quanto ao abastecimento de combustível, vazamentos de óleos e fluidos
hidráulicos, mecanismos de embreagens emperrados ou danificados, desgaste
anormal, trincas por fadigas e outras condições inseguras. Sempre que for
observada uma
condição
insegura, relate isto e certifique-se que foi reparado prontamente. A
utilização de guinchos e de outros equipamentos motorizados em nossos trabalhos
é uma operação meticulosa. Mesmo a maioria desses equipamentos sendo simples o
suficiente para uma criança operá-los, somente uma pessoa habilitada e qualificada
pode fazê-lo de forma correta e com segurança. O operador qualificado nunca
abusa de seu equipamento. Ele evita parada e partidas rápidas, que podem
provocar desgaste excessivo. Ele sempre faz um teste de levantamento para
verificar se o gancho ou a armação está correta e no local certo. O operador
escolhe uma pessoa para os sinais manuais necessários e aceita somente os
sinais dessa pessoa indicada e apenas aqueles sinais claramente indicados.
Entretanto, a manutenção das distâncias de afastamento é de responsabilidade do
operador. Se ele mesmo achar que há motivos para questionar o julgamento da
pessoa que está sinalizando, deve verificar estas distâncias antes de
continuar. Ele deve dar a atenção particular aos espaçamentos em relação a fios
aéreos que poderia provocar energização do veículo. Se qualquer coisa sair
errada, o operador deve parar o equipamento e não reiniciar até que o problema
tenha sido esclarecido e um novo plano tenha sido desenvolvido. Quando estamos
trabalhando com este equipamento ou deslocando-o, temos que ter a certeza de
todos os cuidados para não danificá-lo. Eis aqui algumas ações que podem
ocorrer danos facilmente. Quando uma escada em lança é mantida ereta com o
veículo movimentando-se um local para o outro. Ela pode ser danificada pelo
contato com pontes, galhos de árvores e fios. Muitos outros exemplos poderiam
ser citados, mas todos mostrariam que poucos riscos, se é que existe algum,
estão incorporados nos projetos destes equipamentos. Os riscos inicialmente são
decorrentes de abusos e negligência. Existem várias proteções que devem ser
usadas, dependendo do tipo de equipamento. Em alguns casos, estas proteções são
parte integrante do equipamento. Por exemplo, certas proteções que fazem parte
do sistema hidráulico, permitem que uma plataforma desça suavemente em vez de
cair abruptamente quando há um vazamento hidráulico. Os procedimentos de
operação segura devem ser sempre utilizadas. Por exemplo: quando há uma
possibilidade de contato com o fio energizado, use as luvas de borracha. Este
cuidado se aplica não apenas às pessoas que estejam diretamente envolvidas com
o trabalho em eletricidade, mas também a todas aquelas que estejam trabalhando
próximas de redes elétricas ou de equipamentos que possam fazer contatos com fios
energizados. Outros procedimentos: fique embaixo de cargas suspensas, use o
cabo de controle para guiar a carga, procure testar continuamente o
equipamento. O bom operador - o operador seguro - sabe que equipamentos
motorizados são extensões de seus braços.
39. DICAS DE
SEGURANÇA PARA OPERAÇÃO COM GUINDASTE MÓVEL
A
grande maioria dos acidentes envolvendo os guindastes, atinge trabalhadores
embaixo ou próximos a cargas suspensas, quando as mesmas caem devido à
amarração, ganchos e estropos inseguros.
Os
cabos e os prendedores devem ser examinados diariamente e inspecionados
completamente pelo menos uma vez por semana e mais freqüentemente ao aproximar
de sua vida útil. O número de arames quebrados, a quantidade de desgaste dos
arames externos e a evidência de corrosão são indicadores.
Se
um cabo de 6 por 19 ou de 6 por 25 tiver seis arames partidos numa perna, esta
seção de cabo estará seriamente comprometida. Os ganchos deterioram devido à
fadiga e à má prática de içar a carga em um ponto, o que faz com que o gancho
se abra. Se você encontrar um gancho nestas condições, substitua-o. Um gancho
giratório minimiza o esforço e o desgaste provocado pelo giro da carga durante
um içamento. Um gancho de segurança possui um trinco que impede o estropo de
sair.
A
operação de um sistema de guindar em terreno macio ou inclinado é perigosa. O
guindaste deve estar sempre nivelado antes de ser colocado em operação. As
sapatas de apoio dão uma estabilidade confiável somente quando usadas em
terreno firme. A sobrecarga é uma causa
freqüente de acidentes
sérios, como o tombamento, colapso da lança e falha de cabos. Todos os
fabricantes estabelecem os limites de carga de segurança para diferentes
ângulos de inclinação da lança. Os limites especificados na tabela de carga
nunca devem ser excedidos, além das instruções de operações devem ser seguidas.
Antes de sair do
guindaste, por qualquer razão, aplique os freios, calce as rodas, trave a lança
e coloque alavancas e controle em neutro.
Observe antes de iniciar
os trabalhos as condições do terreno, inclinações e posicionamento do guindaste
em relação a fiação aérea.
40. SEGURANÇA
COM CABOS DE AÇO
Os cabos de aço são
amplamente usados em vez das cordas de fibra porque possuem maior resistência
para o mesmo diâmetro e peso. Sua resistência é constante, molhado ou seco e
permanece a mesma sob condições climáticas variáveis e possuem maior
durabilidade.
Porém, este material
deverá ser inspecionado diariamente quanto ao desgaste. Uma inspeção completa
deve cobrir os seguintes pontos:
-
Há evidências de
corrosão, desgaste ou dobraduras? Um cabo que foi dobrado não pode ser
reparado;
-
Existem arames
quebrados? Se houver, substitua o cabo de aço, se o mesmo não satisfizer os
padrões de segurança estabelecidos;
-
O cabo foi lubrificado
corretamente? O cabo deve ser mantido lubrificado adequadamente para evitar a
corrosão;
-
Qual é a condição das emendas e
conexões? Qualquer observação de danos corrija-os;
-
Há evidência de que o
cabo de aço tenha sido esmagado, achatado, aberto formando gaiolas ou apresenta
qualquer outro dano causando sua distorção? Se houver substitua-o;
-
Os empregados usam proteção para os
olhos, quando necessário?
Quando não estiverem sendo
usados, guarde-os corretamente para protegê-los contra sujeira, para permitir o
pronto acesso a eles e de maneira a permitir uma inspeção visual completa e
precisa. Manuseie os cabos de maneira a evitar dobras ou torções. A importância
da lubrificação periódica é muito importante. Um cabo de aço possui muitas
peças móveis. Toda vez que um cabo é dobrado e esticado, os arames nas pernas
do cabo devem deslizar uns contra os outros. Conseqüentemente deve haver unta
camada de lubrificação em cada peça móvel. Um segundo motivo importante para a
lubrificação do cabo de aço é evitar a corrosão dos arames e a deterioração do
núcleo, ou alma, de fibra. Um cabo enferrujado é um perigo, porque nenhuma
inspeção visual é capaz de determinar a resistência remanescente de um cabo
corroído. Nestas condições ele é muito perigoso, pois a ferrugem reduz a área
de corte transversal do aço bom restante. Com isso ele pode partir sem aviso
prévio. O lubrificante pode ser aplicado através de uma escova. Para instalar
os clipes nas laçadas de extremidades dos cabos de aço, faça o seguinte:
-
Aplique o primeiro clipe
a uma distância da extremidade morta do cabo, com o parafuso “U” sobre a
extremidade morta e com a extremidade viva se apoiando na sela do clipe. Aperte
as porcas uniformemente com o torque recomendado;
-
Aplique o segundo clipe
o mais próximo possível da laçada, com o parafuso “U” sobre a extremidade
morta. Gire as porcas até que fiquem firmes no lugar. Não aperte;
-
Espace todos os outros
clipes igualmente entre os dois primeiros - eles não devem ficar separados numa
distância superior à largura da base do clipe. Gire as porcas, tire a folga do
cabo e aperte as porcas uniformemente com o torque recomendado.
