sexta-feira, 31 de julho de 2015

A importância da comunicação na Segurança do Trabalho


Segurança começa de cima...

Quando uma empresa pode crescer com segurança? Quando seus líderes sabem conscientizar sua equipe de que segurança e qualidade de vida são hoje diferenciais competitivos, tanto para o profissional, como para a empresa onde atua.

Hoje grande parte dos problemas de qualidade, segurança, saúde e meio ambiente nas empresas não estão na falta de normas, procedimentos ou regras claras, nem na falta de equipamentos de proteção individual ou de dispositivos que permitam um ambiente de trabalho mais seguro, mas na falta de comunicação e conscientização.

Quando a comunicação e o exemplo falham...

Quando o exemplo e a comunicação de segurança não vêm de cima, as pessoas acabam acatando as informações padronizadas de políticas e procedimentos de forma mecânica, sem muitas vezes entenderem o real valor daquilo. Quando o trabalhador não consegue perceber claramente o quanto ganha com a prática da segurança, acaba adotando os procedimentos tão somente como normas obrigatórias e deixando-os de lado sempre que percebe que não há uma vigilância ou cobrança.

A comunicação em segurança - como acontece com outros aspectos da comunicação - é um ato de ajuda, a provisão de um benefício que levará meu colaborador a compreender melhor seu papel na equipe e na empresa, tornando-se motivado e se transformando também em instrumento de motivação daqueles que o cercam.

A importância da liderança na comunicação

Os  líderes a comunicarem melhor o valor da segurança para o trabalhador, e em como uma atitude segura pode trazer um incremento real à sua saúde, qualidade de vida e até mesmo no desenvolvimento de sua carreira.
Diretores, gerentes, coordenadores e supervisores aprenderão a comunicar aos seus liderados as vantagens de se adotar uma postura condizente com os investimentos que a empresa faz em segurança, qualidade de vida e crescimento profissional, ações essas que levam ao sucesso corporativo e de atuação da empresa na sociedade como entidade ética e responsável.

- O perigo do excesso de autoconfiança
- Trabalhando para o cliente, o verdadeiro patrão
- De empregado a investidor: mudança que agrega valor
- Capital social e influência na qualidade de vida de outros
- Responsabilidade e comprometimento no trabalho
- Flexibilidade e pro atividade para conquistar resultados
- Ética e consciência profissional para com a própria segurança
- Segurança como atitude e prática de vida
- Orgulho humano e autossuficiência na causa de acidentes
- Entendendo o estresse e suas reações físicas e psicológicas
- A segurança e qualidade de vida como lição de casa
- Qualificação profissional e atitude
- A busca da satisfação imediata como causa de acidentes
- Entendendo seu lugar e sua importância na empresa
- Investindo em atitudes seguras para crescer profissionalmente
- A responsabilidade para com os colegas, a família e a sociedade
- Consciência e senso de observação na detecção de riscos
- Encarando o trabalho como fonte de prazer e crescimento



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Frases de Segurança do Trabalho

Frases de Segurança do Trabalho

Confira abaixo 20 frases de segurança do trabalho criadas por profissionais prevencionistas. Estas frases expressam bem o sentimento que deve ser transmitido aos trabalhadores no dia a dia das atividades profissionais.
1 – O futuro só chegará se, no presente, a segurança você adotar.
2 – Respeite a vida, trabalhe com segurança!
3 – Segurança no Trabalho: cultive esta ideia!
4 – Viva com segurança. Trabalhe com confiança.
5 – Seja prudente. Sua família não quer você ausente.
6 – Uma empresa com acidente zero. Só depende de você!
7 – O momento de ter segurança é agora!
8 – Segurança no trabalho é atitude e responsabilidade.
9 – Prevenir acidentes é pensar no futuro.
10 – Um ambiente de trabalho seguro garante um trabalhador saudável.
11 – A proatividade também depende da segurança no trabalho.
12 – Funcionários inteligentes previnem acidentes.
13 – No trabalho de segurança, o ele mais importante é, sem dúvida, o trabalhador.
14 – Não espero o acidente acontecer, faça a prevenção agora.
15 – Não lamente o acidente que já aconteceu, comemore o acidente que você foi capaz de evitar.
16 – Segurança em primeiro lugar!
17 – Para a proteção, EPI é a solução!
18 – Pare, pense e pratique a segurança no trabalho.
19 – Prevenção de acidentes é vida!
20 – Reportar incidentes é prevenir acidentes!

Vagas para Técnico em Segurança do Trabalho concurso


Com o objetivo de ajudar os colegas da área da segurança do trabalho na procura do primeiro  emprego em órgãos públicos, segue link de site onde disponibiliza as vagas para Técnico em Segurança do Trabalho.

Link: http://www.concursosnobrasil.com.br/concursos/cargos/tecnico-em-seguranca-do-trabalho.html


Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho



Foi disciplinada a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), a qual tem por objetivos a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho.
São princípios da PNSST: a) a universalidade; b) a prevenção; c) a precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e reparação; d) o diálogo social; e e) a integralidade;
Para o alcance de seu objetivo, a PNSST deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de Governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde, com a participação voluntária das organizações representativas de trabalhadores e empregadores.

Abaixo segue o link:

quarta-feira, 29 de julho de 2015

As atividades do Técnico de Segurança do Trabalho


MINISTÉRIO DO TRABALHO
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA N.º 3.275, DE 21 DE SETEMBRO DE 1989
(D.O.U. de 22/09/89 – Seção 1 – pág. 16.966 e 16.967)

A MINISTRA DE ESTADO DO TRABALHO, no uso de suas atribuições, considerando o
disposto no art. 6º do Decreto n.º 92.530, de 9 de abril de 1986, que competência ao Ministério do
Trabalho para definir as atividades do Técnico de Segurança do Trabalho, RESOLVE:

Art. 1º - As atividades do Técnico de Segurança do Trabalho são as seguintes:

I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos exigentes nos
ambientes de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação e neutralização;
II - informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas de
eliminação e neutralização;
III - analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de
acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos
ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle;
IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultantes
alcançados, adequando-os estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista em uma
planificação, beneficiando o trabalhador;
V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do
trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos trabalhadores, acompanhando e avaliando
seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos estabelecendo procedimentos a
serem seguidos;
VI - promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos
e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de
segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho;
VII - executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação,
reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas de segurança e higiene do
trabalho, inclusive por terceiros;
VIII - encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, documentação,
dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de apoio técnico, educacional e outros de
divulgação para conhecimento e auto-desenvolvimento do trabalhador;
IX - indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos
audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação
vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho;
X - cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e
destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o trabalhador da sua importância para
a vida;
XI - orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos
procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou constantes em contratos de
prestação de serviço;
XII - executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando métodos e
técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais que objetivem a eliminação, controle
ou redução permanente dos riscos de acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para
preservar a integridade física e mental dos trabalhadores;
XIII - levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho, calcular a freqüência e a gravidade destes para ajustes das ações
prevencionistas, normas regulamentos e outros dispositivos de ordem técnica, que permitam a proteção
coletiva e individual;
XIV - articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos,
fornecendo-lhes resultados de levantamento técnicos de riscos das áreas e atividades para subsidiar a
adoção de medidas de prevenção a nível de pessoal;
XV - informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubre, perigosas e
penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as medidas e alternativas de eliminação
ou neutralização dos mesmos;
XVI - avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie o
planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador;
XVII - articula-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de acidentes
do trabalho, doenças profissionais e do trabalho;
XVIII - particular de seminários, treinamento, congressos e cursos visando o intercâmbio e
o aperfeiçoamento profissional.
Art. 2º - As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão dirimidos pela Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho.
Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
DOROTHEA WERNECK

sábado, 25 de julho de 2015

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:
15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;



Fonte: http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm

Link para download: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D040147D14EAE840951/NR-15%20(atualizada%202014).pdf

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Segurança e Saúde no Trabalho: prevenção de acidentes no trânsito


M I N I S T É R I O
DO TRABALHO E EMPREGO
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

Motoboy

Segurança e Saúde no Trabalho: prevenção
de acidentes no trânsito

Motoboy
Segurança e Saúde no Trabalho: prevenção
de acidentes no trânsito
Presidenta da República
Dilma Rousseff
Ministro do Trabalho e Emprego
Manoel Dias
Fundacentro
Presidenta
Maria Amelia Gomes de Souza Reis
Diretora Executiva Substituta
Erica Lui Reinhardt
Diretor Técnico
Robson Spinelli Gomes
Diretor de Administração e Finanças
Paulo Cesar Vaz Guimarães
Coordenação
Cleiton Faria Lima
Autores
Cleiton Faria Lima
Sonia Maria José Bombardi
Maria Inês Franco Motti
Motoboy
Segurança e Saúde no Trabalho: prevenção
de acidentes no trânsito
São Paulo

M I N I S T É R I O
DO TRABALHO E EMPREGO
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
2015

