quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Segurança e saúde do trabalhador - temas abordados

Ariett Gouveia, Agência Indusnet Fiesp
Segurança e saúde do trabalhador foi um dos temas do Fórum Sou Capaz, realizado na manhã desta segunda-feira (31/03), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sendo organizado pela federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Grácia Fragalá, executiva da área de Segurança e Saúde do Trabalho do Grupo Telefônica, e Eduardo Arantes, gerente de qualidade de vida do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) participaram do painel sobre o tema.
Grácia falou sobre os problemas das áreas de segurança e saúde da empresas e também sobre as contribuições que podem dar na questão da inclusão e reabilitação.  Entre as principais dificuldades dessas áreas, segundo a executiva, estão a centralização no cumprimento da legislação, a falta de integração com as outras áreas, o foco excessivo no controle e não na gestão, a realização de ações pontuais e fragmentadas, a falta de avaliação sistemática e de divulgação do resultado do trabalho e a atuação desintegrada do contexto do negócio.
“Há várias formas de romper com isso”, afirmou Grácia, que apresentou o modelo da Organização Mundial de Saúde para ambiente de trabalho saudável, que é o que tem utilizado na Telefônica. “Gosto desse modelo porque trata quatro pilares interessantes e essenciais para o dia a dia: ambiente físico, ambiente psicossocial, recursos para saúde, envolvimento da empresa para a comunidade. Ou seja, todos os elementos para que a gente consiga evoluir.”
Grácia: ambiente físico, ambiente psicossocial, recursos para saúde, envolvimento da empresa para a comunidade. Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Grácia: ambiente físico, ambiente psicossocial, recursos para saúde, envolvimento da empresa para a comunidade. Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Para a executiva, os departamentos de segurança e saúde do trabalho precisam focar no ser humano para contribuir com a empresa e com a sociedade. “Manter ambientes de trabalho seguros e saudáveis não é mais uma opção, é um valor”, disse. “E isso precisa estar integrado aos processos de gestão para que a empresa seja mais competitiva e saudável e, assim, construir uma sociedade mais justa e solidária, expressão de um Brasil moderno e igualitário.”
Questão de escolha
Já o gerente de qualidade de vida do Sesi-SP falou sobre a sua mudança de foco ao assumir o cargo. “Para estar aqui hoje, tive que fazer escolhas. Sou médico de formação e tive que trocar o estetoscópio pela gravata, o bisturi pela caneta, a farmácia pela feira”, explicou. “Mas a troca mais difícil foi trocar a doença pela saúde. O médico que trata a doença se sente mais poderoso do que aquele que promove a saúde. E promoção da saúde é o que o Sesi-SP faz.”
Depois de apresentar um caso clínico hipotético e tentar encaminhá-lo com a ajuda da plateia, Arantes falou sobre o trabalho do Sesi-SP na reabilitação profissional. “É difícil falar em reabilitação porque ela quer dizer que falhamos em alguma coisa, como instituição como empresa ou como pessoa”, afirmou.
“Se nós não fizermos atividade física, não nos alimentarmos bem, não pararmos de fumar, nem reduzir o estresse, isso vai causar prejuízos”, disse. “Da mesma forma, se não tivermos uma condição de trabalho boa, pode ser que isso resulte em alguma alteração na saúde. E se nada for feito para corrigir isso, causa a necessidade de reabilitação e o afastamento do trabalho.”
Arantes: "Se não tivermos uma condição de trabalho boa, pode ser que isso resulte em alguma alteração na saúde". Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Arantes: "Se não tivermos uma condição de trabalho boa, pode ser que isso resulte em alguma alteração na saúde". Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
Arantes apresentou o trabalho realizado nos centros de reabilitação do Sesi-SP (Vila Leopoldina, Ipiranga e Santo André) e explicou o fluxo de atendimento. “O trabalho não é feito apenas com o reabilitado. O objetivo principal dos nossos centros é desenvolver uma cultura de promoção de segurança, saúde e qualidade de vida.”
Sobre o Sou Capaz 
O  Sou Capaz tem como finalidade oferecer a equivalência de oportunidade a todos os cidadãos por meio da capacitação técnica de pessoas com deficiência e aprendizes.
Por meio de fóruns e cursos em modelo itinerante, que percorrem diferentes regiões do estado de São Paulo, bem como da ação contínua do Depar, o programa aborda assuntos legais, jurídicos e institucionais com a finalidade de obter resultados positivos nos níveis de empregabilidade, possibilitando também que instituições de formação profissional otimizem sua oferta de pessoas com deficiência e aprendizes para a indústria.
Acompanhe a programação completa da iniciativa, que prevê ações em Jundiaí, Sorocaba e Marília, entre outras cidades, no site do programa: http://hotsite.fiesp.com.br/soucapaz/#home.