Todas as sapatas dos
clipes devem assentar na extremidade do cabo e ter o tamanho adequado para o
diâmetro do cabo. A distância entre os clipes num cabo de aço deve ser igual a
seis vezes o diâmetro do cabo.
41. PRÁTICAS DE
SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS
Nosso trabalho exige que
utilizemos vários tipos de escadas. Se elas não forem usadas corretamente,
tornam-se perigosas e podem causar acidentes sérios e até fatais. Por serem
instrumentos de trabalho comuns, os riscos associados a elas normalmente não
são levados muito em conta. Para eliminar estes riscos e reduzir os acidentes
recomendamos as seguintes práticas:
1
- Use sempre a escada
certa para o trabalho. Não improvise usando uma escada muito longa ou muito
curta;
2
- Inspecione todas as
escadas periodicamente quanto a ferrugem, trincas, partes quebradas e corrimão
enfraquecido;
3
- Mantenha todas as
escadas com a ferragem bem firme e verifique quanto a empeno ou peças
quebradas;
4
- Quando possível,
providencie um local de guarda adequado para elas. Considere os fatores: calor,
umidade e possíveis danos por ferramentas e máquinas;
5
-
Remova as lascas que aparecerem. Lixe estas áreas e as pinte novamente;
6
- Rotule as escadas
identificando o comprimento e o local onde elas devem ser usadas e guardadas;
7
-
Mantenha todos os cabos que forem usados com escadas em boas condições;
8
- Providencie apoio
suficiente para manter as escadas presas quando transportadas em veículos. Fixe
numa posição que minimize os efeitos num possível choque no trânsito;
9
-
Mantenha as escadas livres de graxas;
10
- Posicione-as
corretamente. Mantenha 1/4 do comprimento da mesma afastado do pé da parede;
11
- Quando em uso, amarre
a extremidade superior. Calce a base ou solicite que alguém segure a base;
12 - Nunca utilize escadas de metal para trabalhos
em circuitos elétricos;
13
- Coloque sinais de
alerta ou barricadas na base da escada quando estiverem sendo usadas em locais
de passagem de pedestres, ou onde possa haver movimento de máquinas e
equipamentos;
14 - Remova todas as escadas do serviço quando
defeituosas.
42. PENSE EM
SEGURANÇA QUANDO USAR ANDAIMES
Trabalhar
em locais onde é necessário instalar andaimes necessita de cuidados especiais,
pois o risco de queda está presente. Então siga estas dicas que auxiliarão na
redução dos riscos:
-
Antes de usar, inspecione o andaime no
qual você vai utilizar;
-
Se você precisar usar
escadas para alcançar o andaime preste atenção nos degraus. Observe todas as
regras;
-
Segure nos corrimãos da
escada ao subir e descer do andaime e não transporte material nesse momento;
-
Mantenha o andaime livre
de material não usado ou desnecessário que possa causar um tropeção;
-
Verifique se os
pranchões do andaime não se projetam acima de 15 cm além das barras
transversais. Se forem muito longos, eles podem inclinar;
-
Verifique as condições
de estabilidade do andaime. Procure instalar em locais nivelados e esteja
atento aos calços;
-
Nunca pule de um andaime;
-
Para os andaimes móveis, aplicar freios
e calçar os roletes antes de subir para trabalhar;
- Amarre as extremidades superiores num local
fixo.
Para eliminar os
riscos de queda de objetos, siga as seguintes regras básicas:
1
-
Observe as boas regras de arrumação e ordenação das plataformas do
andaime;
2
-
Certifique-se que os pranchões estão firmes e no local certo;
3
- Não deixe ferramentas
ou material soltos. Limpe a plataforma ao filial de cada turno de trabalho;
4
- Se alguém estiver
trabalhando acima de você, certifique-se que haja proteção acima da sua cabeça.
Use o capacete;
5
- Nunca arremesse uma
ferramenta ou objetos para outra pessoa. Se necessitar passar algum objeto a
outra pessoa, use uma corda, um cesto ou uma sacola;
6
- Certifique-se que uma
pessoa que esteja ao nível do solo, que está içando uma carga com a corda
manual, ou que esteja abaixando uma carga, permaneça afastada;
7
- Se estiver sendo feito
algum trabalho de demolição ou de alvenaria, coloque uma tela no espaço entre a
plataforma e o corrimão superior;
8
-
Utilize o cinto de segurança quando não houver num dos lados do andaime
um corrimão.
43. SEGURANÇA
COM MÁQUINAS OPERATRIZES
EM
OFICINAS
Algumas
observações que devem ser seguidas no trabalho com máquinas operatrizes em
oficinas:
-
Não opere máquinas operatrizes sem a
devida qualificação e treinamento;
-
Não remova as proteções existentes e nem
as torne inúteis;
-
Use protetores oculares, capacete,
protetores faciais ou outros dispositivos de proteção;
-
Use o vestuário na medida exata,
-
Não use anéis, jóias
frouxas, cordões, luvas largas, cordões enrolados no pescoço e cabelos
excessivamente longos;
-
Use a ferramenta correta
e adequadamente presa para trabalhar em cortes, furacões, modelagem, etc.
-
Não limpe ou lubrifique máquinas quando
em funcionamento;
-
Não pare a máquina utilizando as mãos ou
ferramentas nas polias;
-
Inspecione as ferramentas regularmente;
-
Mantenha a máquina
sempre limpa, retirando o excesso de escórias após a conclusão dos trabalhos;
-
Mantenha o piso da oficina sempre seco;
-
Antes de montar uma peça no esmeril numa
lixadeira, teste sua circularidade.
-
Mantenha o apoio da ferramenta a 1/8” da
pedra do esmeril e em pedestais. A proteção a 1/4”
44. O ESMERIL
Os homens de antigamente
afiavam suas ferramentas, roçando-as contra uma pedra. Hoje o mesmo princípio é
usado O esmeril é um dos instrumentos mais comuns e úteis que possuímos. Sem
ele, nossos altos níveis de eficiência industrial e de produção nunca seriam
possíveis. Mas como todo processo industrial necessita de cuidados, o esmeril
elétrico requer cuidados especiais por ser um instrumento que apresenta muitos
riscos a acidentes considerados sérios.
Todos aqueles
trabalhadores qualificados como os fabricantes de ferramentas mecânicas, sofrem
um maior número de ferimentos causados pelo uso do esmeril. Normalmente esses
ferimentos são os mais graves.
É claro que neste caso
os cuidados com segurança não estão sendo seguidos, porque a maioria destes
acidentes não acontecer. Um estudo sobre ferimentos causados por este
instrumento revelou dois fatos altamente significativos: oito em dez ferimentos
ocorrem no ponto de operação ou próximo dele, e cinco em dez ferimentos atingem
os olhos. O fato da metade de
todos os ferimentos
ocorrerem nos olhos, enfatiza o quão é importante usar o óculos de segurança. A
falha em usar óculos de segurança pode ser desastrosa. Uma partícula
arremessada pode cegar um olho desprotegido.
Óculos mal usados e a
utilização de óculos errados representam outros fatores importantes nos
ferimentos provocados pelo esmeril. A finalidade dos óculos de segurança é
proteger a visão e não ficar no armário, lá ele não protege nada.
A maioria dos esmeris
são projetados para ficarem presos entre flanges. Não opere esmeris que não
esteia montado em flanges apropriados e adequados. Coloque faces de material
compressivo entre o esmeril e seu flange. Não use esmeril defeituoso. O esmeril
que foi desativado nunca deve ser usado novamente para esmerilhar qualquer
coisa. Antes de montar o esmeril, inspecione-o cuidadosamente quanto a trincas
ou marcas que indiquem danos. Além disso, faça o teste de circularidade. Teste
a pedra tocando-a gentilmente com um martelo de madeira ou cabo de uma chave de
fenda. Se a roda não estiver com defeito, um círculo perfeito será traçado.
Salvaguardas apropriados fazem parte das operações seguras de esmerilhamento.