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a
fonte. Disponível também em: www.fundacentro.gov.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
(CIP) Serviço de Documentação e Biblioteca – SDB /
Fundacentro São Paulo – SP
Erika Alves dos Santos CRB–8/7110
Lima, Cleiton Faria.
Motoboy : segurança e saúde no trabalho : prevenção de
acidentes no trânsito [texto]. / coordenação, Cleiton Faria Lima ;
autores, Cleiton Faria Lima, Sonia Maria José Bombardi, Maria
Inês Franco Motti. – São Paulo : Fundacentro, 2015.
19 p. : il. color. ; 21 cm.
ISBN 978-85-98177-90-4
1. Motocicletas – Segurança no trabalho. I. Título. II.
Bombardi, Sonia Maria José. III. Motti, Maria Inês Franco
ILO CDU
Jifak A 629.326+614.8
ILO Thesaurus
CDU – Classificação Decimal Universal
Ficha Técnica
Coordenação Editorial: Glaucia Fernandes
Revisão de textos: Edmara dos Santos Ribeiro • Karina Penariol Sanches
Projeto gráfico e design capa: Gisele Almeida
Ilustrações da capa e miolo: Vistarte Marketing & Publicidade
Segurança e Saúde no Trabalho:
prevenção de acidentes no trânsito
Em 29 de Julho de 2009, foi publicada a lei nº 12.009/09, que regulamenta o
exercício da atividade de mototaxista e motoboy. Esta lei, junto com a resolução
de nº 356 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), estabelece
regras de segurança para você, motoboy, trabalhar mais tranquilo e seguro.
Este material visa contribuir para melhoria de sua segurança e conforto.
Sua segurança começa antes de sair com a moto.
Mantenha sua moto bem regulada e em ótimo estado de funcionamento.
Faça uma rápida inspeção antes de sair, verificando os seguintes itens:
• sistema elétrico: farol, lanternas, pisca, buzina, luz de freios e nível de
água e baterias;
• ajuste de retrovisores;
• combustível e nível de óleo de motor;
• calibragem de pneus: pneus bem calibrados duram mais, ajudam
a economizar combustível e a aumentar sua segurança;
• freios: mantenha cabos de acionamento lubrificados;
• suspensão: force a suspensão para cima e para baixo várias vezes, procurando
observar se a resposta da suspensão é progressiva e suave.
5
Capacete e vestimenta
A resolução nº 453 do Contran, de 26 de
setembro de 2013, que dispõe sobre a
disciplina do uso de capacetes, permite
ao condutor o levantamento da viseira
quando o veículo estiver parado na via,
independentemente do motivo, deven-do
ser abaixada na posição frontal aos
olhos imediatamente quando o veículo
for colocado novamente em movimento.
Use sempre capacete aprovado pelo Inmetro, com viseira ou óculos
protetores e com elemento retrorrefletivo, assim como colete com
ele-mentos retrorrefletivos e fluorescentes combinados (Resolução
nº 356 do Contran). Para circular com mais segurança, utilize
também vestimentas como luvas, botas e jaquetas próprias para
motociclistas. Este equipa-mento é proteção certa para você.
Para garantir sua segurança, sempre afivele a cinta jugular do capacete
a parte inferior do maxilar. Esta cinta jamais pode estar frouxa.
6
Procure aparecer no trânsito
Em muitos acidentes com motos que envolvem automóveis, o motorista
alega não ter visto o motociclista. Você deve fazer o possível para se
tor-nar visível aos motoristas e pedestres, siga as indicações abaixo:
• Mantenha -se ao alcance
visual dos retrovisores
do motorista;
• Ande de farol aceso,
mesmo de dia;
• Sempre sinalize com a seta
quando for mudar de faixa.
Conforto na condução
Sente-se junto ao tanque, pressionando-o levemente com os joelhos.
Mantenha as mãos no meio das manoplas e os
pulsos baixos em relação às mãos.
Mantenha os pés no apoio sempre que a
moto estiver em movimento.
Os ombros devem estar relaxados. Sempre
segure o guidom com as duas mãos.
7
Atenção
Cruzamentos, cuidado!
Nos cruzamentos acontece grande parte dos acidentes.
Cruzamento sem semáforo
Mesmo na preferencial, sempre diminua a velocidade e olhe para os
dois lados, pois o motorista que vem na transversal pode não parar
por não ver a moto ou por imprudência.
Quando for passar por um veículo que esteja parado, reduza a
velocidade e redobre à atenção. O veículo pode estar parado devido a:
passagem de outro veículo
8
travessia de pedestres
Cruzamento com semáforo
Coloque-se sempre de maneira a ser visto pelo motorista que vem
em sentido contrário, ele pode fazer uma conversão à esquerda.
9
Coloque-se sempre dentro do ângulo de visão do motorista.
Curvas
Fique atento a possíveis objetos
e irregularidades (buracos,
óleo etc.) na via.
Ao entrar em uma curva, diminua
a velocidade.
Durante a curva, mantenha
aceleração constante.
Acelere gradativamente ao final
da curva para voltar à posição.
Mantenha a cabeça na vertical,
inclinando o corpo no
mesmo ângulo da moto.
Calcule sempre a velocidade
correta antes de entrar na curva.
10
Conduzindo a moto
Não “costure” o trânsito entre veículos em movimento.
Preste atenção nas condições da pista (areia, água no chão,
buracos etc.) quando pilotar em vias urbanas, estradas e rodovias.
Dê preferência de passagem aos pedestres. Lembre-se de que eles
estão em situação de maior fragilidade em caso de acidente.
11
Diversas situações indesejáveis podem ser
evitadas observando-se o seguinte:
Não ande sobre as calçadas, mesmo com a moto desligada.
Mantenha distância segura dos demais veículos.
Em caso de congestionamento, trânsito parado ou lento, circule com
velocidade reduzida e redobre a atenção ao passar entre os veículos.
Respeite o limite de velocidade da via.
Circule sempre com a viseira abaixada ou com óculos de proteção
devi-damente posicionado de forma a dar proteção total aos olhos.
Não circule entre a calçada/passeio e outros veículos.
Certifique-se de que sua viseira ou óculos de proteção tenha sempre
boas condições de visibilidade.
Mantenha a concentração: não utilize celular ou outros aparelhos sonoros.
Não consuma bebidas alcoólicas antes de pilotar sua moto. Bebida
alcoó-lica e direção segura não combinam.
Saiba usar os freios com habilidade: sempre os dois ao mesmo tempo
(dianteiro e traseiro), usando os quatro dedos na hora da frenagem.
Lembre-se de que o freio traseiro, além de ajudar a parar, mantém o
equilíbrio da moto.
12
Em terrenos molhados ou escorregadios, a distância de frenagem é
apro-ximadamente duas vezes maior do que em terrenos secos.
Neste caso, freie com cuidado para evitar derrapagens.
Consulte sempre o manual do proprietário e siga as orientações
para pre-servar seu veículo. Isto aumenta o tempo de vida útil de
sua motocicleta e proporciona uma pilotagem mais segura.
Atenção
O uso de alguns medicamentos pode alterar os reflexos, provocar
sonolência, alterar o equilíbrio e diminuir sua capacidade de atenção.
Leia atentamente a bula e não dirija sob o efeito de medicamentos que
possam interferir na condução de sua moto.
Parar e estacionar
Motocicletas e outros veículos motorizados de duas rodas devem
ser estacionados de maneira perpendicular à guia da calçada.
Antes de estacionar, observe com atenção
as características da via. Ex: via
estreita, ladeira, paralelepípedos etc.
Ocupe adequadamente seu
espaço nas ruas. Nunca divida a
mesma fai-xa com outros veículos.
Quando for estacionar, dê uma olhada
sobre os ombros e sinalize com a seta.
Olhar só o retrovisor não é suficiente.
Fique atento ao pilotar próximo de carros estacionados: alguém
pode abrir uma porta sem perceber que você está passando.
Olhe sobre os carros para prever frenagens repentinas dos veículos
que estão à sua frente.
13
Fique atento às novas exigências
A Lei nº 12.009/09, juntamente com a resolução nº 356 do Contran,
estabelece regras de segurança que ajudam a preservar a vida e a
inte-gridade física dos motoboys. Destacamos a seguir algumas das
regras de segurança desta lei.
As motocicletas ou motonetas, para serem utilizadas no transporte remunerado
de mercadorias (motofrete), precisam de autorização pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do seu estado. Para isso, o
veículo deve:
• possuir dispositivo de proteção
para pernas e motor.
• possuir aparador de linha (antena cortapipas),
fixado no guidom;
14
• possuir dispositivo de fixação permanente ou removível;
• possuir baú, bagageiro, alforjes, bolsas ou caixas laterais para o
trans-porte de carga;
• apresentar elementos retrorrefletivos no baú.
O condutor deverá:
• utilizar capacete com elementos retrorrefletivos diferenciados;
• vestir colete de segurança com elementos retrorrefletivos e
fluorescen-tes combinados.
Todos os itens acima devem respeitar os
termos estabelecidos pelo Contran.
15
A capacidade máxima de tração deverá constar no Certificado de
Regis-tro e no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo.
Os veículos deverão submeter-se à inspeção semestral para
verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.
Consulte os órgãos de trânsito competentes de sua região para
mais informações sobre todas as exigências locais para
trabalhar como motoboy.
É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos e de
galões, com exceção do gás de cozinha com capacidade máxima de
13 kg e de galões contendo água mineral, com capacidade máxima
de 20 litros, desde que com o auxílio de sidecar, nos termos de
regulamenta-ção do Contran.
Utilização correta do transporte de gás de cozinha
16
Utilização correta do transporte
de galões de água
O transporte de carga em sidecar ou semirreboques deverá obedecer
aos limites estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos
homologados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Detran), não
podendo a altura da carga exceder o limite superior ao assento da
motocicleta em mais de 40 cm.
Utilização correta
de semirreboque
Não utilize sidecar e semirreboque
ao mesmo tempo.
Além de ser proibido, compromete
sua segurança.
17
Motoboy: conheça seus direitos
Você sabia que é proibido por lei o emprego de práticas que estimulem
o aumento de velocidade por motociclistas profissionais?!?!
Em 6 de julho de 2011, foi sancionada a Lei nº 12.436* que proíbe
algu-mas práticas que coloquem em risco sua segurança.
Esta lei proíbe que empresas e pessoas físicas empregadoras ou tomadoras
de serviços prestados por motociclistas tenham as seguintes condutas:
• ofereçam prêmios por cumprimento de metas por
números de entregas ou prestação de serviço;
• prometam dispensa de pagamento ao consumidor, no
caso de fornecimento de produto ou prestação de serviço
fora do prazo ofertado para sua entrega ou realização;
• estabeleçam competição entre motociclistas com o objetivo
de elevar o número de entregas ou de prestação de serviço.
Tanto empresa, quanto pessoa física empregadora ou tomadora de
servi-ço que não respeitar as proibições acima estão sujeitas à multa.
* Verifique a regulamentação da lei.
18
A lei diz ainda que:
Se ficar apurado o emprego de artifício ou simulação para fraudar a
aplicação dos dispositivos desta lei ou houver caso de reincidên-cia,
a penalidade será sempre aplicada no grau máximo à empre-sa,
pessoa física empregadora ou tomadora de serviço.
Conduzir sua moto com prudência e responsabilidade é
um direito protegido por lei!
19
Sobre a cartilha
Composto em Tahoma 16
(título) CG Omega 11,5
(textos) formato 16x23 cm
papel couchê 150g (capa)
offset 90g (miolo)
Impressão: Gráfica Fundacentro
Tiragem: 1.000 exemplares
M I N I S T É R I O
DO TRABALHO E EMPREGO
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Rua Capote Valente, 710
São Paulo - SP
05409-002 tel.:
3066-6000
www.fundacentro.gov.br
Telefones úteis
190 Polícia Militar
191 Policia Rodoviária Federal
193 Bombeiros
199 Defesa Civil
Site do Contran:
http://www.denatran.gov.br/contran

fonte. Disponível também em: www.fundacentro.gov.br

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Link para download: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A280000138812EAFCE19E1/NR-32%20(atualizada%202011).pdf


NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005 16/11/05
Portaria GM n.º 939, de 18 de novembro de 2008 19/11/08
Portaria GM n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011 31/08/11

