segunda-feira, 15 de agosto de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Segurança e saúde do trabalhador - temas abordados
Ariett Gouveia, Agência Indusnet Fiesp
Segurança e saúde do trabalhador foi um dos temas do Fórum Sou Capaz,
realizado na manhã desta segunda-feira (31/03), na sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sendo organizado pela federação e
pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Grácia Fragalá,
executiva da área de Segurança e Saúde do Trabalho do Grupo Telefônica, e
Eduardo Arantes, gerente de qualidade de vida do Serviço Social da Indústria de
São Paulo (Sesi-SP) participaram do painel sobre o tema.
Grácia falou sobre os problemas das áreas de segurança e saúde da
empresas e também sobre as contribuições que podem dar na questão da inclusão e
reabilitação. Entre as principais dificuldades dessas áreas, segundo a
executiva, estão a centralização no cumprimento da legislação, a falta de
integração com as outras áreas, o foco excessivo no controle e não na gestão, a
realização de ações pontuais e fragmentadas, a falta de avaliação sistemática e
de divulgação do resultado do trabalho e a atuação desintegrada do contexto do
negócio.
“Há várias formas de romper com isso”, afirmou Grácia, que apresentou o
modelo da Organização Mundial de Saúde para ambiente de trabalho saudável, que
é o que tem utilizado na Telefônica. “Gosto desse modelo porque trata quatro
pilares interessantes e essenciais para o dia a dia: ambiente físico, ambiente
psicossocial, recursos para saúde, envolvimento da empresa para a comunidade.
Ou seja, todos os elementos para que a gente consiga evoluir.”
Grácia: ambiente físico, ambiente psicossocial, recursos para saúde,
envolvimento da empresa para a comunidade. Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Para a executiva, os departamentos de segurança e saúde do trabalho
precisam focar no ser humano para contribuir com a empresa e com a sociedade.
“Manter ambientes de trabalho seguros e saudáveis não é mais uma opção, é um
valor”, disse. “E isso precisa estar integrado aos processos de gestão para que
a empresa seja mais competitiva e saudável e, assim, construir uma sociedade
mais justa e solidária, expressão de um Brasil moderno e igualitário.”
Questão de escolha
Já o gerente de qualidade de vida do Sesi-SP falou sobre a sua mudança
de foco ao assumir o cargo. “Para estar aqui hoje, tive que fazer escolhas. Sou
médico de formação e tive que trocar o estetoscópio pela gravata, o bisturi
pela caneta, a farmácia pela feira”, explicou. “Mas a troca mais difícil foi
trocar a doença pela saúde. O médico que trata a doença se sente mais poderoso
do que aquele que promove a saúde. E promoção da saúde é o que o Sesi-SP faz.”
Depois de apresentar um caso clínico hipotético e tentar encaminhá-lo
com a ajuda da plateia, Arantes falou sobre o trabalho do Sesi-SP na
reabilitação profissional. “É difícil falar em reabilitação porque ela quer
dizer que falhamos em alguma coisa, como instituição como empresa ou como
pessoa”, afirmou.
“Se nós não fizermos atividade física, não nos alimentarmos bem, não
pararmos de fumar, nem reduzir o estresse, isso vai causar prejuízos”, disse.
“Da mesma forma, se não tivermos uma condição de trabalho boa, pode ser que
isso resulte em alguma alteração na saúde. E se nada for feito para corrigir
isso, causa a necessidade de reabilitação e o afastamento do trabalho.”
Arantes: "Se não tivermos uma condição de trabalho boa, pode ser
que isso resulte em alguma alteração na saúde". Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Arantes apresentou o trabalho realizado nos centros de reabilitação do
Sesi-SP (Vila Leopoldina, Ipiranga e Santo André) e explicou o fluxo de
atendimento. “O trabalho não é feito apenas com o reabilitado. O objetivo
principal dos nossos centros é desenvolver uma cultura de promoção de
segurança, saúde e qualidade de vida.”
Sobre o Sou Capaz
O Sou Capaz tem como finalidade oferecer a equivalência de
oportunidade a todos os cidadãos por meio da capacitação técnica de pessoas com
deficiência e aprendizes.
Por meio de fóruns e cursos em modelo itinerante, que percorrem
diferentes regiões do estado de São Paulo, bem como da ação contínua do Depar,
o programa aborda assuntos legais, jurídicos e institucionais com a finalidade
de obter resultados positivos nos níveis de empregabilidade, possibilitando
também que instituições de formação profissional otimizem sua oferta de pessoas
com deficiência e aprendizes para a indústria.
Acompanhe a programação completa da iniciativa, que prevê ações em
Jundiaí, Sorocaba e Marília, entre outras cidades, no site do
programa: http://hotsite.fiesp.com.br/soucapaz/#home.
Programas 5S e 8S, diferenças e aplicações
Um dos métodos
japoneses de gestão mais conhecidos é o programa 5S. Ele se refere a sensos que devem ser
incorporados por todas as organizações que prezem por um bom desempenho. Cada
“S” corresponde a uma palavra em japonês. Conheça cada um e suas traduções:
Seiri: Senso de
utilização.
É a prática de verificar todas as ferramentas e
materiais necessários para o trabalho e manter somente o que for utilizar na
área de trabalho. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo conduz a
uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho.
Seiton: Senso de ordenação,
ou seja, ter um espaço organizado.
A organização, neste sentido, refere-se à
disposição das ferramentas e equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do
trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser deixados nos lugares onde
serão posteriormente usados. (Há estudos que indicam que a desorganização gera
estresse, que, quando acumulado a outros fatores, pode desencadear doenças como
as cardíacas e as psicológicas.)
Seiso: Senso de limpeza.
Designa a necessidade de manter o mais limpo
possível o espaço de trabalho. No Japão, ao fim de cada dia de trabalho, o
ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares. O foco deste
procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário e não
uma mera atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.
Seiketsu: Senso de
Normalização.
Criar normas e
sistemáticas em que todos devem cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado.
Esse senso é muito parecido com o que prega a ISO 9001.
Shitsuke: Senso de
autodisciplina.
Refere-se à manutenção e revisão dos padrões. Uma
vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa nova
maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Por outro
lado, novas formas de se trabalhar são bem-vindas. É a melhoria contínua.
O programa 8S
Com o passar dos anos, os gestores perceberam que
somente esses cinco não eram suficientes. E como estão abertos a melhorias,
criaram mais três “S”:
Shikayaro: Senso de
determinação e união.
Refere-se ao trabalho em equipe, item essencial no
sucesso das organizações. Se não houver foco, ajuda mútua e um objetivo claro,
não haverá sucesso também.
Shido: Senso de
capacitação, educação e treinamento.
Neste item entram
conceitos como os apresentados no último post (Competência: matéria-prima essencial para a gestão).
Sem conhecimento, nenhum colaborador consegue desempenhar um bom papel, o que
pode arruinar projetos.
Sitsuyaki: Senso de
economia e combate aos desperdícios.
Nenhuma organização pode se dar ao luxo de
desperdiçar insumos, por mais insignificantes que pareçam. Se forem somados
todos os pequenos descartes desnecessários ao longo de um ano, com certeza se
chegaria a uma soma equivalente a um salário de um funcionário, ou um
equipamento. Economizar é tarefa essencial.
Com a criação destes últimos sensos, chegou-se à
conclusão de que a ordem deveria ser invertida, ou seja, os sensos de economia,
capacitação e união são mais importantes e devem ser sucedidos pelos outros
cinco, formando uma situação ideal, a de 8s.
Fonte: http://certificacaoiso.com.br/programas-5s-e-8s-diferencas-e-aplicacoes/
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