As práticas seguras representam a outra parte. Se umas poucas práticas seguras
forem totalmente observadas, os ferimentos por esmeril serão poucos e muito
menos severos. Antes iniciar verifique a pedra quanto a flanges trincados.
Certifique-se também que a pedra não está quebrada. Verifique se a pedra é do
tamanho correto, assim como suas especificações para o trabalho a ser feito.
Se a pedra estiver
montada fora do centro ou com lateral mais desgastada, grandes esforços são
impostos, podendo ocorrer fragmentação de toda a pedra.
Pedras com velocidades
excessivamente altas representam outra das principais causas de acidentes. Uma
pedra de esmeril não deve ser operada acima da velocidade recomendada pelo
fabricante. Conheça o limite seguro de velocidade da pedra que você utiliza.
Acima de tudo, não monte a pedra que você usa noutra máquina que possa exceder
o limite de velocidade.
Executando o trabalho de
maneira segura, você está protegendo seus dedos, suas mãos e seu equipamento.
Segure a peça de trabalho firmemente, não muito próximo da pedra. Não force a
peça de trabalho contra uma pedra ainda fria, aplique o trabalho gradualmente
para aquecer a pedra. Ao desligar o esmeril não saia e deixe-o sozinho enquanto
a pedra estiver em movimento.
45. SEGURANÇA
COM PRENSA / FURADEIRA PARA METAL
-
Use apenas ferramentas
adequadamente afiadas. Verifique se os soquetes e encaixes estão em boas
condições;
-
Prenda a peça de
trabalho no torno ou apoio e fixe-o na mesa da prensa. Nenhum trabalho deve ser
feito segurando a peça manualmente enquanto perfura;
-
Não aperte a morsa ou
braçadeira enquanto a máquina estiver em movimento ou quando a máquina estiver
sendo lubrificada ou ajustada;
-
Use o capacete mais justo para manter o
cabelo afastado das pecas móveis;
-
Não use roupas folgadas
ou jóias, elas podem ser presas por peças rotativas. Não use luvas ou coisas
penduradas no pescoço, camisas ou blusões abertos;
-
Use o óculos de
segurança que impedirá que partículas voadoras atinjam seus olhos. Use também
botas de segurança;
-
Remova as partículas
metálicas da mesa e da área de trabalho com uma escova ou um instrumento
apropriado Não use o ar comprimido ou as mãos para fazer esse tipo de trabalho;
-
Não opere as furadeiras
com velocidades maiores do que as especificações do fabricante para os
materiais que estejam sendo furados;
-
Mantenha a mesa livre de
ferramentas e de outros itens soltos. Mantenha o piso em volta da prensa livre
de objetos que possam causar tropeções;
-
Antes de começar a
trabalhar com a máquina, certifique-se que a peça de trabalho esteja firmemente
presa, de que as brocas, soquetes e encaixes estejam em boas condições e se
estão firmes no lugar,
-
Verifique se a máquina
foi lubrificada apropriadamente e se todas as condições estão corretas para
utilização segura e se as chaves de trava foram removidas;
-
Antes de deixar a máquina, desligue-a e
certifique que ela tenha parado;
-
Relate qualquer condição insegura
imediatamente.
46. DICAS SOBRE
FERRAMENTAS
Reserve um tempo para
verificar suas ferramentas sejam elas manuais ou elétricas, antes de começar a
utilizá-las Se as mesmas estiverem gastas ou necessitarem de reparos, elas
poderão ser um instrumento de acidente
Certifique-se de que as
ferramentas estejam limpas e de aquelas que possuem cortes estejam afiadas. Um
corte cego pode fazer uma ferramenta escapar de sua posição ao ser utilizada.
Use a ferramenta CERTA
para o trabalho que vai executar. Saiba a finalidade de cada ferramenta e use-a
da maneira correta. Não use a chave de fenda como alavanca ou ferramenta de
bater.
A utilização incorreta
da ferramenta pode quebrá-la ou causar um ferimento. Tudo isso é prejuízo. Use
a ferramenta como ela foi projetada para ser usada. Proceda o corte no sentido
contrário a você.
Se uma ferramenta possui
2 cabos, utilize a ambos. Quando usar uma chave ajustável, puxe o cabo em vez
de empurrá-lo. Se você não estiver certo como usar a ferramenta, não advinde -
verifique o manual de utilização.
Não trabalhe com impaciência.
Prenda aquilo que for necessário numa bancada ou num torno e mantenha mãos,
cabelos e vestuário afastados de peças móveis. Não teste a fiação da ferramenta
com os dedos.
Use roupas apropriadas
para o trabalho que estiver fazendo. Se estiver serrando, lixando ou
martelando, use seus óculos de segurança. Se estiver usando uma serra elétrica,
use uma máscara adequada para evitar inalação de poeira. Se estiver trabalhando
com a mesma máquina em ambientes fechados, use o protetor auricular. Se estiver
trabalhando em bancadas com peças, use o sapato de segurança. Não use
braceletes, gravatas ou vestuário folgado quando estiver usando ferramentas
elétricas, pneumáticas ou hidráulicas.
Ao concluir todo o
trabalho, limpe as ferramentas. Transporte as bordas cortantes apontadas para
baixo.
Providencie um lugar
para guardar cada ferramenta. Não deixe uma ferramenta fora do lugar porque
você está planejando usá-la novamente no dia seguinte!. Tomando cuidado com sua
ferramenta e, sabendo como usá-las, você pode eliminar os riscos e se proteger
contra ferimentos.
47. CHAVES DE FENDA - A
FERRAMENTA MAIS SUJEITA A ABUSOS
Depois do martelo a
chave de fenda é provavelmente a ferramenta que mais sofre abusos. As chaves de
fenda são encontradas numa ampla variedade de formas, tamanho e material.
Porém, todas se destinam a um único uso. Apertar e afrouxar parafusos.
Infelizmente essa ferramenta é usada como alavanca, como formão, raspador,
misturador de tinta e incrivelmente, às vezes, como martelo!
O abuso mais comum é
usar a chave de fenda de tamanho errado para o parafuso. Você não usaria um par
de sapatos que fosse muito pequeno ou muito grande para seus pés. Caso
contrário isso seria um abuso para eles.
Pela mesma razão, você
não deve usar uma chave de fenda que seja muito pequena ou muito grande para o
parafuso com o qual está trabalhando. Use a chave de fenda certa. O abuso
ocorre mais freqüentemente porque a pessoa não tem a chave correta nas mãos
naquele momento para executar um trabalho. Tenha estes pontos em mente quando
usar uma chave de fenda: sempre
combine o tamanho da
chave com o trabalho a ser feito e sempre combine o tipo da chave com o tipo de
cabeça do parafuso.
Selecione urna chave com
uma lâmina grossa o suficiente para se encaixar corretamente na fenda do
parafuso. Isto reduz a força necessária para manter a chave no lugar e
danificar a ponta ou a ferida do parafuso. A maioria das pontas das lâminas é
chanfrada, o que permite usar a chave para mais de um tipo de parafuso porém a
chave que contém a lâmina com as faces em paralelo se fixará mais firmemente do
que a chave com lâmina chanfrada.
As lâminas chanfradas
têm a tendência de sair da fenda sempre que uma quantidade significativa de
força de torção é aplicada. Quando é absolutamente necessária uma força extra
de torção, uma chave de boca, mas nunca um alicate, pode ser usado para ajudar.
As chaves de fenda para o trabalho pesado, com ponta quadrada, são disponíveis
para este fim. Via de regra quanto maior for uma chave de fenda, maior será o
diâmetro do cabo. Quanto maior for o diâmetro do cabo, maior será a força de
torção.