32.1 Do objetivo e campo de aplicação
32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que
exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação
de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em
saúde em qualquer nível de complexidade.
32.2 Dos Riscos Biológicos
32.2.1 Para fins de aplicação desta NR, considera-se Risco Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a
agentes biológicos.
32.2.1.1 Consideram-se Agentes Biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de
células; os parasitas; as toxinas e os príons.
32.2.1.2 A classificação dos agentes biológicos encontra-se no anexo I desta NR.
32.2.2 Do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA:
32.2.2.1 O PPRA, além do previsto na NR-09, na fase de reconhecimento, deve conter:
I. Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da localização geográfica e da característica do
serviço de saúde e seus setores, considerando:
a) fontes de exposição e reservatórios;
b) vias de transmissão e de entrada;
c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;
d) persistência do agente biológico no ambiente;
e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos;
f) outras informações científicas.
II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando:
a) a finalidade e descrição do local de trabalho;
b) a organização e procedimentos de trabalho;
c) a possibilidade de exposição;
d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho;
e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.
32.2.2.2 O PPRA deve ser reavaliado 01 (uma) vez ao ano e:
a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes
biológicos;
b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar.
32.2.2.3 Os documentos que compõem o PPRA deverão estar disponíveis aos trabalhadores.
32.2.3 Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
32.2.3.1 O PCMSO, além do previsto na NR-07, e observando o disposto no inciso I do item 32.2.2.1, deve
contemplar:
a) o reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos;
b) a localização das áreas de risco segundo os parâmetros do item 32.2.2;
c) a relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o local em que desempenham suas
atividades e o risco a que estão expostos;
d) a vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos;
e) o programa de vacinação.
32.2.3.2 Sempre que houver transferência permanente ou ocasional de um trabalhador para um outro posto de
trabalho, que implique em mudança de risco, esta deve ser comunicada de imediato ao médico coordenador ou
responsável pelo PCMSO.
32.2.3.3 Com relação à possibilidade de exposição acidental aos agentes biológicos, deve constar do PCMSO:
a) os procedimentos a serem adotados para diagnóstico, acompanhamento e prevenção da soroconversão e das
doenças;
b) as medidas para descontaminação do local de trabalho;
c) o tratamento médico de emergência para os trabalhadores;
d) a identificação dos responsáveis pela aplicação das medidas pertinentes;
e) a relação dos estabelecimentos de saúde que podem prestar assistência aos trabalhadores;
f) as formas de remoção para atendimento dos trabalhadores;
g) a relação dos estabelecimentos de assistência à saúde depositários de imunoglobulinas, vacinas, medicamentos
necessários, materiais e insumos especiais.
32.2.3.4 O PCMSO deve estar à disposição dos trabalhadores, bem como da inspeção do trabalho.
32.2.3.5 Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador,
deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.
32.2.4 Das Medidas de Proteção
32.2.4.1 As medidas de proteção devem ser adotadas a partir do resultado da avaliação, previstas no PPRA,
observando o disposto no item 32.2.2.
32.2.4.1.1 Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser adotadas imediatamente,
mesmo que não previstas no PPRA.
32.2.4.2 A manipulação em ambiente laboratorial deve seguir as orientações contidas na publicação do Ministério da
Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, correspondentes aos respectivos
microrganismos.
32.2.4.3 Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para
higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de
abertura sem contato manual.
32.2.4.3.1 Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas
devem conter lavatório em seu interior.
32.2.4.3.2 O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e
depois do uso das mesmas.
32.2.4.4 Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após
avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.
32.2.4.5 O empregador deve vedar:
a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;
b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;
c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;
d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
e) o uso de calçados abertos.
32.2.4.6 Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de
trabalho adequada e em condições de conforto.
32.2.4.6.1 A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.
32.2.4.6.2 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as
vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.
32.2.4.6.3 O empregador deve providenciar locais apropriados para fornecimento de vestimentas limpas e para
deposição das usadas.
32.2.4.6.4 A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento
intensivo, unidades de pacientes com doenças infecto-contagiosa e quando houver contato direto da vestimenta com
material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador.
32.2.4.7 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número
suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
32.2.4.8 O empregador deve:
a) garantir a conservação e a higienização dos materiais e instrumentos de trabalho;
b) providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais infectantes, fluidos e tecidos orgânicos.
32.2.4.9 O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma
continuada, devendo ser ministrada:
a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos;
b) durante a jornada de trabalho;
c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biológicos.
32.2.4.9.1 A capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento e à identificação de novos riscos biológicos
e deve incluir:
a) os dados disponíveis sobre riscos potenciais para a saúde;
b) medidas de controle que minimizem a exposição aos agentes;
c) normas e procedimentos de higiene;
d) utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual e vestimentas de trabalho;
e) medidas para a prevenção de acidentes e incidentes;
f) medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência de incidentes e acidentes.
32.2.4.9.2 O empregador deve comprovar para a inspeção do trabalho a realização da capacitação através de
documentos que informem a data, o horário, a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a formação ou
capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.
32.2.4.10 Em todo local onde exista a possibilidade de exposição a agentes biológicos, devem ser fornecidas aos
trabalhadores instruções escritas, em linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho e medidas de
prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.
32.2.4.10.1 As instruções devem ser entregues ao trabalhador, mediante recibo, devendo este ficar à disposição da
inspeção do trabalho.
32.2.4.11 Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, com possível exposição a
agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do
trabalho e à CIPA.
32.2.4.12 O empregador deve informar, imediatamente, aos trabalhadores e aos seus representantes qualquer
acidente ou incidente grave que possa provocar a disseminação de um agente biológico suscetível de causar doenças
graves nos seres humanos, as suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir a situação.
32.2.4.13 Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de material lavável e impermeável,
permitindo desinfecção e fácil higienização.
32.2.4.13.1 O revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sulcos ou reentrâncias.
32.2.4.14 Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte.
32.2.4.15 São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas.
32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais
Perfurocortantes, conforme as diretrizes estabelecidas no Anexo III desta Norma Regulamentadora. (Alterado pela
Portaria GM n.º 1.748, de 30 de setembro de 2011)
32.2.4.16.1 As empresas que produzem ou comercializam materiais perfurocortantes devem disponibilizar, para os
trabalhadores dos serviços de saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança. (Alterado
pela Portaria GM n.º 1.748, de 30 de setembro de 2011)
32.2.4.16.2 O empregador deve assegurar, aos trabalhadores dos serviços de saúde, a capacitação prevista no
subitem 32.2.4.16.1. (Alterado pela Portaria GM n.º 1.748, de 30 de setembro de 2011)
32.2.4.17 Da Vacinação dos Trabalhadores
32.2.4.17.1 A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização
ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.
32.2.4.17.2 Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou
poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.
32.2.4.17.3 O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que for recomendado pelo
Ministério da Saúde e seus órgãos, e providenciar, se necessário, seu reforço.
32.2.4.17.4 A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.
32.2.4.17.5 O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens e dos efeitos
colaterais, assim como dos riscos a que estarão expostos por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos,
guardar documento comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho.
32.2.4.17.6 A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador, previsto na NR-07.
32.2.4.17.7 Deve ser fornecido ao trabalhador comprovante das vacinas recebidas.
32.3 Dos Riscos Químicos
32.3.1 Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos produtos químicos utilizados em
serviços de saúde.
32.3.2 Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser identificado, de forma legível,
por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome
do responsável pela manipulação ou fracionamento.
32.3.3 É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.
32.3.4 Do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
32.3.4.1 No PPRA dos serviços de saúde deve constar inventário de todos os produtos químicos, inclusive
intermediários e resíduos, com indicação daqueles que impliquem em riscos à segurança e saúde do trabalhador.
32.3.4.1.1 Os produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos que impliquem riscos à segurança e saúde do
trabalhador, devem ter uma ficha descritiva contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) as características e as formas de utilização do produto;
b) os riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, considerando as formas de utilização;
c) as medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde dos trabalhadores;
d) condições e local de estocagem;
e) procedimentos em situações de emergência.
32.3.4.1.2 Uma cópia da ficha deve ser mantida nos locais onde o produto é utilizado.
32.3.5 Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
32.3.5.1 Na elaboração e implementação do PCMSO, devem ser consideradas as informações contidas nas fichas
descritivas citadas no subitem 32.3.4.1.1.
32.3.6 Cabe ao empregador:
32.3.6.1 Capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores envolvidos para a utilização segura de
produtos químicos.
32.3.6.1.1 A capacitação deve conter, no mínimo:
a) a apresentação das fichas descritivas citadas no subitem 32.3.4.1.1, com explicação das informações nelas
contidas;
b) os procedimentos de segurança relativos à utilização;
c) os procedimentos a serem adotados em caso de incidentes, acidentes e em situações de emergência.
32.3.7 Das Medidas de Proteção
32.3.7.1 O empregador deve destinar local apropriado para a manipulação ou fracionamento de produtos químicos
que impliquem riscos à segurança e saúde do trabalhador.
32.3.7.1.1 É vedada a realização destes procedimentos em qualquer local que não o apropriado para este fim.
32.3.7.1.2 Excetuam-se a preparação e associação de medicamentos para administração imediata aos pacientes.
32.3.7.1.3 O local deve dispor, no mínimo, de:
a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente, respeitando o disposto na NR-26;
b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo dos limites de tolerância
estabelecidos nas NR-09 e NR-15 e observando-se os níveis de ação previstos na NR-09;
c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não potencializar a exposição de
qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo
coifa;
d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados semanalmente;
e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos trabalhadores;
f) sistema adequado de descarte.
32.3.7.2 A manipulação ou fracionamento dos produtos químicos deve ser feito por trabalhador qualificado.
32.3.7.3 O transporte de produtos químicos deve ser realizado considerando os riscos à segurança e saúde do
trabalhador e ao meio ambiente.
32.3.7.4 Todos os estabelecimentos que realizam, ou que pretendem realizar, esterilização, reesterilização ou
reprocessamento por gás óxido de etileno, deverão atender o disposto na Portaria Interministerial n.º 482/MS/MTE
de 16/04/1999.
32.3.7.5 Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamáveis, o sistema de prevenção de incêndio deve
prever medidas especiais de segurança e procedimentos de emergência.
32.3.7.6 As áreas de armazenamento de produtos químicos devem ser ventiladas e sinalizadas.
32.3.7.6.1 Devem ser previstas áreas de armazenamento próprias para produtos químicos incompatíveis.
32.3.8 Dos Gases Medicinais
32.3.8.1 Na movimentação, transporte, armazenamento, manuseio e utilização dos gases, bem como na manutenção
dos equipamentos, devem ser observadas as recomendações do fabricante, desde que compatíveis com as
disposições da legislação vigente.
32.3.8.1.1 As recomendações do fabricante, em português, devem ser mantidas no local de trabalho à disposição dos
trabalhadores e da inspeção do trabalho.
32.3.8.2 É vedado:
a) a utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás;
b) submeter equipamentos a pressões superiores àquelas para as quais foram projetados;
c) a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de segurança;
d) a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção individual adequados;
e) a submissão dos cilindros a temperaturas extremas;
f) a utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se destinam;
g) o contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares com gases oxidantes;
h) a utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositivo apropriado para impedir o fluxo