Fonte: http://www.fiesp.com.br/noticias/manter-o-ambiente-de-trabalho-seguro-e-saudavel-nao-e-mais-uma-opcao-e-um-valor-diz-executiva-da-telefonica/

Programas 5S e 8S, diferenças e aplicações



Um dos métodos japoneses de gestão mais conhecidos é o programa 5S. Ele se refere a sensos que devem ser incorporados por todas as organizações que prezem por um bom desempenho. Cada “S” corresponde a uma palavra em japonês. Conheça cada um e suas traduções:
Seiri: Senso de utilização.
É a prática de verificar todas as ferramentas e materiais necessários para o trabalho e manter somente o que for utilizar na área de trabalho. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo conduz a uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho.
Seiton: Senso de ordenação, ou seja, ter um espaço organizado.
A organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser deixados nos lugares onde serão posteriormente usados. (Há estudos que indicam que a desorganização gera estresse, que, quando acumulado a outros fatores, pode desencadear doenças como as cardíacas e as psicológicas.)
Seiso: Senso de limpeza.
Designa a necessidade de manter o mais limpo possível o espaço de trabalho. No Japão, ao fim de cada dia de trabalho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares.  O foco deste procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário e não uma mera atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.
Seiketsu: Senso de Normalização.
Criar normas e sistemáticas em que todos devem cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado. Esse senso é muito parecido com o que prega a ISO 9001.
Shitsuke: Senso de autodisciplina.
Refere-se à manutenção e revisão dos padrões. Uma vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa nova maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Por outro lado, novas formas de se trabalhar são bem-vindas. É a melhoria contínua.
O programa 8S
Com o passar dos anos, os gestores perceberam que somente esses cinco não eram suficientes. E como estão abertos a melhorias, criaram mais três “S”:

Shikayaro: Senso de determinação e união.
Refere-se ao trabalho em equipe, item essencial no sucesso das organizações. Se não houver foco, ajuda mútua e um objetivo claro, não haverá sucesso também.
Shido: Senso de capacitação, educação e treinamento.
Neste item entram conceitos como os apresentados no último post (Competência: matéria-prima essencial para a gestão). Sem conhecimento, nenhum colaborador consegue desempenhar um bom papel, o que pode arruinar projetos.
Sitsuyaki: Senso de economia e combate aos desperdícios.
Nenhuma organização pode se dar ao luxo de desperdiçar insumos, por mais insignificantes que pareçam. Se forem somados todos os pequenos descartes desnecessários ao longo de um ano, com certeza se chegaria a uma soma equivalente a um salário de um funcionário, ou um equipamento. Economizar é tarefa essencial.
Com a criação destes últimos sensos, chegou-se à conclusão de que a ordem deveria ser invertida, ou seja, os sensos de economia, capacitação e união são mais importantes e devem ser sucedidos pelos outros cinco, formando uma situação ideal, a de 8s.






Fonte: http://certificacaoiso.com.br/programas-5s-e-8s-diferencas-e-aplicacoes/