Para apertar um parafuso
com segurança, primeiro faça um furo piloto na superfície do material que você
for prender. Esta recomendação é especialmente importante quando se aplica
parafuso em madeira dura ou quando o parafuso está próximo da borda da tábua,
por exemplo. Os furos pilotos podem ser feitos em madeiras macias. Faça sempre
a guia para iniciar a colocação do parafuso. No momento da torção verifique se
o parafuso está firme, assim comece a pressioná-lo sempre mantendo a força
perpendicular ao plano, procurando aplicar a força de torção com os braços,
procurando mantê-los numa altura considerável. É seguro usar as duas mãos com
uma força extra. A utilização do equipamento de proteção individual é muito
importante para sua segurança. O EPI apropriado é a utilização dos óculos de
segurança e luvas para evitar ferimentos. Eis algumas regras básicas de
segurança:
-
Certifique-se sempre que a ponta da
chave se encaixa na fenda. Sem folga e sem aperto;
-
Não use uma chave de fenda como punção
ou formão;
-
Não exponha a chave de fenda a calor
excessivo;
-
Use uma lima para acertar a fenda
desgastada;
-
Jogue fora uma chave excessivamente
desgastada ou trincada;
-
Use o EPI recomendado.
48. USE OS
MARTELOS COM SEGURANÇA
O martelo provavelmente é a primeira
ferramenta que todos nos aprendemos a usar e infelizmente isto não foi
suficiente para nos tomar especialistas na utilização de martelos com
segurança. Existem muitos casos de acidentes atingindo os dedos. Polegares
atingidos ainda representam os ferimentos mais comuns provocados pela
utilização de martelos e, provavelmente seja o único que preocupa algumas
pessoas. Na realidade existem muitas outras formas de se ferir com o martelo.
Um sujeito que esteja trabalhando numa oficina batendo na lataria de um carro,
pode ser atingido por um fragmento de metal enferrujado. Empregados da
construção civil constantemente sofrem de fraturas nos dedos por marteladas
diversas, causando muito das vezes seu afastamento do trabalho. A maioria dos
acidentes que envolvem as atividades com o uso de martelo é de lesões nas mãos
e acidentes típicos de fragmentos nos olhos. Um pouco de consciência em relação
à segurança tem um grande papel na prevenção desses acidentes.
Realmente você pode
tomar vários cuidados na utilização de martelos. Primeiramente verifique as
condições do cabo, se o mesmo possui trincas ou outros defeitos. Certifique-se
que o cabo esteja firme na peça metálica. Use sempre o martelo certo para o trabalho
que está fazendo. O uso de martelos errados danificará materiais e pode causar
ferimentos. O uso de proteção para os olhos representa uma outra prática de
segurança. Use os óculos sempre que for bater com o martelo, principalmente ao
bater sobre um formão em que haja risco de partículas atingir a visão.
Segure sempre o martelo
firmemente, perto da extremidade do cabo quando você segura um martelo perto da
parte metálica, fica difícil segurar a cabeça na vertical.
Certifique-se
que a face do martelo esteja em paralelo com a superfície a ser martelada. Isto
evitará danos nas bordas da cabeça do martelo e também diminuirá a chance do
martelo escapar ou danificar a superfície de trabalho. Para martelar de maneira
a facilitar a penetração, mova seu braço para trás apenas o suficiente para
alcançar a força correta. Para uma pancada forte, mova seu braço bem para trás.
Em seguida, mova para frente com um movimento rápido e firme. Estas
recomendações parecem elementares. São realmente. São elementares, mas não é
fácil alcançar a maestria neste movimento. Mantenha as garras afiadas o
bastante para agarrar as cabeças dos pregos firmemente. Não use as agarras como
formão ou alavancas. Como todas as ferramentas manuais mantenha-os bem protegido
quando não estiverem sendo usados. Um martelo deixado no chão pode fazer alguém
tropeçar.
Talvez
você nunca tenha percebido a existência de tanta coisa envolvendo a segurança
com martelos, mas gostaria de acrescentar mais uma coisa. Quando você estiver usando
um martelo, lembre-se de se preocupar não apenas com sua própria segurança, mas
também com a segurança daqueles que estiverem à sua volta.
49. PREVENÇÃO DE
ACIDENTES COM CHAVES DE BOCA
Quando precisamos de uma
chave de boca, não há absolutamente outra ferramenta que possa substituí-la. As
chaves de boca são indispensáveis em quase todas as indústrias, assim como em
nossas casas. Os ferimentos relacionados com atividades em que se utilizam
chaves de boca vão desde lesões simples às mais complicadas. A maioria dos
acidentes resulta da utilização de chaves de tamanhos e tipos incorretos.
Quanto mais soubermos a respeitos destas chaves e a maneira correta como
usá-las, mais aptos estaremos para evitar acidentes.
A chave de boca mais
comum é do tipo aberta. Usamos esse tipo de chave inadequadamente, de várias
maneiras:
1
- Usando uma que seja
muito grande. Neste caso, muito provavelmente, ela vai escapar e danificar as
bordas das porcas;
2
- Através da utilização
de uma chave de boca de extremidade aberta, com as garras trincadas ou
danificadas;
3
- Colocando um pedaço de
cano no cabo para aumentar a força. A chave não foi projetada para suportar
esse esforço adicional;
4
- Uso de cunha (como a
ponta de uma chave de fenda, para completar o encaixe da chave de boca na porca
ou cabeça do parafuso;
Porém,
mesmo quando escolhemos o tipo e o tamanho corretos, existem outros erros que
cometemos:
1
- Empurrar a chave, ao
invés de puxar. Se você precisar empurrar, use a palma de sua mão de forma que
as juntas de seus dedos não sejam expostas;
2
-
O não assento da chave completamente na porca. Ela poderá escapar sob
pressão;
3
- A aplicação de pressão
antes de se sentir totalmente equilibrado. Você poderia cair se a porca
subitamente afrouxar ou a chave escapar;
4
-
Bater na chave com um martelo. Isto danifica a chave;
5
-
Usar as chaves com as mãos sujas de óleo;
6
- Girar uma chave
ajustável de maneira incorreta. A pressão deve ser sempre na garra fixa, que é
a mais forte das duas.
50. PORQUE
INSPECIONAR FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS?
Os pequenos e grandes
acidentes geralmente acontecem da mesma maneira. Os eventos que acabam em
acidentes são os mesmos, porém os resultados são bastante diferentes.
Suponhamos, por exemplo que um martelo esteja frouxo no cabo. Um dia um
trabalhador tenta usá-lo, batendo em um objeto sobre a bancada. A cabeça do
martelo salta longe, batendo em uma parede de concreto e caindo ao chão. Não
ferindo ninguém e nem causando danos à propriedade. Porém, em uma outra ocasião
a cabeça do martelo sai do cabo e vai de encontro a uma pessoa que estava por
perto, ferindo-a seriamente.
As circunstâncias foram
inicialmente as mesmas, em ambos os casos, mas os resultados foram diferentes.
O que é desagradável nessa história é que nunca sabemos quando a cabeça frouxa
vai sair do cabo e ferir alguém. Assim, a inspeção de ferramentas e
equipamentos se torna evidente.
Uma inspeção regular
significa que você verificou uma ferramenta ou um equipamento antes de usá-lo.
A inspeção de ferramentas é uma parte programada de cada tarefa. E tão
indispensável para o trabalho a ser feito quanto a sua habilidade e
qualificação para executá-lo. A verificação se as ferramentas e equipamentos
estão em ordem é o primeiro passo não apenas para uma operação segura, mas
também para uma operação eficiente. Quantas vezes você ouviu alguém dizer que
um melhor trabalho poderia ter sido feito se ferramentas e equipamentos
estivessem em melhores condições? Talvez um formão mais afiado tivesse
facilitado o encaixe de uma trava
numa porta, ou talvez
uma gota de óleo num mancal pudesse ter evitado uma perda na produção, quando o
maquinário teve que ser parado.
Talvez os produtos não
tivessem sido danificados e o guindaste não tivesse apresentado falhas, se
tivessem sido inspecionados e reparados antes. Naturalmente, todos esses
exemplos estão relacionados em coisas materiais. Eles aumentam a falta de
eficiência, diminuem os padrões de produção e aumentam o custo.
Um novo mancal, mais
umas poucas outras peças de reposição colocarão o maquinário de volta ao
trabalho.
Os produtos
danificados podem ser jogados fora e novos devem ser produzidos.