reverso;
i) a transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da capacidade dos cilindros;
j) o transporte de cilindros soltos, em posição horizontal e sem capacetes.
32.3.8.3 Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e acetileno, devem ser armazenados a uma
distância mínima de oito metros daqueles contendo gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através
de barreiras vedadas e resistentes ao fogo.
32.3.8.4 Para o sistema centralizado de gases medicinais devem ser fixadas placas, em local visível, com caracteres
indeléveis e legíveis, com as seguintes informações:
a) nominação das pessoas autorizadas a terem acesso ao local e treinadas na operação e manutenção do sistema;
b) procedimentos a serem adotados em caso de emergência;
c) número de telefone para uso em caso de emergência;
d) sinalização alusiva a perigo.
32.3.9 Dos Medicamentos e das Drogas de Risco
32.3.9.1 Para efeito desta NR, consideram-se medicamentos e drogas de risco aquelas que possam causar
genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade séria e seletiva sobre órgãos e sistemas.
32.3.9.2 Deve constar no PPRA a descrição dos riscos inerentes às atividades de recebimento, armazenamento,
preparo, distribuição, administração dos medicamentos e das drogas de risco.
32.3.9.3 Dos Gases e Vapores Anestésicos
32.3.9.3.1 Todos os equipamentos utilizados para a administração dos gases ou vapores anestésicos devem ser
submetidos à manutenção corretiva e preventiva, dando-se especial atenção aos pontos de vazamentos para o
ambiente de trabalho, buscando sua eliminação.
32.3.9.3.2 A manutenção consiste, no mínimo, na verificação dos cilindros de gases, conectores, conexões,
mangueiras, balões, traquéias, válvulas, aparelhos de anestesia e máscaras faciais para ventilação pulmonar.
32.3.9.3.2.1 O programa e os relatórios de manutenção devem constar de documento próprio que deve ficar à
disposição dos trabalhadores diretamente envolvidos e da fiscalização do trabalho.
32.3.9.3.3 Os locais onde são utilizados gases ou vapores anestésicos devem ter sistemas de ventilação e exaustão,
com o objetivo de manter a concentração ambiental sob controle, conforme previsto na legislação vigente.
32.3.9.3.4 Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas com possibilidade de exposição a
gases ou vapores anestésicos após autorização por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as
informações contidas no PPRA.
32.3.9.4 Dos Quimioterápicos Antineoplásicos
32.3.9.4.1 Os quimioterápicos antineoplásicos somente devem ser preparados em área exclusiva e com acesso
restrito aos profissionais diretamente envolvidos. A área deve dispor no mínimo de:
a) vestiário de barreira com dupla câmara;
b) sala de preparo dos quimioterápicos;
c) local destinado para as atividades administrativas;
d) local de armazenamento exclusivo para estocagem.
32.3.9.4.2 O vestiário deve dispor de:
a) pia e material para lavar e secar as mãos;
b) lava olhos, o qual pode ser substituído por uma ducha tipo higiênica;
c) chuveiro de emergência;
d) equipamentos de proteção individual e vestimentas para uso e reposição;
e) armários para guarda de pertences;
f) recipientes para descarte de vestimentas usadas.
32.3.9.4.3 Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos a limpeza, descontaminação e desinfecção de
todas as áreas, incluindo superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais.
32.3.9.4.3.1 Os manuais devem estar disponíveis a todos os trabalhadores e à fiscalização do trabalho.
32.3.9.4.4 Todos os profissionais diretamente envolvidos devem lavar adequadamente as mãos, antes e após a
retirada das luvas.
32.3.9.4.5 A sala de preparo deve ser dotada de Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 e na sua instalação
devem ser previstos, no mínimo:
a) suprimento de ar necessário ao seu funcionamento;
b) local e posicionamento, de forma a evitar a formação de turbulência aérea.
32.3.9.4.5.1 A cabine deve:
a) estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do trabalho de manipulação e permanecer
ligada por 30 minutos após a conclusão do trabalho;
b) ser submetida periodicamente a manutenções e trocas de filtros absolutos e pré-filtros de acordo com um
programa escrito, que obedeça às especificações do fabricante, e que deve estar à disposição da inspeção do
trabalho;
c) possuir relatório das manutenções, que deve ser mantido a disposição da fiscalização do trabalho;
d) ter etiquetas afixadas em locais visíveis com as datas da última e da próxima manutenção;
e) ser submetida a processo de limpeza, descontaminação e desinfecção, nas paredes laterais internas e superfície
de trabalho, antes do início das atividades;
f) ter a sua superfície de trabalho submetida aos procedimentos de limpeza ao final das atividades e no caso de
ocorrência de acidentes com derramamentos e respingos.
32.3.9.4.6 Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos, compete ao empregador:
a) proibir fumar, comer ou beber, bem como portar adornos ou maquiar-se;
b) afastar das atividades as trabalhadoras gestantes e nutrizes;
c) proibir que os trabalhadores expostos realizem atividades com possibilidade de exposição aos agentes
ionizantes;
d) fornecer aos trabalhadores avental confeccionado de material impermeável, com frente resistente e fechado nas
costas, manga comprida e punho justo, quando do seu preparo e administração;
e) fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança que minimizem a geração de aerossóis e a ocorrência de
acidentes durante a manipulação e administração;
f) fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança para a prevenção de acidentes durante o transporte.
32.3.9.4.7 Além do cumprimento do disposto na legislação vigente, os Equipamentos de Proteção Individual - EPI
devem atender as seguintes exigências:
a) ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação e segurança;
b) estar armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição, segundo as
exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.
32.3.9.4.8 Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos é vedado:
a) iniciar qualquer atividade na falta de EPI;
b) dar continuidade às atividades de manipulação quando ocorrer qualquer interrupção do funcionamento da
cabine de segurança biológica.
32.3.9.4.9 Dos Procedimentos Operacionais em Caso de Ocorrência de Acidentes Ambientais ou Pessoais.
32.3.9.4.9.1 Com relação aos quimioterápicos, entende-se por acidente:
a) ambiental: contaminação do ambiente devido à saída do medicamento do envase no qual esteja acondicionado,
seja por derramamento ou por aerodispersóides sólidos ou líquidos;
b) pessoal: contaminação gerada por contato ou inalação dos medicamentos da terapia quimioterápica
antineoplásica em qualquer das etapas do processo.
32.3.9.4.9.2 As normas e os procedimentos, a serem adotados em caso de ocorrência de acidentes ambientais ou
pessoais, devem constar em manual disponível e de fácil acesso aos trabalhadores e à fiscalização do trabalho.
32.3.9.4.9.3 Nas áreas de preparação, armazenamento e administração e para o transporte deve ser mantido um “Kit”
de derramamento identificado e disponível, que deve conter, no mínimo: luvas de procedimento, avental
impermeável, compressas absorventes, proteção respiratória, proteção ocular, sabão, recipiente identificado para
recolhimento de resíduos e descrição do procedimento.
32.3.10 Da Capacitação
32.3.10.1 Os trabalhadores envolvidos devem receber capacitação inicial e continuada que contenha, no mínimo:
a) as principais vias de exposição ocupacional;
b) os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à saúde, a longo e curto prazo;
c) as normas e os procedimentos padronizados relativos ao manuseio, preparo, transporte, administração,
distribuição e descarte dos quimioterápicos antineoplásicos;
d) as normas e os procedimentos a serem adotadas no caso de ocorrência de acidentes.
32.3.10.1.1 A capacitação deve ser ministrada por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos
quimioterápicos antineoplásicos.
32.4 Das Radiações Ionizantes
32.4.1 O atendimento das exigências desta NR, com relação às radiações ionizantes, não desobriga o empregador de
observar as disposições estabelecidas pelas normas específicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, do Ministério da Saúde.
32.4.2 É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do trabalho o Plano de Proteção
Radiológica - PPR, aprovado pela CNEN, e para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela Vigilância Sanitária.
32.4.2.1 O Plano de Proteção Radiológica deve:
a) estar dentro do prazo de vigência;
b) identificar o profissional responsável e seu substituto eventual como membros efetivos da equipe de trabalho do
serviço;
c) fazer parte do PPRA do estabelecimento;
d) ser considerado na elaboração e implementação do PCMSO;
e) ser apresentado na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada às atas desta comissão.
32.4.3 O trabalhador que realize atividades em áreas onde existam fontes de radiações ionizantes deve:
a) permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento;
b) ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;
c) estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica;
d) usar os EPI adequados para a minimização dos riscos;
e) estar sob monitoração individual de dose de radiação ionizante, nos casos em que a exposição seja ocupacional.
32.4.4 Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com radiações ionizantes,
devendo ser remanejada para atividade compatível com seu nível de formação.
32.4.5 Toda instalação radiativa deve dispor de monitoração individual e de áreas.
32.4.5.1 Os dosímetros individuais devem ser obtidos, calibrados e avaliados exclusivamente em laboratórios de
monitoração individual acreditados pela CNEN.
32.4.5.2 A monitoração individual externa, de corpo inteiro ou de extremidades, deve ser feita através de dosimetria
com periodicidade mensal e levando-se em conta a natureza e a intensidade das exposições normais e potenciais
previstas.
32.4.5.3 Na ocorrência ou suspeita de exposição acidental, os dosímetros devem ser encaminhados para leitura no
prazo máximo de 24 horas.
32.4.5.4 Após ocorrência ou suspeita de exposição acidental a fontes seladas, devem ser adotados procedimentos
adicionais de monitoração individual, avaliação clínica e a realização de exames complementares, incluindo a
dosimetria citogenética, a critério médico.
32.4.5.5 Após ocorrência ou suspeita de acidentes com fontes não seladas, sujeitas a exposição externa ou com
contaminação interna, devem ser adotados procedimentos adicionais de monitoração individual, avaliação clínica e a
realização de exames complementares, incluindo a dosimetria citogenética, a análise in vivo e in vitro, a critério
médico.
32.4.5.6 Deve ser elaborado e implementado um programa de monitoração periódica de áreas, constante do Plano de
Proteção Radiológica, para todas as áreas da instalação radiativa.
32.4.6 Cabe ao empregador:
a) implementar medidas de proteção coletiva relacionadas aos riscos radiológicos;
b) manter profissional habilitado, responsável pela proteção radiológica em cada área específica, com vinculação
formal com o estabelecimento;
c) promover capacitação em proteção radiológica, inicialmente e de forma continuada, para os trabalhadores
ocupacionalmente e para-ocupacionalmente expostos às radiações ionizantes;
d) manter no registro individual do trabalhador as capacitações ministradas;
e) fornecer ao trabalhador, por escrito e mediante recibo, instruções relativas aos riscos radiológicos e
procedimentos de proteção radiológica adotados na instalação radiativa;
f) dar ciência dos resultados das doses referentes às exposições de rotina, acidentais e de emergências, por escrito
e mediante recibo, a cada trabalhador e ao médico coordenador do PCMSO ou médico encarregado dos exames
médicos previstos na NR-07.
32.4.7 Cada trabalhador da instalação radiativa deve ter um registro individual atualizado, o qual deve ser
conservado por 30 (trinta) anos após o término de sua ocupação, contendo as seguintes informações:
a) identificação (Nome, DN, Registro, CPF), endereço e nível de instrução;
b) datas de admissão e de saída do emprego;
c) nome e endereço do responsável pela proteção radiológica de cada período trabalhado;
d) funções associadas às fontes de radiação com as respectivas áreas de trabalho, os riscos radiológicos a que está
ou esteve exposto, data de início e término da atividade com radiação, horários e períodos de ocupação;
e) tipos de dosímetros individuais utilizados;
f) registro de doses mensais e anuais (doze meses consecutivos) recebidas e relatórios de investigação de doses;
g) capacitações realizadas;
h) estimativas de incorporações;
i) relatórios sobre exposições de emergência e de acidente;
j) exposições ocupacionais anteriores a fonte de radiação.
32.4.7.1 O registro individual dos trabalhadores deve ser mantido no local de trabalho e à disposição da inspeção do
trabalho.
32.4.8 O prontuário clínico individual previsto pela NR-07 deve ser mantido atualizado e ser conservado por 30
(trinta) anos após o término de sua ocupação.
32.4.9 Toda instalação radiativa deve possuir um serviço de proteção radiológica.
32.4.9.1 O serviço de proteção radiológica deve estar localizado no mesmo ambiente da instalação radiativa e serem
garantidas as condições de trabalho compatíveis com as atividades desenvolvidas, observando as normas da CNEN e
da ANVISA.
32.4.9.2 O serviço de proteção radiológica deve possuir, de acordo com o especificado no PPR, equipamentos para:
a) monitoração individual dos trabalhadores e de área;
b) proteção individual;
c) medições ambientais de radiações ionizantes específicas para práticas de trabalho.
32.4.9.3 O serviço de proteção radiológica deve estar diretamente subordinado ao Titular da instalação radiativa.
32.4.9.4 Quando o estabelecimento possuir mais de um serviço, deve ser indicado um responsável técnico para
promover a integração das atividades de proteção radiológica destes serviços.
32.4.10 O médico coordenador do PCMSO ou o encarregado pelos exames médicos, previstos na NR-07, deve estar
familiarizado com os efeitos e a terapêutica associados à exposição decorrente das atividades de rotina ou de
acidentes com radiações ionizantes.
32.4.11 As áreas da instalação radiativa devem ser classificadas e ter controle de acesso definido pelo responsável
pela proteção radiológica.
32.4.12 As áreas da instalação radiativa devem estar devidamente sinalizadas em conformidade com a legislação em
vigor, em especial quanto aos seguintes aspectos:
a) utilização do símbolo internacional de presença de radiação nos acessos controlados;