Mas quando falamos sobre
uma pessoa que foi ferida por causa de uma destas falhas, o quadro muda
rapidamente. Nada é mais importante em nossa operação do que evitar que alguém
saia ferido. A perda de um olho, de um braço, de uma perna ou de uma vida é exatamente
isto: uma perda. Não há peça de reposição que devolve a condição normal. Um
homem forte e saudável passou anos de sua vida explicando como perdeu um olho
devido a falta de cuidado. Não foi apenas porque não estava usando óculos de
segurança. Seu formão estava trincado e uma parte o atingiu ao bater. Seu
acidente foi como a maioria dos acidentes, poderia ter sido evitado. Se apenas
tivesse feito uma inspeção nas suas ferramentas e procurar os óculos de
segurança. A eliminação do “se” é a chave da prevenção dos acidentes. A
responsabilidade por isto cabe a cada indivíduo. A manutenção de ferramentas e
do equipamento pode até não ser sua responsabilidade pessoal, mas a
responsabilidade por inspecioná-la e cobrar de quem é responsável, é sua.
A inspeção é apenas o
primeiro passo para evitar os acidentes e ferimentos causados por um
equipamento e ferramentas defeituosos. A verificação deve tornar-se um
hábito,ou seja, deve ser rotineira como vestir uma camisa para o trabalho logo
que se acorda. É um hábito, é um hábito seguro.
51.
REGRAS DE SEGURANÇA PARA
FERRAMENTAS ELÉTRICAS
-
Aterre todas as
ferramentas que não possuam duplo isolamento. Se a ferramenta foi equipada com
um plug de três pinos, encaixe-o numa tomada de três entradas. Se estiver
usando um adaptador para tomadas de duas entradas, fixe o fio adaptador em um
terra conhecido. Nunca remova o terceiro pino;
-
Mantenha todas as proteções no lugar e
em boas condições;
-
Mantenha a área de
trabalho limpa. Áreas e bancadas cheias de entulhos são um convite aos
acidentes;
-
Evite ambientes
perigosos. Não use ferramentas elétricas em locais úmidos ou molhados. Mantenha
as áreas bem iluminadas;
-
Não force a ferramenta.
Ela fará melhor o trabalho e de maneira mais segura, se for usada sob as
condições para as quais foi projetada;
-
Não separe as pernas do
cabo elétrico. Se, acidentalmente, cortar o cabo ou danificar o isolamento de
qualquer maneira, não tente repará-lo por sua conta. Entregue-a para
substituição e/ou reparos imediatos. Não substitua cabos de extensão por sua
conta;
-
Quando sair da área de
trabalho temporariamente, guarde as ferramentas longe do alcance de crianças.
Elas são muito curiosas;
-
Use o vestuário apropriado,
sem jóias ou roupas folgadas. Elas podem agarrar-se em peças móveis. Use o
calçado e as luvas de borracha quando se trabalha em áreas abertas;
-
Use óculos de segurança para a maioria
das ferramentas;
-
Não abuse do cabo. Nunca
carregue uma ferramenta segurando pelo cabo elétrico, ou desligue da tomada
puxando por ele. Mantenha o cabo afastado de fontes de calor, óleo ou bordas
cortantes;
-
Prenda seu trabalho Use
garras ou um torno de mesa. É mais seguro do que usar as mãos, ficando com as
mesmas livres para segurar a ferramenta;
-
Não se estique para
alcançar o ponto de trabalho. Mantenha-se bem equilibrado durante todo o tempo;
-
Desligue a ferramenta quando não estiver
usando-a, ou quando for trocar acessórios;
-
Remova as chaves e
chavetas de ajuste. Forme o hábito de verificar se as chavetas e chaves de
ajustes foram removidas da ferramenta antes de ligá-la;
-
Evite partidas acidentais. Não carregue
ferramentas conectadas com o dedo no gatilho;
-
Não repare ou desmonte a ferramenta.
Leve-a a uma oficina autorizada ou a substitua;
-
Conheça a sua ferramenta
elétrica. Aprenda suas aplicações e limitações, assim como os riscos em potencial
associados à sua operação.
52. SEGURANÇA
COM FACAS
As estatísticas mostram
que as facas causam mais ferimentos incapacitantes do que qualquer outra
ferramenta manual. As pessoas em todas as ocupações são feridas por facas: o
funcionário do almoxarifado ao tentar abrir una caixa, todos nós em nossas
residências, o trabalhador ao longo do trecho ao cortar qualquer tipo de
material, etc. Realmente todos nós estamos expostos freqüentemente a ferimentos
com facas pela razão única de que a faca é uma ferramenta muito usada.
Quando estivermos velhos
o bastante para trabalhar, a maioria de nós já terá aprendido os perigos
associados às facas. Porém, somos incapazes de aprender os cuidados de
segurança tão rapidamente O principal risco no uso de facas no trabalho é que a
mão do usuário pode escorregar sobre a lâmina, causando um sério ferimento. Uma
outra causa de ferimento é o contato da faca com a mão livre ou com o corpo.
Quando for preciso usar uma faca, corte sempre afastando a faca do corpo, se possível.
Caso contrário, use uma proteção adequada para o corpo e tome medidas para
manter o material cortado no lugar. Existem luvas especiais para este tipo de
trabalho no caso de frigoríficos.
Se for necessário
carregar a faca de um lado para o outro no trabalho, coloque numa bainha
própria. Os especialistas em segurança recomendam que a bainha seja usada sobre
a cintura do lado direito ou esquerdo, com a ponta virada para trás. A faca
transportada na parte da frente ou sobre a perna pode causar um sério acidente
em caso de queda. A maneira de guardar as facas também é um fator importante
para a segurança. Cubra as bordas expostas e mantenha as facas em locais
apropriados, não as deixe sobre bancos ou no chão.
O primeiro socorro é
muito importante se você se cortar com uma faca. Mesmo o menor corte deve ser
tratado para evitar infecções. Há casos de pessoas que se afastaram do trabalho
por vários dias devido a complicações e infecções causados pelos ferimentos mal
tratados.
Geralmente se diz que
não há nada mais doloroso do que um corte com uma faca cega. Talvez isso seja
um pouco de exagero, mas nos chama a atenção para um ponto muito importante.
Mantenha as facas sempre afiadas e em boas condições de uso. Uma faca cega
exige que você faça mais força para cortar e a lâmina pode escapar e ferir você
ou alguém que esteja por perto. Nunca use uma faca defeituosa. Por exemplo, que
tenha uma lâmina ou cabo quebrado. Naturalmente uma boa maneira de danificar e
até quebrar uma faca é usá-la como uma chave de fenda ou forçá-la a cortar
determinados objetos que deveriam ser cortados com facas maiores ou facões.
“Nossa paciência
é capaz de trazer mais resultados do que o uso da nossa força”. Essa afirmação
é boa para ser
lembrada quando precisamos usar uma faca.
53. FURADEIRAS
ELÉTRICAS PORTÁTEIS
Se não forem usadas
corretamente, as furadeiras podem ser perigosas. Os casos de acidentes são
numerosos, nos quais os usuários de furadeiras acabam fazendo furos em si
mesmos, geralmente nas pernas. Isto normalmente acontece quando alguém vira a
furadeira momentaneamente para
baixo e é atingido
pressionando o gatilho inadvertidamente. Mesmo se a ponta da broca estiver
cega, os estragos são muitos.
As furadeiras elétricas
causam ferimentos de outra forma. Lascas de material que está sendo furado
podem ser projetadas nos olhos do operador. Ou se a furadeira não for segura de
forma correra, a broca pode quebrar jogando um pedaço de metal ao encontro do
operador. Quando elas são tratadas sem cuidado, são deixadas cair ou quando
batem contra alguma coisa, ou são molhadas, o isolamento pode enfraquecer. Se
você usar uma furadeira com o isolamento quebrado, você terá uma furadeira
“viva” nas mãos. Se você se posicionar num local molhado, estiver sentado numa
viga de aço ou numa chapa de piso, ou mesmo estiver muito suado, a furadeira
pode lhe dar um choque fatal.
Mesmo sendo um choque
pequeno, enquanto estiver furando, pode causar problemas. Você pode deixar a
furadeira cair, ou cair para trás segurando-a. Antes de começar um trabalho de
furação, observe cuidadosamente. Descubra todos os riscos presentes e faça um
plano de ação seguro.
-
A FURADEIRA: Ela está
limpa? Se estiver suja ou enferrujada, devolva-a para a manutenção. Puxe o
gatilho para ver se está trabalhando corretamente ou se está muito duro e se a
energia é cortada imediatamente quando o gatilho for solto. Certifique-se de
que a velocidade da furadeira seja correta para o trabalho a ser feito.
-
O CABO: Observe quanto à
quebra que exponha fios e se fica frouxo na tomada. Certifique-se que a
furadeira tenha duplo isolamento. Se não tiver ela deve ser aterrada com um
adaptador de duas posições, com uma orelha rígida fixa ao parafuso central na
saída, além disso, verifique se o terceiro pino não foi removido.
-
CABOS DE EXTENSÃO:
Posicione-os de forma a não representar riscos de tropeços Se alguém ficar com
o pé preso no cabo, os dois podem ficar feridos. Não é nada engraçado sofrer um
solavanco do cabo em suas mãos. Verifique os cabos de extensão quanto a quebras
que exponham fios. Se sua furadeira precisa ser aterrada, certifique-se de usar
um cabo de extensão para aterramento.
-
BROCA: Certifique-se de
que fique reta quando encaixada. Segure a furadeira para cima e gire-a por um
momento. A broca deve girar corretamente. Se ela não ficar reta, a broca está
emperrada ou está bem presa no encaixe. Tire a chave de aperto antes de dar a
partida.
-
O TRABALHO: Para iniciar
um furo em ângulo roto e mantê-lo roto, seja cuidadoso e mantenha seu
equilíbrio. Uma broca afiada fará o trabalho sem a necessidade de muita
pressão. Assim, economize sua força muscular para outras tarefas. Luvas, naturalmente,
nunca são usadas em volta de furadeiras.
-
OS MATERIAIS: Metais
muito macios cortam com pouca pressão, por exemplo o alumínio. O aço necessita
de um pouco mais de pressão e de brocas especiais. Use uma punção de metal para
iniciar a furação. Quando terminar a furação guarde a furadeira num local
seguro. A melhor prática é instalar num gancho de forma que fique guardada fora
do caminho, podendo ser facilmente alcançada. A furadeira elétrica está entre
as ferramentas mais úteis que possuímos, mas vamos saber utilizá-la com
segurança.
54. SEGURANÇA
COM GÁS COMPRIMIDO
Os gases comprimidos são
armazenados em cilindros de paredes metálicas muito grossas, especialmente
construído e testado para este fim Eles apresentam riscos especiais. Todo
cilindro de gás comprimido contém uma grande quantidade de energia. Quando esta
energia é aliviada inadequadamente, ela pode provocar sérios acidentes. Os
gases por si só já são perigosos porque podem causar incêndios, podem ser
tóxicos e podem ser corrosivos. Esta é a razão pela qual devemos tratar com
respeito todos os gases comprimidos. Nesta condição eles possuem propriedades
únicas que não são comuns aos sólidos e líquidos. Estas propriedades são:
1
- Baixo ponto de
ebulição, que permite uma rápida difusão do gás e rápida elevação de pressão
dentro do cilindro Este baixo ponto de ebulição pode causar queimaduras de
frio, quando alguns gases comprimidos entram em contato com tecidos do corpo;
2
-
Baixo ponto de fulgor, sempre abaixo da temperatura ambiente;
3
- Pressão. O risco mais
comum associado á pressão envolve o vazamento dos gases. Além disto, quando há
uma grande elevação de pressão, provocando uma descompressão explosiva na
cabeça do cilindro, o cilindro passa a atuar como um míssil desgovernado, que
pode causar danos graves e ferimentos sérios às pessoas;
4
- Difusividade. A
difusão do gás através de uma junta de vedação vazando pode contaminar a
atmosfera.
Esta
contaminação pode criar uma atmosfera tóxica ou explosiva ou pode causar
asfixia. Estes perigos geralmente não são observados, porque raramente podem
ser vistos ou cheirados. Sempre que um cilindro de gás for recebido, e antes de
ser usado, inspecione-o cuidadosamente para assegurar-se de que esteja em boas
condições e de que seu conteúdo esteja indicado corretamente no rótulo.
Algumas vezes um rótulo
é colocado na superfície do cilindro, ou é fixada à tampa uma etiqueta. A
válvula do cilindro deve ficar sempre tampada. Além disto, inspecione os
cilindros para determinar se existe ranhuras, arqueamentos ou queimaduras por
maçarico, crateras isoladas ou áreas corroídas (particularmente em volta do
pescoço do cilindro ou da válvula), ou conjuntos de válvulas estragadas ou
quebradas.
Se for observado
qualquer defeito, isole o cilindro dos outros que estiverem bons e entre em
contato com o fornecedor sobre os problemas registrados.
Armazene os cilindros em
locais frescos e bem ventilados. Não guarde substâncias inflamáveis e fontes de
ignição na mesma área. Armazene-os na posição vertical, com suas tampas no
lugar e afastados da luz solar direta, onde possam estar sujeitos à ação
climática. Guarde-os afastados de tráfego e passagem de pedestres e
acorrente-os numa estrutura firme para evitar que caiam. Os gases inflamáveis
devem ser armazenados separados por pelo menos 6,5 metros. O ideal é armazenar
os diferentes tipos de gases inflamáveis em diferentes locais.
O manuseio incorreto de
gases comprimidos pode facilmente causar danos extensivos à propriedade, sérios
ferimentos e mesmo a morte de pessoas. Algumas regras de bom senso são
apresentadas:
-
Use sempre um carrinho de mão para
transportar gases comprimidos. Amarre-o.
-
Não transporte cilindros em veículos
fechados.
-
Mantenha os cilindros acorrentados no
lugar (ou presas de outra forma) durante todo o tempo;
-
Mantenha a tampa do
cilindro firme no lugar, até que você esteja pronto para usar o gás comprimido;
-
Aterre os cilindros que contenham gases
inflamáveis;
-
Use os cilindros somente na posição
vertical;
-
Feche todas as válvulas do cilindro
quando não estiver em uso;
-
Use o regulador apropriado para o gás em
particular;
-
Abra as válvulas cuidadosamente;
-
Quando a pressão do
cilindro se aproximar do valor mínimo de trabalho, remova-o e marque-o com
clareza, com dizeres de “está vazio”.
-
Assuma sempre que o cilindro de gás
esteja cheio e manuseie-o como tal.
Alguns dos tipos mais
comuns de gases comprimidos que estão sendo usados em nossa Empresa incluem o
oxigênio, o acetileno, o hidrogênio, o nitrogênio, o argônio e o GLP - gás
liquefeito de petróleo. Alguns comentários sobre cada um:
OXIGÊNIO
Seu risco principal é o
fato de ser altamente reativo com gases inflamáveis e pelo fato de ser
essencial no processo de combustão.
ACETILENO
Quando combinado com o
oxigênio, o acetileno produz a chama de gás mais quente atualmente conhecido.
Ele é altamente inflamável e altamente explosivo.
HIDROGÊNIO
O hidrogênio é um gás
altamente inflamável. Seu limite de inflamabilidade é de 4% a 74% de vapor de
mistura no ar.
NITROGÊNIO
O nitrogênio é um gás
não inflamável, comumente usado em soldagem a arco. Seu risco principal está no
fato de que também desloca o oxigênio em áreas fechadas e provoca uma atmosfera
deficiente de oxigênio.
ARGÔNIO
O argônio é um gás
inerte, não inflamável, comumente usado em soldagem a arco. Seu risco principal
está no fato de que também desloca o oxigênio em áreas fechadas ou confinadas,
causando uma atmosfera deficiente de oxigênio.