b) as fontes presentes nestas áreas e seus rejeitos devem ter as suas embalagens, recipientes ou blindagens
identificadas em relação ao tipo de elemento radioativo, atividade e tipo de emissão;
c) valores das taxas de dose e datas de medição em pontos de referência significativos, próximos às fontes de
radiação, nos locais de permanência e de trânsito dos trabalhadores, em conformidade com o disposto no PPR;
d) identificação de vias de circulação, entrada e saída para condições normais de trabalho e para situações de
emergência;
e) localização dos equipamentos de segurança;
f) procedimentos a serem obedecidos em situações de acidentes ou de emergência;
g) sistemas de alarme.
32.4.13 Do Serviço de Medicina Nuclear
32.4.13.1 As áreas supervisionadas e controladas de Serviço de Medicina Nuclear devem ter pisos e paredes
impermeáveis que permitam sua descontaminação.
32.4.13.2 A sala de manipulação e armazenamento de fontes radioativas em uso deve:
a) ser revestida com material impermeável que possibilite sua descontaminação, devendo os pisos e paredes ser
providos de cantos arredondados;
b) possuir bancadas constituídas de material liso, de fácil descontaminação, recobertas com plástico e papel
absorvente;
c) dispor de pia com cuba de, no mínimo, 40 cm de profundidade, e acionamento para abertura das torneiras sem
controle manual.
32.4.13.2.1 É obrigatória a instalação de sistemas exclusivos de exaustão:
a) local, para manipulação de fontes não seladas voláteis;
b) de área, para os serviços que realizem estudos de ventilação pulmonar.
32.4.13.2.2 Nos locais onde são manipulados e armazenados materiais radioativos ou rejeitos, não é permitido:
a) aplicar cosméticos, alimentar-se, beber, fumar e repousar;
b) guardar alimentos, bebidas e bens pessoais.
32.4.13.3 Os trabalhadores envolvidos na manipulação de materiais radioativos e marcação de fármacos devem usar
os equipamentos de proteção recomendados no PPRA e PPR.
32.4.13.4 Ao término da jornada de trabalho, deve ser realizada a monitoração das superfícies de acordo com o PPR,
utilizando-se monitor de contaminação.
32.4.13.5 Sempre que for interrompida a atividade de trabalho, deve ser feita a monitoração das extremidades e de
corpo inteiro dos trabalhadores que manipulam radiofármacos.
32.4.13.6 O local destinado ao decaimento de rejeitos radioativos deve:
a) ser localizado em área de acesso controlado;
b) ser sinalizado;
c) possuir blindagem adequada;
d) ser constituído de compartimentos que possibilitem a segregação dos rejeitos por grupo de radionuclídeos com
meia-vida física próxima e por estado físico.
32.4.13.7 O quarto destinado à internação de paciente, para administração de radiofármacos, deve possuir:
a) blindagem;
b) paredes e pisos com cantos arredondados, revestidos de materiais impermeáveis, que permitam sua
descontaminação;
c) sanitário privativo;
d) biombo blindado junto ao leito;
e) sinalização externa da presença de radiação ionizante;
f) acesso controlado.
32.4.14 Dos Serviços de Radioterapia
32.4.14.1 Os Serviços de Radioterapia devem adotar, no mínimo, os seguintes dispositivos de segurança:
a) salas de tratamento possuindo portas com sistema de intertravamento, que previnam o acesso indevido de
pessoas durante a operação do equipamento;
b) indicadores luminosos de equipamento em operação, localizados na sala de tratamento e em seu acesso externo,
em posição visível.
32.4.14.2 Da Braquiterapia
32.4.14.2.1 Na sala de preparo e armazenamento de fontes é vedada a prática de qualquer atividade não relacionada
com a preparação das fontes seladas.
32.4.14.2.2 Os recipientes utilizados para o transporte de fontes devem estar identificados com o símbolo de
presença de radiação e a atividade do radionuclídeo a ser deslocado.
32.4.14.2.3 No deslocamento de fontes para utilização em braquiterapia deve ser observado o princípio da
otimização, de modo a expor o menor número possível de pessoas.
32.4.14.2.4 Na capacitação dos trabalhadores para manipulação de fontes seladas utilizadas em braquiterapia devem
ser empregados simuladores de fontes.
32.4.14.2.5 O preparo manual de fontes utilizadas em braquiterapia de baixa taxa de dose deve ser realizado em sala
específica com acesso controlado, somente sendo permitida a presença de pessoas diretamente envolvidas com esta
atividade.
32.4.14.2.6 O manuseio de fontes de baixa taxa de dose deve ser realizado exclusivamente com a utilização de
instrumentos e com a proteção de anteparo plumbífero.
32.4.14.2.7 Após cada aplicação, as vestimentas de pacientes e as roupas de cama devem ser monitoradas para
verificação da presença de fontes seladas.
32.4.15 Dos serviços de radiodiagnóstico médico
32.4.15.1 É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do trabalho o Alvará de
Funcionamento vigente concedido pela autoridade sanitária local e o Programa de Garantia da Qualidade.
32.4.15.2 A cabine de comando deve ser posicionada de forma a:
a) permitir ao operador, na posição de disparo, eficaz comunicação e observação visual do paciente;
b) permitir que o operador visualize a entrada de qualquer pessoa durante o procedimento radiológico.
32.4.15.3 A sala de raios X deve dispor de:
a) sinalização visível na face exterior das portas de acesso, contendo o símbolo internacional de radiação ionizante,
acompanhado das inscrições: “raios X, entrada restrita" ou "raios X, entrada proibida a pessoas não autorizadas".
b) sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso, acompanhada do seguinte aviso de
advertência: "Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida". A sinalização luminosa deve ser
acionada durante os procedimentos radiológicos.
32.4.15.3.1 As portas de acesso das salas com equipamentos de raios X fixos devem ser mantidas fechadas durante
as exposições.
32.4.15.3.2 Não é permitida a instalação de mais de um equipamento de raios X por sala.
32.4.15.4 A câmara escura deve dispor de:
a) sistema de exaustão de ar localizado;
b) pia com torneira.
32.4.15.5 Todo equipamento de radiodiagnóstico médico deve possuir diafragma e colimador em condições de
funcionamento para tomada radiográfica.
32.4.15.6 Os equipamentos móveis devem ter um cabo disparador com um comprimento mínimo de 2 metros.
32.4.15.7 Deverão permanecer no local do procedimento radiológico somente o paciente e a equipe necessária.
32.4.15.8 Os equipamentos de fluoroscopia devem possuir:
a) sistema de intensificação de imagem com monitor de vídeo acoplado;
b) cortina ou saiote plumbífero inferior e lateral para proteção do operador contra radiação espalhada;
c) sistema para garantir que o feixe de radiação seja completamente restrito à área do receptor de imagem;
d) sistema de alarme indicador de um determinado nível de dose ou exposição.
32.4.15.8.1 Caso o equipamento de fluoroscopia não possua o sistema de alarme citado, o mesmo deve ser instalado
no ambiente.
32.4.16 Dos Serviços de Radiodiagnóstico Odontológico
32.4.16.1 Na radiologia intra-oral:
a) todos os trabalhadores devem manter-se afastados do cabeçote e do paciente a uma distância mínima de 2
metros;
b) nenhum trabalhador deve segurar o filme durante a exposição;
c) caso seja necessária a presença de trabalhador para assistir ao paciente, esse deve utilizar os EPIs.
32.4.16.2 Para os procedimentos com equipamentos de radiografia extra-oral deverão ser seguidos os mesmos
requisitos do radiodiagnóstico médico.
32.5 Dos Resíduos
32.5.1 Cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores nos seguintes assuntos:
a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;
b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;
c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
d) formas de reduzir a geração de resíduos;
e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
f) reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;
g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
h) orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.
32.5.2 Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem atender ao disposto na NBR
9191 e ainda ser:
a) preenchidos até 2/3 de sua capacidade;
b) fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que virados com a abertura para baixo;
c) retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento;
d) mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.
32.5.3 A segregação dos resíduos deve ser realizada no local onde são gerados, devendo ser observado que:
a) sejam utilizados recipientes que atendam as normas da ABNT, em número suficiente para o armazenamento;
b) os recipientes estejam localizados próximos da fonte geradora;
c) os recipientes sejam constituídos de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa
provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e que sejam resistentes ao
tombamento;
d) os recipientes sejam identificados e sinalizados segundo as normas da ABNT.
32.5.3.1 Os recipientes existentes nas salas de cirurgia e de parto não necessitam de tampa para vedação.
32.5.3.2 Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve
estar localizado 5 cm abaixo do bocal.
32.5.3.2.1 O recipiente para acondicionamento dos perfurocortantes deve ser mantido em suporte exclusivo e em
altura que permita a visualização da abertura para descarte.
32.5.4 O transporte manual do recipiente de segregação deve ser realizado de forma que não exista o contato do
mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto.
32.5.5 Sempre que o transporte do recipiente de segregação possa comprometer a segurança e a saúde do
trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos apropriados, de modo a preservar a sua saúde e integridade física.
32.5.6 A sala de armazenamento temporário dos recipientes de transporte deve atender, no mínimo, às seguintes
características:
I. ser dotada de:
a) pisos e paredes laváveis;
b) ralo sifonado;
c) ponto de água;
d) ponto de luz;
e) ventilação adequada;
f) abertura dimensionada de forma a permitir a entrada dos recipientes de transporte.
II. ser mantida limpa e com controle de vetores;
III. conter somente os recipientes de coleta, armazenamento ou transporte;
IV.ser utilizada apenas para os fins a que se destina;
V. estar devidamente sinalizada e identificada.
32.5.7 O transporte dos resíduos para a área de armazenamento externo deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser feito através de carros constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampo articulado ao
próprio corpo do equipamento e cantos arredondados;
b) ser realizado em sentido único com roteiro definido em horários não coincidentes com a distribuição de roupas,
alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas.
32.5.7.1 Os recipientes de transporte com mais de 400 litros de capacidade devem possuir válvula de dreno no
fundo.
32.5.8 Em todos os serviços de saúde deve existir local apropriado para o armazenamento externo dos resíduos, até
que sejam recolhidos pelo sistema de coleta externa.
32.5.8.1 O local, além de atender às características descritas no item 32.5.6, deve ser dimensionado de forma a
permitir a separação dos recipientes conforme o tipo de resíduo.
32.5.9 Os rejeitos radioativos devem ser tratados conforme disposto na Resolução CNEN NE-6.05.
32.6 Das Condições de Conforto por Ocasião das Refeições
32.6.1 Os refeitórios dos serviços de saúde devem atender ao disposto na NR-24.
32.6.2 Os estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para refeição, que atendam aos
seguintes requisitos mínimos:
a) localização fora da área do posto de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de trabalhadores por intervalo de descanso e refeição;
e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável;
g) possuir equipamento apropriado e seguro para aquecimento de refeições.
32.6.3 Os lavatórios para higiene das mãos devem ser providos de papel toalha, sabonete líquido e lixeira com
tampa, de acionamento por pedal.
32.7 Das Lavanderias
32.7.1 A lavanderia deve possuir duas áreas distintas, sendo uma considerada suja e outra limpa, devendo ocorrer na
primeira o recebimento, classificação, pesagem e lavagem de roupas, e na segunda a manipulação das roupas
lavadas.
32.7.2 Independente do porte da lavanderia, as máquinas de lavar devem ser de porta dupla ou de barreira, em que a
roupa utilizada é inserida pela porta situada na área suja, por um operador e, após lavada, retirada na área limpa, por
outro operador.
32.7.2.1 A comunicação entre as duas áreas somente é permitida por meio de visores ou intercomunicadores.
32.7.3 A calandra deve ter:
a) termômetro para cada câmara de aquecimento, indicando a temperatura das calhas ou do cilindro aquecido;
b) termostato;
c) dispositivo de proteção que impeça a inserção de segmentos corporais dos trabalhadores junto aos cilindros ou
partes móveis da máquina.
32.7.4 As máquinas de lavar, centrífugas e secadoras devem ser dotadas de dispositivos eletromecânicos que
interrompam seu funcionamento quando da abertura de seus compartimentos.
32.8 Da Limpeza e Conservação
32.8.1 Os trabalhadores que realizam a limpeza dos serviços de saúde devem ser capacitados, inicialmente e de
forma continuada, quanto aos princípios de higiene pessoal, risco biológico, risco químico, sinalização, rotulagem,
EPI, EPC e procedimentos em situações de emergência.
32.8.1.1 A comprovação da capacitação deve ser mantida no local de trabalho, à disposição da inspeção do trabalho.
32.8.2 Para as atividades de limpeza e conservação, cabe ao empregador, no mínimo:
a) providenciar carro funcional destinado à guarda e transporte dos materiais e produtos indispensáveis à realização
das atividades;
b) providenciar materiais e utensílios de limpeza que preservem a integridade física do trabalhador;
c) proibir a varrição seca nas áreas internas;
d) proibir o uso de adornos.
32.8.3 As empresas de limpeza e conservação que atuam nos serviços de saúde devem cumprir, no mínimo, o
disposto nos itens 32.8.1 e 32.8.2.
32.9 Da Manutenção de Máquinas e Equipamentos
32.9.1 Os trabalhadores que realizam a manutenção, além do treinamento específico para sua atividade, devem
também ser submetidos a capacitação inicial e de forma continuada, com o objetivo de mantê-los familiarizados
com os princípios de:
a) higiene pessoal;
b) riscos biológico (precauções universais), físico e químico;
c) sinalização;
d) rotulagem preventiva;
e) tipos de EPC e EPI, acessibilidade e seu uso correto.
32.9.1.1 As empresas que prestam assistência técnica e manutenção nos serviços de saúde devem cumprir o disposto
no item 32.9.1.
32.9.2 Todo equipamento deve ser submetido à prévia descontaminação para realização de manutenção.
32.9.2.1 Na manutenção dos equipamentos, quando a descontinuidade de uso acarrete risco à vida do paciente,
devem ser adotados procedimentos de segurança visando a preservação da saúde do trabalhador.
32.9.3 As máquinas, equipamentos e ferramentas, inclusive aquelas utilizadas pelas equipes de manutenção, devem
ser submetidos à inspeção prévia e às manutenções preventivas de acordo com as instruções dos fabricantes, com a
norma técnica oficial e legislação vigentes.
32.9.3.1 A inspeção e a manutenção devem ser registradas e estar disponíveis aos trabalhadores envolvidos e à
fiscalização do trabalho.
32.9.3.2 As empresas que prestam assistência técnica e manutenção nos serviços de saúde devem cumprir o disposto
no item 32.9.3.
32.9.3.3 O empregador deve estabelecer um cronograma de manutenção preventiva do sistema de abastecimento de
gases e das capelas, devendo manter um registro individual da mesma, assinado pelo profissional que a realizou.
32.9.4 Os equipamentos e meios mecânicos utilizados para transporte devem ser submetidos periodicamente à
manutenção, de forma a conservar os sistemas de rodízio em perfeito estado de funcionamento.
32.9.5 Os dispositivos de ajuste dos leitos devem ser submetidos à manutenção preventiva, assegurando a
lubrificação permanente, de forma a garantir sua operação sem sobrecarga para os trabalhadores.
32.9.6 Os sistemas de climatização devem ser submetidos a procedimentos de manutenção preventiva e corretiva
para preservação da integridade e eficiência de todos os seus componentes.
32.9.6.1 O atendimento do disposto no item 32.9.6 não desobriga o cumprimento da Portaria GM/MS n.° 3.523 de
28/08/98 e demais dispositivos legais pertinentes.
32.10 Das Disposições Gerais
32.10.1 Os serviços de saúde devem:
a) atender as condições de conforto relativas aos níveis de ruído previstas na NB 95 da ABNT;
b) atender as condições de iluminação conforme NB 57 da ABNT;
c) atender as condições de conforto térmico previstas na RDC 50/02 da ANVISA;
d) manter os ambientes de trabalho em condições de limpeza e conservação.
32.10.2 No processo de elaboração e implementação do PPRA e do PCMSO devem ser consideradas as atividades
desenvolvidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH do estabelecimento ou comissão
equivalente.
32.10.3 Antes da utilização de qualquer equipamento, os operadores devem ser capacitados quanto ao modo de
operação e seus riscos.
32.10.4 Os manuais do fabricante de todos os equipamentos e máquinas, impressos em língua portuguesa, devem
estar disponíveis aos trabalhadores envolvidos.
32.10.5 É vedada a utilização de material médico-hospitalar em desacordo com as recomendações de uso e
especificações técnicas descritas em seu manual ou em sua embalagem.
32.10.6 Em todo serviço de saúde deve existir um programa de controle de animais sinantrópicos, o qual deve ser
comprovado sempre que exigido pela inspeção do trabalho.
32.10.7 As cozinhas devem ser dotadas de sistemas de exaustão e outros equipamentos que reduzam a dispersão de
gorduras e vapores, conforme estabelecido na NBR 14518.
32.10.8 Os postos de trabalho devem ser organizados de forma a evitar deslocamentos e esforços adicionais.
32.10.9 Em todos os postos de trabalho devem ser previstos dispositivos seguros e com estabilidade, que permitam
aos trabalhadores acessar locais altos sem esforço adicional.
32.10.10 Nos procedimentos de movimentação e transporte de pacientes deve ser privilegiado o uso de dispositivos
que minimizem o esforço realizado pelos trabalhadores.
32.10.11 O transporte de materiais que possa comprometer a segurança e a saúde do trabalhador deve ser efetuado
com auxílio de meios mecânicos ou eletromecânicos.
32.10.12 Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser:
a) capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou de materiais, de forma a
preservar a sua saúde e integridade física;
b) orientados nas medidas a serem tomadas diante de pacientes com distúrbios de comportamento.
32.10.13 O ambiente onde são realizados procedimentos que provoquem odores fétidos deve ser provido de sistema
de exaustão ou outro dispositivo que os minimizem.
32.10.14 É vedado aos trabalhadores pipetar com a boca.
32.10.15 Todos os lavatórios e pias devem:
a) possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando do fechamento da água;
b) ser providos de sabão líquido e toalhas descartáveis para secagem das mãos.
32.10.16 As edificações dos serviços de saúde devem atender ao disposto na RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 da
ANVISA.
32.11 Das Disposições Finais
32.11.1 A observância das disposições regulamentares constantes dessa Norma Regulamentadora - NR, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em
códigos ou regulamentos sanitários dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, e outras oriundas de convenções e
acordos coletivos de trabalho, ou constantes nas demais NR e legislação federal pertinente à matéria.
32.11.2 Todos os atos normativos mencionados nesta NR, quando substituídos ou atualizados por novos atos, terão a
referência automaticamente atualizada em relação ao ato de origem.
32.11.3 Ficam criadas a Comissão Tripartite Permanente Nacional da NR-32, denominada CTPN da NR-32, e as
Comissões Tripartites Permanentes Regionais da NR-32, no âmbito das Unidades da Federação, denominadas CTPR
da NR-32.
32.11.3.1 As dúvidas e dificuldades encontradas durante a implantação e o desenvolvimento continuado desta NR
deverão ser encaminhadas à CTPN.
32.11.4 A responsabilidade é solidária entre contratantes e contratados quanto ao cumprimento desta NR.
ANEXO I
Os agentes biológicos são classificados em:
Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de
causar doença ao ser humano.
Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para
a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou
tratamento.
Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento.
Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a
coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves
ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
ANEXO II
Tabela de classificação dos Agentes Biológicos
1. Este anexo apresenta uma tabela de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com
os critérios citados no Anexo I. Para algumas informações adicionais, utilizamos os seguintes símbolos:
A: possíveis efeitos alérgicos
E: agente emergente e oportunista
O: agente oncogênico de baixo risco
O+: agente oncogênico de risco moderado
T: produção de toxinas
V: vacina eficaz disponível
(*): normalmente não é transmitido através do ar
“spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo constituir um risco para a saúde.
Na classificação por gênero e espécie podem ocorrer as seguintes situações:
a) no caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as mais
importantes, e as demais serão seguidas da denominação “spp“, indicando que outras espécies do gênero podem
ser também patogênicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp.
b) quando uma única espécie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que especificamente
este agente é patógeno.
2. Na classificação dos agentes considerou-se os possíveis efeitos para os trabalhadores sadios. Não foram
considerados os efeitos particulares para os trabalhadores cuja suscetibilidade possa estar afetada, como nos casos de
patologia prévia, medicação, transtornos imunológicos, gravidez ou lactação.
3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que:
a) a não identificação de um determinado agente na tabela não implica em sua inclusão automática na classe de
risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliação de risco, baseada nas propriedades conhecidas ou
potenciais desses agentes e de outros representantes do mesmo gênero ou família.
b) os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na tabela.
c) no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, devem-se considerar excluídas as espécies e cepas
não patogênicas para o homem.
d) todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na tabela, devem ser classificados na classe de
risco 2, até que estudos para sua classificação estejam concluídos.
AGENTES BIOLÓGICOS Classificação
(grupos) Notas
Bactérias
Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus) 2
Actinobacillus spp 2
Actinomadura madurae 2
Actinomadura pelletieri 2
Actinomyces gerencseriae 2
Actinomyces israelii 2
Actinomyces pyogenes (anteriormente Corynebacterium pyogenes) 2
Actinomyces spp 2
Aeromonas hydrophyla 2
Amycolata autotrophica 2
Archanobacterium haemolyticum (Corynebacterium haemolyticum) 2
Bacillus anthracis 3
Bacteroides fragilis 2
Bartonella (Rochalimea) spp 2
Bartonella bacilliformis 2
Bartonella henselae 2
Bartonella quintana 2
Bartonella vinsonii 2
Bordetella bronchiseptica 2
Bordetella parapertussis 2
Bordetella pertussis 2 V
Borrelia anserina 2
Borrelia burgdorferi 2
Borrelia duttonii 2
Borrelia persicus 2
Borrelia recurrentis 2
Borrelia spp 2
Borrelia theileri 2
Borrelia vincenti 2
Brucella abortus 3
Brucella canis 3
Brucella melitensis 3
Brucella suis 3
Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei) 3
Burkholderia pseudomallei (Pseudomonas pseudomallei) 3
Campylobacter coli 2
Campylobacter fetus 2
Campylobacter jejuni 2
Campylobacter septicum 2
Campylobacter spp 2
Cardiobacterium hominis 2
Chlamydia pneumoniae 2
Chlamydia trachomatis 2
Chlamydia psittaci (cepas aviárias) 3
Clostridium botulinum 3 T
Clostridium chauvoei 2
Clostridium haemolyticum 2
Clostridium histolyticum 2
Clostridium novyi 2
Clostridium perfringens 2
Clostridium septicum 2
Clostridium spp 2
Clostridium tetani 2 T, V
Corynebacterium diphtheriae 2 T, V
Corynebacterium equi 2
Corynebacterium haemolyticum 2
Corynebacterium minutissimum 2
Corynebacterium pseudotuberculosis. 2
Corynebacterium pyogenes 2
Corynebacterium renale 2
Corynebacterium spp 2
Coxiella burnetii 3
Dermatophilus congolensis 2
Edwardsiella tarda 2
Ehrlichia sennetsu (Rickettsia sennetsu) 2
Ehrlichia spp 2
Eikenella corrodens 2
Enterobacter aerogenes/cloacae 2
Enterococcus spp 2
Erysipelothrix rhusiopathiae 2
Escherichia coli (todas as cepas enteropatogênicas, enterotoxigênicas, enteroinvasivas
e detentoras do antígeno K 1) 2
Escherichia coli, cepas verocitotóxicas (por exemplo O157:H7 ou O103) 3 (*), T
Francisella tularensis (tipo A) 3
Haemophilus ducreyi 2
Haemophilus equigenitalis 3
Haemophilus influenzae 2
Helicobacter pylori 2
Klebsiella oxytoca 2
Klebsiella pneumoniae 2
Klebsiella spp 2
Legionella pneumophila 2
Legionella spp 2
Leptospira interrogans (todos os sorotipos) 2
Listeria monocytogenes 2
Listeria ivanovii 2
Moraxella spp 2
Mycobacterium asiaticum 2
Mycobacterium avium/intracellulare 2
Mycobacterium bovis (exceto a cepa BCG) 3 V
Mycobacterium chelonae 2
Mycobacterium fortuitum 2
Mycobacterium kansasii 2
Mycobacterium leprae 2
Mycobacterium malmoense 2
Mycobacterium marinum 2
Mycobacterium paratuberculosis 2
Mycobacterium scrofulaceum 2
Mycobacterium simiae 2
Mycobacterium szulgai 2
Mycobacterium tuberculosis 3 V
Mycobacterium xenopi 2
Mycoplasma caviae 2
Mycoplasma hominis 2
Mycoplasma pneumoniae 2
Neisseria gonorrhoeae 2
Neisseria meningitidis 2 V
Nocardia asteroides 2
Nocardia brasiliensis 2
Nocardia farcinica 2
Nocardia nova 2
Nocardia otitidiscaviarum 2
Nocardia transvalensis 2
Pasteurella multocida 2
Pasteurella multocida tipo B (amostra buffalo e outras cepas virulentas) 3
Pasteurella spp 2
Peptostreptococcus anaerobius 2
Plesiomonas shigelloides 2
Porphyromonas spp 2
Prevotella spp 2
Proteus mirabilis 2
Proteus penneri 2
Proteus vulgaris 2
Providencia alcalifaciens 2
Providencia rettgeri 2
Providencia spp 2
Pseudomonas aeruginosa 2
Rhodococcus equi 2
Rickettsia akari 3 (*)
Rickettsia australis 3
Rickettsia canada 3 (*)
Rickettsia conorii 3
Rickettsia montana 3 (*)
Rickettsia prowazekii 3
Rickettsia rickettsii 3
Rickettsia siberica 3
Rickettsia tsutsugamushi 3
Rickettsia typhi (Rickettsia mooseri) 3
Salmonella arizonae 2
Salmonella enteritidis 2
Salmonella typhimurium 2
Salmonella paratyphi A, B, C 2 V
Salmonella typhi 2 (*), V
Salmonella spp 2
Serpulina spp 2
Shigella boydii 2
Shigella dysenteriae 2
Shigella flexneri 2
Shigella sonnei 2
Staphylococcus aureus 2
Streptobacillus moniliformis 2
Streptococcus pneumoniae 2
Streptococcus pyogenes 2
Streptococcus suis 2
Streptococcus spp 2
Treponema carateum 2
Treponema pallidum 2
Treponema pertenue 2
Treponema spp 2
Vibrio cholerae (01 e 0139) 2
Vibrio parahaemolyticus 2
Vibrio vulnificus 2
Vibrio spp 2
Yersinia enterocolitica 2
Yersinia pestis 3 V
Yersinia pseudotuberculosis 2
Yersinia spp 2
Vírus
Herpesvirus de cobaias 2 O
Shope fibroma virus 2 O
Vírus da Doença hemorrágica de coelhos 4
Vírus da Enterite viral de patos, gansos e cisnes 4
Vírus da Febre catarral maligna de bovinos e cervos 4
Vírus da Hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3 4
Vírus da Leucemia de Hamsters 2 O
Vírus da Leucose Bovina Enzoótica 2 O
Vírus da lumpy skin 4
Vírus do Sarcoma Canino 2 O
Vírus do Tumor Mamário de camundongos 2 O
Vírus Lucke (vírus de rãs) 2 O
Adenoviridae 2
Adenovirus 1 aviário - Vírus CELO 2 O
Adenovirus 2 - Vírus Símio 40 (Ad2-SV40) 2 O+
Adenovirus 7 - Vírus Símio 40 (Ad7-SV40) 2 O
Arenaviridae:
* Complexos virais LCM-Lassa (arenavírus do Velho Continente)
Vírus Lassa 4
Vírus da coriomeningite linfocítica (cepas neurotrópicas) 3
Vírus da coriomeningite linfocítica (outras cepas) 2
* Complexos virais Tacaribe (arenavírus do Novo Mundo):
Vírus Amapari 2
Vírus Flechal 2
Vírus Guanarito 4
Vírus Junin 4
Vírus Latino 2
Vírus Machupo 4
Vírus Paraná 2
Vírus Pichinde 2
Vírus Sabiá 4
Astroviridae 2
Birnavirus: incluindo Picobirnavirus, Picotrinavirus 2
Bunyaviridae:
Vírus Belém 2
Vírus Mojuí dos Campos 2
Vírus Pará 2
Vírus Santarém 2
Vírus Turlock 2
* Grupo Anopheles A
Vírus Arumateua 2
Vírus Caraipé 2
Vírus Lukuni 2
Vírus Tacaiuma 2
Vírus Trombetas 2
Vírus Tucurui 2
* Grupo Bunyamwera
Vírus Iaco 2
Vírus Kairi 2
Vírus Macauã 2
Vírus Maguari 2
Vírus Sororoca 2
Vírus Taiassuí 2
Vírus Tucunduba 2
Vírus Xingu 2
* Grupo da encefalite da Califórnia
Vírus Inkoo 2
Vírus La Crosse 2
Vírus Lumbo 2
Vírus San Angelo 2
Vírus Snow hare 2
Vírus Tahyna 2
* Grupo Melão
Vírus Guaroa 2
Vírus Jamestown Canyon 2
Vírus Keystone 2
Vírus Serra do Navio 2
Vírus South River 2
Vírus Trivittatus 2
* Grupo C
Vírus Apeu 2
Vírus Caraparu 2
Vírus Itaqui 2
Vírus Marituba 2
Vírus Murutucu 2
Vírus Nepuyo 2
Vírus Oriboca 2
* Grupo Capim
Vírus Acara 2
Vírus Benevides 2
Vírus Benfica 2
Vírus Capim 2
Vírus Guajará 2
Vírus Moriche 2
* Grupo Guamá
Vírus Ananindeua 2
Vírus Bimiti 2
Vírus Catú 2
Vírus Guamá 2
Vírus Mirim 2
Vírus Moju 2
Vírus Timboteua 2
* Grupo Simbu
Vírus Jatobal 2
Vírus Oropouche 2
Vírus Utinga 2
Caliciviridae:
Vírus da Hepatite E 2 (*)
Vírus Norwalk 2
Outros Caliciviridae 2
Coronaviridae:
Vírus humanos, gastroenterite de suínos, hepatite murina, Coronavirus bovinos,