GLP
Gás Liquefeito de
Petróleo, conhecido como gás butano. Comumente usado em processo de queima,
porém sua chama não é tão quente, exigindo um consumo maior. Por ser mais
pesado que o ar quando há vazamento ele se aloja em locais mais baixos,
ocorrendo risco de explosões. Seu cheiro característico de mercaptana é um
sinal evidente de vazamentos.
55. O OXIGÊNIO
O oxigênio é um elemento
de temperatura e pressão atmosférica normais, não tem cor, cheiro ou sabor.
Aproximadamente 1/5 da
atmosfera é constituído por oxigênio (20,99%). A característica predominante de
oxigênio é a sua capacidade de sustentar a vida e manter a combustão. Muito
embora o oxigênio seja não inflamável, muitos materiais que não pegariam fogo
em ambiente normal poderão queimar numa atmosfera enriquecida com oxigênio.
Muitos combustíveis como o óleo, queimam com uma violência quase explosiva na
presença do oxigênio. Por causa dessas características, cuidados e precauções
devem ser tomados na hora de entrar em áreas ou em locais onde uma atmosfera
enriquecida pode existir.
Em estado gasoso o
oxigênio tem 1,1 vezes o peso do ar. O mais importante método de fabricação de
oxigênio é por destilação fracionada após a liquefação do ar. O ar liquefeito é
basicamente 1/5 de oxigênio e 4/5 de nitrogênio Como o nitrogênio tem um ponto
de ebulição mais baixo, o oxigênio sobra em forma líquida após a ebulição e a
evaporação do nitrogênio.
As principais aplicações
do oxigênio têm suas origens nas propriedades de sustentação à vida e de
manutenção da combustão deste gás. O oxigênio é usado em terapia respiratória,
para ressuscitação após asfixia e para anestesia em conjunto com outros gases
em áreas de medicina. O oxigênio também é usado para sustentar a vida na
aviação a grandes altitudes e para auxiliar nos mergulhos a grandes
profundidades.
O uso industrial de
oxigênio inclui sua utilização em conjunto com acetileno ou com outros gases em
processos em cortes de metais, solda, têmpera, chanfragem.
1
-
Diretrizes para o armazenamento, com segurança:
-
Não coloque os cilindros
perto de materiais inflamáveis, principalmente óleo, graxa ou material de fácil
combustão.
-
Os cilindros não devem
ser armazenados a temperaturas acima de 51,6 graus centígrados.
-
Os cilindros devem ser
protegidos contra choques mecânicos. Devem ser amarrados na posição vertical.
-
Os cilindros pequenos
podem ser usados na posição horizontal, porém a válvula e o regulador de
pressão deverão estar protegidos.
2
-
Diretrizes para o manuseio com segurança:
-
Não manuseie com as mãos sujas de óleos,
graxas ou outro material inflamável.
-
Nunca mexa ou tente
consertar as válvulas. Ela nunca deve ser polida com produtos de limpeza.
-
Nunca use os cilindros como rolete ou
suportes.
-
A movimentação, por meio
de guindastes, é necessária. Deve-se providenciar uma plataforma, devidamente
amarrada
-
Os cilindros não devem
ser transportados horizontalmente por empilhadeiras com válvulas salientes. A
mesma pode ser danificada por objetos estacionários. Os cilindros nunca devem
ser arrastados.
Embora o oxigênio seja
utilizado de uma forma útil em vários setores de nossas vidas, sempre é bom
lembrar dos aspectos relacionados com a segurança dos mesmos.
56. O ACETILENO
O acetileno é um
composto de carbono e hidrogênio. E um gás incolor e ligeiramente mais leve que
o ar a mesma temperatura e pressão atmosférica. O acetileno, com 100 % de
pureza, é inodoro, porém o gás normalmente utilizado nas indústrias, possui um
cheiro característico de alho. O acetileno queima no ar com uma temperatura
muito quente, isto é, atinge temperaturas altas. As temperaturas para ignição
de acetileno com o oxigênio variam conforme os fatores de composição, pressão,
o conteúdo de vapor de água e a temperatura inicial. Como exemplo: a mistura
que contém 30% de volume de acetileno com ar, à pressão atmosférica, pode
sofrer ignição a aproximadamente 250 graus celsius.
Os cilindros para
acetileno vêm equipados com um dispositivo de descarga de pressão para o escape
do acetileno em caso de temperaturas altas. Regras de segurança para o
armazenamento dos cilindros:
-
Os cilindros devem ser
sempre armazenados num lugar definitivo, em locais secos e bem ventilados;
-
Nunca devem permitir que os cilindros
atinjam temperatura acima de 60 graus celsius;
-
As válvulas devem estar fechadas quando
os cilindros não estiverem em uso;
-
Os cilindros não devem
ser colocados diretamente em contato com o chão, para evitar ferrugens. A
incidência direta dos raios solares deve ser evitada;
Regras de
segurança para o manuseio:
-
Nunca tente consertar ou alterar
cilindros ou válvulas;
-
As conexões e mangueiras
devem estar sempre bem vedadas e as mangueiras em boas condições. Os locais sob
suspeita de vazamento devem ser testados com água e sabão. Nunca utilize um
chama para este teste.
-
Caso uma válvula com
gaveta vaze em torno de seu eixo com a válvula aberta, feche-a e aperte a porca
da gaveta. Se isto não for suficiente para conter o vazamento, coloque uma
etiqueta no cilindro indicando a irregularidade e notifique o fornecedor.
Mantenha-o em local arejado e sinalize para evitar que pessoas se aproximem com
cigarros ou outra fonte de ignição;
-
Antes de movimentar os
cilindro, deve-se fechar as válvulas. Os reguladores de pressão devem ser
sempre removidos e as cápsulas de proteção de válvula colocadas no lugar, a não
ser que os cilindros sejam movimentados e bem amarrados na posição vertical;
-
Nunca use os cilindros
de acetileno como roletes, suportes ou para qualquer outra finalidade, senão
aquela que é destinada;
-
A movimentação
horizontal pode ser usada. Neste caso fixe-o bem ao carrinho com correntes, de
forma que suas válvulas estejam protegidas, de modo a evitar choques com
objetos estacionários;
Experimentos provaram
que o acetileno pode ser aspirado em concentrações relativamente elevadas sem
efeitos crônicos ou nocivos. O que não pode ocorrer é esta concentração suprir
a existência de oxigênio que deve estar presente no ar em concentração mínima
de 18% em volume. Neste caso ocorrerá a asfixia.
57. SOLVENTES
ORGÂNICOS
Solventes orgânicos são
misturas de substâncias químicas capazes de dissolver outros materiais. São
compostos lipossolúveis. São voláteis e inflamáveis. A ação dos solventes
orgânicos no corpo humano é semelhante ao efeito dos anestésicos, ou seja,
inibe a atividade do cérebro e da medula espinhal, diminuindo a capacidade
funcional do sistema nervoso central, tomando-a menos sensível aos estímulos.
Os solventes são substâncias lipofílicas, ou seja, eles apresentam grande
afinidade pela gordura, acumulando em órgãos e tecidos do corpo que possuem
tecido adiposo (gorduras). Uma vez depositados, os solventes alteram a
excitabilidade normal das células, suprindo a condução normal dos impulsos
nervosos.
Os solventes como a
gasolina, thiner e querosene, são considerados muitos voláteis e de fácil
penetração no organismo através dos pulmões, podendo provocar após exposição
longa, dores musculares, cãibras, alterações na sensibilidade superficial - dor
e tato.
Os solventes como o
benzeno, em contato com a pele, podem provocar lesões e queimaduras. Quando
inalados após longa exposição, podem provocar edema pulmonar. Ao atingirem a
circulação provocam depressão no sistema nervoso central, diminuição do número
de espermatozóides ou sua deformação.