peritonite infecciosa felina, bronquite infecciosa aviária, Coronavirus de caninos, ratos
e coelhos
2
Filoviridae:
Vírus Ebola 4
Vírus de Marburg 4
Flaviviridae:
Vírus Bussuquara 2
Vírus Cacipacoré 2
Vírus da Dengue tipos 1-4 2
Vírus da Encefalite B japonesa 3 V
Vírus da Encefalite da Austrália (Encefalite do Vale Murray) 3
Vírus da Encefalite da primavera-verão russa 4 V, (a)
Vírus da Encefalite de São Luís 2
Vírus da Encefalite da Europa Central 4 (*), V,
(a)
Vírus da Febre amarela 3 V
Vírus da Febre hemorrágica de Omsk 4 (a)
Vírus da Floresta de Kyasanur 4 V, (a)
Vírus da Hepatite C 2 (*)
Vírus do Nilo Ocidental 2
Vírus Ilhéus 2
Vírus Kunjin 2
Vírus Powassan 3
Vírus Rocio 3
Vírus Sal Vieja 3
Vírus San Perlita 3
Vírus Spondweni 3
Hantavirus:
Vírus Andes 3
Vírus Dobrava (Belgrado) 3
Vírus Hantaan (Febre hemorrágica da Coréia) 3
Vírus Juquitiba 3
Vírus Prospect Hill 2
Vírus Puumala 2
Vírus Seoul 3
Vírus Sin Nombre 3
Hepadnaviridae:
Vírus da hepatite B 2 (*), V
Vírus da hepatite D (Delta) 2 (*), V,
(b)
Herpesviridae:
Citomegalovirus 2
Herpes simplex vírus tipos 1 e 2 2
Herpesvirus de Ateles (Rhadinovirus) 3
Herpesvirus de Saimiri (Rhadinovirus) 3
Herpesvirus humano 7 (HHV7) 2
Herpesvirus humano 8 (HHV8) 2
Herpesvirus simiae (vírus B) 4
Herpesvirus varicellazoster 2
Vírus da Doença de Marek 2 O
Vírus Epstein-Barr 2 O
Vírus linfotrópico humano B (HBLV-HHV6) 2
Nairovirus:
Vírus da Febre hemorrágica da Criméia/Congo 4
Vírus Hazara 2
Oncornavirus: Vírus C e D 3
Orthomyxoviridae:
Vírus da Influenza tipos A, B e C 2 V (c)
Ortomixovirus transmitidos por carrapatos: Vírus Dhori e Thogoto 2
Papovaviridae:
Polyoma virus 2 O
Shope papilloma virus 2 O
Vírus BK e JC 2
Vírus do Papiloma bovino 2 O
Vírus do Papiloma humano 2
Vírus Símio 40 (SV40) 2
Paramyxoviridae:
Pneumovirus 2
Vírus da Cachumba 2 V
Vírus da Doença de Newcastle (amostras não-asiáticas) 2
Vírus da Parainfluenza tipos 1 a 4 2
Vírus do Sarampo 2 V
Vírus Nipah 2
Vírus Respiratório Sincicial 2
Parvoviridae:
Parvovirus humano (B 19) 2
Phlebovirus:
Uukuvirus 2
Vírus Alenquer 2
Vírus Ambé 2
Vírus Anhangá 2
Vírus Ariquemes 2
Vírus Belterra 2
Vírus Bujarú 2
Vírus Candirú 2
Vírus de Toscana 2
Vírus Icoarací 2
Vírus Itaituba 2
Vírus Itaporanga 2
Vírus Jacundá 2
Vírus Joa 2
Vírus Morumbi 2
Vírus Munguba 2
Vírus Nápoles 2
Vírus Oriximina 2
Vírus Pacuí 2
Vírus Serra Norte 2
Vírus Tapará 2
Vírus Toscana 2
Vírus Turuna 2
Vírus Uriurana 2
Vírus Urucuri 2
Picornaviridae:
Poliovirus 2 V
Rinovirus 2
Vírus Coxsackie 2
Vírus da Aftosa com seus diversos tipos e variantes 4
Vírus da Conjuntivite Hemorrágica Aguda (AHC) 2
Vírus da Hepatite A (enterovirus humano tipo 72) 2 V
Vírus ECHO 2
Poxviridae:
Parapoxvirus 2
Poxvirus de caprinos, suínos e aves 2
Vírus Buffalopox 2 (d)
Vírus Cotia 2
Vírus Cowpox (e relacionados isolados de felinos domésticos e animais selvagens) 2
Vírus da varíola (major, minor) 4 V
Vírus da varíola alastrim 4
Vírus da varíola do camelo 4
Vírus do Nódulo dos ordenhadores 2
Vírus Molluscum contagiosum 4 V
Vírus Monkeypox (varíola do macaco) 3
Vírus Orf 2
Vírus Vaccinia 2
Vírus Whitepox ("vírus da varíola") 4 V
Vírus Yatapox: Tana 2
Vírus Yatapox: Yaba 2 O+
Reoviridae:
Coltivirus 2
Orbivirus 2
Orthoreovirus tipos 1, 2 e 3 2
Reovirus isolados na Amazônia dos Grupos Changuinola e Corriparta 2
Rotavirus humanos 2
Vírus Ieri 2
Vírus Itupiranga 2
Vírus Tembé 2
Retroviridae:
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana 3 (*)
Rous Sarcoma Virus 2 O
Vírus da Leucemia de Gibões (GaLV) 2 O+
Vírus da Leucemia de murinos 2 O
Vírus da Leucemia de ratos 2 O
Vírus da Leucemia Felina (FeLV) 2 O+
Vírus da Leucose Aviária 2 O
Vírus do Sarcoma de murinos 2 O
Vírus do Sarcoma de Símios (SSV-1) 2 O+
Vírus do Sarcoma Felino (FeSV) 2 O+
Vírus Linfotrópicos das células T humana (HTLV-1 e HTLV-2) 3 (*)
Vírus Símio Mason-Pfizer 2 O
Vírus SlV 3 (*), (e)
Rhabdoviridae:
Vírus Aruac 2
Vírus da Raiva 3 V, (*)
Vírus Duvenhage 2
Vírus Inhangapi 2
Vírus Xiburema 2
* Grupo da Estomatite Vesicular
Vírus Alagoas VSV-3 2
Vírus Carajás 2
Vírus Cocal VSV-2 2
Vírus Indiana VSV-1 2
Vírus Juruna 2
Vírus Marabá 2
Vírus Maraba VSV-4 2
Vírus Piry 2
* Grupo Hart Park
Vírus Hart Park 2
Vírus Mosqueiro 2
* Grupo Mussuril
Vírus Cuiabá 2
Vírus Marco 2
* Grupo Timbó
Vírus Chaco 2
Vírus Sena Madureira 2
Vírus Timbó 2
Togaviridae:
* Alfavirus
Vírus Aurá 2
Vírus Bebaru 2
Vírus Chikungunya 2 (*)
Vírus da Encefalomielite equina americana ocidental 2 V
Vírus da Encefalomielite equina americana oriental 2 V
Vírus da Encefalomielite equina venezuelana 3 V
Vírus do Bosque Semliki 2
Vírus do Rio Ross 2
Vírus Mayaro 2
Vírus Mucambo 2 (*)
Vírus Onyongnyong 2
Vírus Pixuna 2
Vírus Una 2
Outros alfavirus conhecidos 2
* Rubivirus: Vírus da Rubéola 2 V
* Pestivirus: Vírus da Diarréia Bovina 2
Prions: agentes não classificados associados a encefalopatias espongiformes
transmissíveis
Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), scrapie e outras doenças
animais afins 3 (*), (f)
Agente da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) 3 (*)
Agente da Insônia Familiar Fatal 3 (*)
Agente da Síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker 3 (*)
Agente do Kuru 3 (*)
Parasitas
Acanthamoeba castellani 2
Ancylostoma ceylanicum 2
Ancylostoma duodenale 2
Angiostrongylus cantonensis 2
Angiostrongylus costaricensis 2
Angiostrongylus spp 2
Ascaris lumbricoides 2 A
Ascaris suum 2 A
Babesia divergens 2
Babesia microti 2
Balantidium coli 2
Brugia malayi 2
Brugia pahangi 2
Brugia timori 2
Capillaria philippinensis 2
Capillaria spp 2
Clonorchis sinensis 2
Clonorchis viverrini 2
Coccidia spp 2
Cryptosporidium parvum 2
Cryptosporidium spp 2
Cyclospora cayetanensis 2
Cysticercus cellulosae (cisto hidático, larva de T. sollium) 2
Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum) 2
Dipetalonema streptocerca 2
Diphyllobothrium latum 2
Dracunculus medinensis 2
Echinococcus granulosus 2 (*)
Echinococcus multilocularis 2 (*)
Echinococcus vogeli 2 (*)
Emmonsia parva var. crescens 2
Emmonsia parva var. parva 2
Entamoeba histolytica 2
Enterobius spp 2
Exophiala (Wangiella) dermatitidis 2
Fasciola gigantica 2
Fasciola hepatica 2
Fasciolopsis buski 2
Fonsecaea compacta 2
Fonsecaea pedrosoi 2
Giardia lamblia
(Giardia intestinalis
) 2
Giardia spp 2
Heterophyes spp 2
Hymenolepis diminuta 2
Hymenolepis nana 2
Isospora spp 2
Leishmania brasiliensis 2 (*)
Leishmania donovani 2 (*)
Leishmania major 2
Leishmania mexicana 2
Leishmania peruviana 2
Leishmania spp 2
Leishmania tropica 2
Leishmanla ethiopica 2
Loa loa 2
Madurella grisea 2
Madurella mycetomatis 2
Mansonella ozzardi 2
Mansonella perstans 2
Microsporidium spp 2
Naegleria fowleri 2
Naegleria gruberi 2
Necator americanus 2
Onchocerca volvulus 2
Opisthorchis felineus 2
Opisthorchis spp 2
Paragonimus westermani 2
Plasmodium cynomolgi 2
Plasmodium falciparum 2 (*)
Plasmodium malariae 2
Plasmodium ovale 2
Plasmodium spp (humano e símio) 2
Plasmodium vivax 2
Sarcocystis suihominis 2
Scedosporium apiospermum
(Pseudallescheria boidii
) 2
Scedosporium prolificans
(inflatum
) 2
Schistosoma haematobium 2
Schistosoma intercalatum 2
Schistosoma japonicum 2
Schistosoma mansoni 2
Schistosoma mekongi 2
Strongyloides spp 2
Strongyloides stercoralis 2
Taenia saginata 2
Taenia solium 2 (*)
Toxocara canis 2
Toxoplasma gondii 2
Trichinella spiralis 2
Trichuris trichiura 2
Trypanosoma brucei brucei 2
Trypanosoma brucei gambiense 2
Trypanosoma brucei rhodesiense 2 (*)
Trypanosoma cruzi 2
Wuchereria bancrofti 2
Fungos
Acremonium falciforme 2 E
Acremonium kiliense 2 E
Acremonium potronii 2 E
Acremonium recifei 2 E
Acremonium roseogriseum 2 E
Alternaria anamorfo de Pleospora infectoria 2 E
Aphanoascus fulvescens 2 E
Aspergillus amstelodami 2 E
Aspergillus caesiellus 2 E
Aspergillus candidus 2 E
Aspergillus carneus 2 E
Aspergillus flavus 2
Aspergillus fumigatus 2
Aspergillus glaucus 2 E
Aspergillus oryzae 2 E
Aspergillus penicillioides 2 E
Aspergillus restrictus 2 E
Aspergillus sydowi 2 E
Aspergillus terreus 2 E
Aspergillus unguis 2 E
Aspergillus versicolor 2 E
Beauveria bassiana 2 E
Blastomyces dermatitidis (Ajellomyces dermatitidis) 2 A
Candida albicans 2 A
Candida lipolytica 2 E
Candida pulcherrima 2 E
Candida ravautii 2 E
Candida tropicalis 2
Candida viswanathii 2 E
Chaetoconidium spp 2 E
Chaetomium spp 2 E
Chaetosphaeronema larense 2 E
Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum ou C.
trichoides) 2
Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni) 2
Cladosporium cladosporioides 2 E
Coccidioides immitis 3 A
Conidiobolus incongruus 2 E
Coprinus cinereus 2 E
Cryptococcus neoformans 2
Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella bacillispora) 2 A
Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella neoformans var.
neoformans) 2 A
Cunninghamella geniculata 2 E
Curvularia pallescens 2 E
Curvularia senegalensis 2 E
Cylindrocarpon tonkinense 2 E
Drechslera spp 2 E
Emmonsia parva var. crescens 2
Emmonsia parva var. parva 2
Epidermophyton floccosum 2 A
Epidermophyton spp 2
Exophiala (Wangiella) dermatitidis 2
Exophiala moniliae 2 E
Fonsecaea compacta 2
Fonsecaea pedrosoi 2
Fusarium dimerum 2 E
Fusarium nivale 2 E
Geotrichum candidum 2 E
Hansenula polymorpha 2 E
Histoplasma capsulatum duboisii 3
Histoplasma capsulatum var capsulatum (Ajellomyces capsulatus) 3
Lasiodiplodia theobramae 2 E
Madurella grisea 2
Madurella mycetomatis 2
Madurella spp 2
Microascus desmosporus 2 E
Microsporum aldouinii 2 A
Microsporum canis 2 A
Microsporum spp 2 A
Mucor rouxianus 2 E
Mycelia sterilia 2 E
Mycocentrospora acerina 2 E
Neotestudina rosatii 2
Oidiodendron cerealis 2 E
Paecilomyces lilacinus 2 E
Paecilomyces variotti 2 E
Paecilomyces viridis 2 E
Paracoccidioides brasiliensis (na fase de esporulação apresenta maior risco de
infecção) 2
Penicillium chrysogenum 2 E
Penicillium citrinum 2 E
Penicillium commune 2 E
Penicillium expansum 2 E
Penicillium marneffei 2 A
Penicillium spinulosum 2 E
Phialophora hoffmannii 2 E
Phialophora parasitica 2 E
Phialophora repens 2 E
Phoma hibernica 2 E
Phyllosticta ovalis 2 E
Phyllosticta spp 2 E
Pneumocystis carinii 2
Pyrenochaeta unguis-hominis 2 E
Rhizoctonia spp 2 E
Rhodotorula pilimanae 2 E
Rhodotorula rubra 2 E
Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii) 2
Scedosporium prolificans (inflatum) 2
Schizophyllum commune 2 E
Scopulariops acremonium 2 E
Scopulariops brumptii 2 E
Sporothrix schenckii 2
Stenella araguata 2 E
Taeniolella stilbospora 2 E
Tetraploa spp 2 E
Trichophyton rubrum 2
Trichophyton spp 2
Trichosporon capitatum 2 E
Tritirachium oryzae 2 E
Volutella cinerescens 2 E
Fontes:
1. Brasil (2004) Diretrizes Gerais para o trabalho em contenção com material biológico. Série A: Normas e
Manuais Técnicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Brasília:
Ministério da Saúde, 60p.
2. UE (2000) Council Directive 2000/54/EC. OJ L 262, 17.10.2000, 21p.
3. ABSA (2005) Risk Group Classification for Infectious Agents. http://www.absa.org/resriskgroup.html,
acessado em 11 de julho de 2005.
(a) Encefalites transmitidas por carrapatos.
(b) O vírus da hepatite D é patogênico apenas na presença de infecção simultânea ou secundária causada pelo vírus
da hepatite B. Assim, a vacinação de pessoas que não sejam portadoras do vírus da hepatite B também imuniza
contra a hepatite D (Delta).
(c) Apenas para os tipos A e B.
(d) Dois vírus estão identificados: um é o buffalopox tipo e o outro é uma variante do vírus Vaccinia.
(e) Até o momento não há evidência de doença em seres humanos causada por retrovírus de origem símia. Como
precaução, recomenda-se nível de contenção 3 para o trabalho com este agente.
(f) Até o momento não há evidência de infecções em seres humanos causadas pelos agentes responsáveis pela
encefalite espongiforme bovina. No entanto, recomenda-se o nível de contenção 2, no mínimo, para o trabalho com
este agente em laboratório.
ANEXO III
(Aprovado pela Portaria GM n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011)
(Vide prazo de implementação no Art. 3ª da Portaria)
PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
1. Objetivo e Campo de Aplicação:
1.1 Estabelecer diretrizes para a elaboração e implementação de um plano de prevenção de riscos de acidentes com
materiais perfurocortantes com probabilidade de exposição a agentes biológicos, visando a proteção, segurança e
saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
1.2 Entende-se por serviço de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e
todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de
complexidade.
1.3 Materiais perfurocortantes são aqueles utilizados na assistência à saúde que têm ponta ou gume, ou que possam
perfurar ou cortar.
1.4 O dispositivo de segurança é um item integrado a um conjunto do qual faça parte o elemento perfurocortante ou
uma tecnologia capaz de reduzir o risco de acidente, seja qual for o mecanismo de ativação do mesmo.
2. Comissão gestora multidisciplinar:
2.1 O empregador deve constituir uma comissão gestora multidisciplinar, que tem como objetivo reduzir os riscos de
acidentes com materiais perfurocortantes, com probabilidade de exposição a agentes biológicos, por meio da
elaboração, implementação e atualização de plano de prevenção de riscos de acidentes com materiais
perfurocortantes.
2.2 A comissão deve ser constituída, sempre que aplicável, pelos seguintes membros:
a) o empregador, seu representante legal ou representante da direção do serviço de saúde;
b) representante do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT,
conforme a Norma Regulamentadora n.º 4;
c) vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ou o designado responsável pelo
cumprimento dos objetivos da Norma Regulamentadora n.º 5, nos casos em que não é obrigatória a constituição
de CIPA;
d) representante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;
e) direção de enfermagem;
f) direção clínica;
g) responsável pela elaboração e implementação do PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de
Saúde;
h) representante da Central de Material e Esterilização;
i) representante do setor de compras; e
j) representante do setor de padronização de material.
3. Análise dos acidentes de trabalho ocorridos e das situações de risco com materiais perfurocortantes:
3.1 A Comissão Gestora deve analisar as informações existentes no PPRA e no PCMSO, além das referentes aos
acidentes do trabalho ocorridos com materiais perfurocortantes.
3.2 A Comissão Gestora não deve se restringir às informações previamente existentes no serviço de saúde, devendo
proceder às suas próprias análises dos acidentes do trabalho ocorridos e situações de risco com materiais
perfurocortantes.
3.3 A Comissão Gestora deve elaborar e implantar procedimentos de registro e investigação de acidentes e situações
de risco envolvendo materiais perfurocortantes.