O benzeno não deve ser
confundido com benzina. Difere dos demais solventes por sua ação mielotóxica,
ou seja, possui ação na medula óssea, diminuindo o número de glóbulos brancos,
vermelhos e as plaquetas. O primeiro sinal de toxidade do benzeno pode ser
observado na coagulação sangüínea. Se diagnosticada nesta fase a doença é
reversível. Se a exposição ficar contínua poderá instalar-se uma hipoplasia
medular, surgindo a anemia e a diminuição do número de plaquetas. Recomendações
importantes sobre o produto:
- Todos os solventes devem possuir:
1
-
Identificação do produto químico;
2
-
Seus riscos no manuseio do produto;
3
-
Medidas de primeiros socorros e incêndios,
4
-
Métodos de manuseio, transportes e armazenamento;
5
-
Informações toxicológicas e ecológicas;
6
-
Limites de exposição dos trabalhadores, vigilância médica a todos
envolvidos;
7
-
Utilização do equipamento de proteção individual por todos os
trabalhadores expostos;
-
Proteção em ambientes de trabalho:
1
- O local deve ser bem
ventilado, protegidos do calor e de qualquer fonte de ignição, sendo
expressamente proibido FUMAR;
2
- Usar os equipamentos de proteção como
máscara para vapores orgânicos, luvas de PVC;
A preocupação que todos
nós devemos ter quando manusear os solventes orgânicos é reconhecer os riscos
que estes compostos apresentam à nossa saúde e que podem provocar com seu uso
indiscriminado e freqüente, doenças que se manifestariam após longos períodos
de trabalho.
58. A INFLUÊNCIA
DO CALOR NO TRABALHO
O calor excessivo pode
ser considerado como um inimigo no nosso trabalho. Ele influi diretamente no
nosso desempenho, fazendo com que o cansaço apareça precocemente, deixando-nos
muito das vezes até irritado.
Nosso organismo tem mecanismos
de defesa contra o calor que são mecanismos termorreguladores. Eles fazem com
que a pessoa comece a suar. A pele mantendo-se molhada pelo suor faz com que as
pessoas sentem a sensação de frescor. O ambiente térmico pode ser descrito por
meio de quatro parâmetros: temperatura, umidade, movimentação do ar e o calor
radiante, podendo ser natural (sol) ou artificial (forno). A medição destes
fatores ambientais serve para avaliar se um indivíduo está próximo ou não de
sua capacidade de existência. Estas avaliações são realizadas pelos Técnicos e
o resultado é comparado com dados previstos na legislação. A condição
homeotérmica (mesma temperatura) do corpo humano possibilita através de
mecanismos fisiológicos a manutenção da temperatura interna ideal mesmo diante
de agressões ambientais que variam de 50 graus negativos a 100 graus celsius
quando devidamente protegidos. Sem proteção essa variação é de l0 graus a 60
graus celsius. A principal forma de proteção ao calor, como já dito è através
do suor. Outro mecanismo é a evaporação do próprio suor, pelas vias
respiratórias e pelas vias urinárias. Portanto a perda de água e sais minerais
é intensa em ambientes quentes, sendo necessário a reposição sempre. O
desequilíbrio crônico entre as perdas e a reposição ocasiona os seguintes
sintomas: desidratação, cãibras, fadiga prematura, esgotamento, lesões da pele,
baixa produtividade, internação (temperatura do corpo superior a 40 graus C.).
matreira mais eficaz na
minimização dos efeitos do calor sobre nosso organismo é adorar alguns cuidados
na exposição contínua, devendo observar as seguintes recomendações:
-
Após algum tempo de
trabalho em ambientes com incidência solar ou em ambientes confinados sem
ventilação em épocas de muito calor, procurar descansar alguns minutos em
locais mais ventilados e frescos.
-
Evite bebidas alcoólicas
nas noites que antecedem uma jornada de trabalho em locais quentes. O álcool
ingerido faz com que aumente ainda mais a necessidade de ingestão de água já
deficiente nestes casos.
-
Procure beber água o suficiente apenas
para suprir suas necessidades fisiológicas.
-
Procure ingerir algumas
pitadas de sal de cozinha, contudo sem excesso, pois o sal provoca mais sede.
-
Procure ir para o
trabalho com as roupas limpas. As roupas sujas são menos ventiladas em função
do suor, sujeira e outros produtos presentes.
-
Não fique sem camisa sob
um sol intenso. As radiações ultravioletas provenientes do sol provocam lesões
na pele no período de 9 horas da manhã as 16 horas da tarde, podendo estas
lesões provocarem o câncer de pele.
59. O RUÍDO.
VAMOS NOS PROTEGER!?
Vamos entender um pouco
sobre o ruído e procurar eliminar este mal de nossos ambientes de trabalho.
Primeiramente vamos
falar de sons. Quando ouvirmos um cantar de um pássaro, quando ouvirmos uma
música suave e agradável aos nossos ouvidos, ou quando ouvimos um som de uma
cachoeira, sentimos um certo prazer. Esta sensação é gostosa, nos faz bem.
Porém, se uma buzina de um carro dispara próximo da gente ou ouvimos
determinadas músicas de rock estridentes, ou mesmo, aquela gota de água que cai
sem parar em cima de um latão, nos despertando durante uma noite, dizemos que
aquele “barulho” é ruim, é desagradável, nos incomoda Os sons se propagam no ar
através de ondas que ao atingirem a membrana do tímpano fazendo-o vibrar e
transmitir a outras partes do ouvido fazendo com que todo um mecanismo funcione
para que possamos ouvir. Quando essas ondas são muito fortes podem provocar o
rompimento dessa membrana provocando lesões nos ouvidos. Um exemplo disso é o
barulho provocado por uma detonação próxima da otite. Dependendo da intensidade
da explosão, até objetos maiores poderão se romper devido ao deslocamento das ondas,
cuja intensidade
provocaria este
rompimento. Em nosso ambiente de trabalho não ocorrem barulhos de uma
detonação, porém outros barulhos de menor intensidade ocorrem e de forma mais
constante. Dependendo dessa intensidade e do tempo dessa exposição, não há
rompimento do tímpano, mas ocorrerão outras lesões que com o passar dos anos se
tornará irreversível. É o caso da surdez. Os efeitos do barulho são mais
facilmente demonstráveis na interferência com a comunicação. Quando estes sons
têm níveis semelhantes ao da voz humana e são emitidos na mesma faixa de
freqüência, causam um mascaramento, que pode atrapalhar naquelas tarefas que
dependem de comunicação oral, podendo uma voz de comando ou um aviso ficar
prejudicado, aumentado o risco de acidentes. Quanto aos efeitos sobre a saúde,
podemos citar três tipos:
-
A surdez temporária.
Corno exemplo, se nós estivermos num local barulhento por alguns minutos,
notamos alguma dificuldade de ouvir, sendo normal o retorno desta audição, após
alguns instantes.
-
Surdez permanente.
Acontece quando há exposição repetida durante longos períodos. No seu inicio a
pessoa não percebe essa alteração da percepção auditiva. Com o passar dos anos
as perdas progridem. Ver televisão, ou ouvir o rádio, em alto volume, são
sinais evidentes dessa perda auditiva.
-
Trauma acústico. É a
perda auditiva causada por um barulho muito forte e repentino. Exemplo: uma
Explosão.
O que deve nos preocupar
em nosso ambiente de trabalho, é evitar estar exposto aos ruídos intensos e
prolongados. Para se avaliar o nível destes ruídos, existem aparelhos que foram
projetados para suportar os mesmos ruídos de uma pessoa qualquer, que são
levantados por pessoas qualificadas na sua operação.
Dependendo da
intensidade é obrigação dos Técnicos responsáveis adotar mecanismos de proteção
de forma a reduzir os níveis de ruído que prejudiquem os trabalhadores, ou
indicar o EPI para o caso.
Algumas recomendações se
fazem importantes lembrar àquelas pessoas que trabalham em ambientes e/ou
equipamentos ruidosos:
-
O ruído pode provocar
insônia, impotência sexual, náuseas, perda do apetite, nervosismo, ansiedade, o
alimento do número de acidentes, absenteísmo, etc.
Para
evitarmos que sejamos acometidos por males provocados pelo ruído, devemos estar
sempre fazendo o uso do EPI indicado que é o abafador de ruído.
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