4. Estabelecimento de prioridades:
4.1 A partir da análise das situações de risco e dos acidentes de trabalho ocorridos com materiais perfurocortantes, a
Comissão Gestora deve estabelecer as prioridades, considerando obrigatoriamente os seguintes aspectos:
a) situações de risco e acidentes com materiais perfurocortantes que possuem maior probabilidade de transmissão
de agentes biológicos veiculados pelo sangue;
b) frequência de ocorrência de acidentes em procedimentos com utilização de um material perfurocortante
específico;
c) procedimentos de limpeza, descontaminação ou descarte que contribuem para uma elevada ocorrência de
acidentes; e
d) número de trabalhadores expostos às situações de risco de acidentes com materiais perfurocortantes.
5. Medidas de controle para a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes:
5.1 A adoção das medidas de controle deve obedecer à seguinte hierarquia:
a) substituir o uso de agulhas e outros perfurocortantes quando for tecnicamente possível;
b) adotar controles de engenharia no ambiente (por exemplo, coletores de descarte);
c) adotar o uso de material perfurocortante com dispositivo de segurança, quando existente, disponível e
tecnicamente possível; e
d) mudanças na organização e nas práticas de trabalho.

6. Seleção dos materiais perfurocortantes com dispositivo de segurança:

6.1 Esta seleção deve ser conduzida pela Comissão Gestora Multidisciplinar, atendendo as seguintes etapas:
a) definição dos materiais perfurocortantes prioritários para substituição a partir da análise das situações de risco e
dos acidentes de trabalho ocorridos;
b) definição de critérios para a seleção dos materiais perfurocortantes com dispositivo de segurança e obtenção de
produtos para a avaliação;
c) planejamento dos testes para substituição em áreas selecionadas no serviço de saúde, decorrente da análise das
situações de risco e dos acidentes de trabalho ocorridos; e
d) análise do desempenho da substituição do produto a partir das perspectivas da saúde do trabalhador, dos
cuidados ao paciente e da efetividade, para posterior decisão de qual material adotar.
7. Capacitação dos trabalhadores:
7.1 Na implementação do plano, os trabalhadores devem ser capacitados antes da adoção de qualquer medida de
controle e de forma continuada para a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes.
7.2 A capacitação deve ser comprovada por meio de documentos que informem a data, o horário, a carga horária, o
conteúdo ministrado, o nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.

8. Cronograma de implementação:
8.1 O plano deve conter um cronograma para a sua implementação.
8.2 O cronograma deve contemplar as etapas dos itens 3 a 7 acima descritos e respectivos prazos para a sua
implantação.
8.3 Este cronograma e a comprovação da implantação devem estar disponíveis para a Fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego e para os trabalhadores ou seus representantes.
9. Monitoramento do plano:
9.1 O plano deve contemplar monitoração sistemática da exposição dos trabalhadores a agentes biológicos na
utilização de materiais perfurocortantes, utilizando a análise das situações de risco e acidentes do trabalho ocorridos
antes e após a sua implementação, como indicadores de acompanhamento.
10. Avaliação da eficácia do plano:
10.1 O plano deve ser avaliado a cada ano, no mínimo, e sempre que se produza uma mudança nas condições de
trabalho e quando a análise das situações de risco e dos acidentes assim o determinar.
GLOSSÁRIO DA NR-32
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
Acidente: é um evento súbito e inesperado que interfere nas condições normais de operação e que pode resultar em
danos ao trabalhador, à propriedade ou ao meio ambiente.
Alvará de Funcionamento: Licença ou autorização de funcionamento ou operação do serviço fornecida pela
autoridade sanitária local. Também chamado de licença ou alvará sanitário.
Análise in vitro: É um método indireto utilizado para determinação da atividade do radionuclídeo no corpo através
da análise de material biológico, principalmente amostras de urina e fezes.
Análise in vivo: É um método direto de medida da radiação emitida, utilizado para avaliação do conteúdo corporal
ou das atividades de alguns radionuclídeos em órgãos específicos do corpo. Nesta análise, geralmente são utilizados
os chamados contadores de corpo inteiro, onde os raios gama ou X emitidos pelos elementos radioativos
incorporados são detectados em pontos estratégicos do corpo do indivíduo monitorado.
Animais sinantrópicos: espécies que indesejavelmente coabitam com o homem e que podem transmitir doenças ou
causar agravos à saúde humana, tais como roedores, baratas, moscas, pernilongos, pombos, formigas, pulgas e
outros.
Antineoplásicos: são medicamentos que inibem ou previnem o crescimento e disseminação de alguns tipos de
células cancerosas. São utilizados no tratamento de pacientes portadores de neoplasias malignas. São produtos
altamente tóxicos e que podem causar teratogênese, mutagênese e carcinogênese com diferentes graus de risco.
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Área Controlada: área sujeita a regras especiais de proteção e segurança, com a finalidade de controlar as
exposições normais, prevenir a disseminação de contaminação radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das
exposições potenciais.
Área Supervisionada: área para a qual as condições de exposição ocupacional a radiações ionizantes são mantidas
sob supervisão, mesmo que medidas de proteção e segurança específicas não sejam normalmente necessárias.
Armazenamento externo: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
Armazenamento Temporário: Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e
otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não
poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a
conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
Biombo blindado: anteparo ou divisória móvel, cuja superfície é revestida com material para blindagem contra
radiações ionizantes, para demarcar um espaço e criar uma área resguardada.
Blindagem: Barreira protetora. Material ou dispositivo interposto entre uma fonte de radiação e seres humanos ou
meio ambiente com o propósito de segurança e proteção radiológica.
Braquiterapia: radioterapia mediante uma ou mais fontes seladas emissoras de raio gama ou beta utilizadas para
aplicações superficiais, intracavitárias ou intersticiais.
Cabine de segurança biológica classe II B2: Cabine com a finalidade de oferecer proteção aos trabalhadores e ao
meio ambiente dos produtos químicos, radionuclídeos e dos agentes biológicos que se enquadram no critério de
Biossegurança Nível 3. Protegem também o produto ou ensaio executado no interior da cabine dos contaminantes
existentes no local onde ela está instalada e da contaminação cruzada no interior da própria cabine.
Cabine de Segurança Biológica Classe II tipo B2 (segundo os conceitos da NSF 49): Cabine dotada de filtro
absoluto (HEPA) com eficiência da filtragem e exaustão do ar de 99,99% a 100%, velocidade média do ar (m/s)
0,45 ± 10%, velocidade de entrada de ar pela janela frontal de 0,5-0,55 m/s. Todo ar que entra na cabine e o que é
exaurido para o exterior passam previamente pelo filtro HEPA. Não há recirculação de fluxo de ar, a exaustão é
total. A cabine tem pressão negativa em relação ao local onde está instalada, pela diferença entre o insuflamento do
ar no interior da cabine e sua exaustão (vazão 1500 m3/h e pressão de sucção de @35 m.m. c.a.).
Carcinogenicidade: capacidade que alguns agentes possuem de induzir ou causar câncer.
CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Colimador: Dispositivo adicional a uma fonte de radiação que possibilita a limitação do campo de radiação e a
melhoria das condições de imagem ou exposição, para obtenção do diagnóstico ou terapia, por meio do formato e
dimensão do orifício que dá passagem a radiação.
Coleta externa: consiste na remoção dos resíduos dos serviços de saúde do abrigo de resíduos (armazenamento
externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar
de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
Controle de vetores: são operações ou programas desenvolvidos com o objetivo de reduzir, eliminar ou controlar a
ocorrência dos vetores em uma determinada área.
Culturas de células: crescimento in vitro de células derivadas de tecidos ou órgãos de organismos multicelulares
em meio nutriente e em condições de esterilidade.
Decaimento de rejeitos radioativos: transformação espontânea pela qual a atividade de um material radioativo
reduz com o tempo. Deste processo resulta a diminuição do número de átomos radioativos originais de uma amostra.
O tempo para que a atividade se reduza à metade é chamado meia-vida radioativa.
Descontaminação: remoção de um contaminante químico, físico ou biológico.
Desinfecção: processo de eliminação ou destruição de microrganismos na forma vegetativa, independente de serem
patogênicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados. A desinfecção pode ser de baixo, médio ou alto
nível. Pode ser feita através do uso de agentes físicos ou químicos.
Diafragma: dispositivo que permite o controle da abertura e dimensionamento do feixe de radiação ionizante.
Disposição Final: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a
critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA
n.º 237/97.
Dosimetria citogenética: avaliação da dose de radiação absorvida através da contagem da freqüência de aberrações
cromossômicas em cultura de linfócitos do indivíduo irradiado. É principalmente utilizada para confirmar doses
elevadas registradas em dosímetros individuais.
Dosímetro individual: Dispositivo usado junto a partes do corpo de um indivíduo, com o objetivo de avaliar a dose
efetiva ou a dose equivalente acumulada em um dado período. Construído de material tecido-equivalente com fator
de calibração bem estabelecido e rastreado à rede nacional e internacional de metrologia, cujas características são
regidas pelas Normas ISO 4037-1 e IEC 731. Também chamado de monitor individual.
Exposição Acidental: exposição involuntária e imprevisível decorrente de situação de acidente.
Exposição de emergência (Radiações Ionizantes): exposição deliberada por autoridade competente ocorrida
durante o atendimento à situações de emergência, exclusivamente no interesse de:
a) salvar vidas;
b) prevenir a escalada de acidentes que possam acarretar mortes;
c) salvar uma instalação de vital importância para o país.
Exposição de Rotina (Radiações Ionizantes): exposição de trabalhadores em condições normais de trabalho, em
intervenções ou treinamento em práticas autorizadas.
Fluoroscopia: exame de um órgão por meio de uma imagem formada em um anteparo fluorescente com aplicação
dos raios X.
Fonte de Radiação: equipamento ou material que emite ou é capaz de emitir radiação ionizante ou de liberar
substâncias ou materiais radioativos.
Fontes de Exposição: pessoa, animal, objeto ou substância dos quais um agente biológico passa a um hospedeiro ou
a reservatórios ambientais.
Fontes não seladas: são aquelas em que o material radioativo está sob forma sólida (pó), líquida ou mais raramente,
gasosa, em recipientes que permitem o fracionamento do conteúdo em condições normais de uso.
Fontes seladas: materiais radioativos hermeticamente encapsulados de modo a evitar vazamentos e contato com o
referido material, sob condições de aplicação específicas.
Genotoxicidade: capacidade que alguns agentes possuem de causar dano ao DNA de organismos a eles expostos.
Quando são induzidas mutações, os agentes são chamados de mutagênicos.
Imunoglobulina: solução que contém anticorpos contra um ou mais agentes biológicos, empregada com o objetivo
de conferir imunidade imediata e transitória.
Incidente: é um evento súbito e inesperado que interfira na atividade normal do trabalho sem dano ao trabalhador, à
propriedade ou ao meio ambiente.
Incorporação: ação de determinado material radioativo no instante de sua admissão no corpo humano por ingestão,
inalação ou penetração através da pele ou de ferimentos.
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia.
Instalação Radiativa: estabelecimento ou instalação onde se produzem, utilizam, transportam ou armazenam fontes
de radiação. Excetuam-se desta definição:
a) as instalações nucleares;
b) os veículos transportadores de fontes de radiação quando estas não são partes integrantes dos mesmos.
Lavatório: peça sanitária destinada exclusivamente à lavagem de mãos.
Material Radioativo: material que contém substâncias ou elementos emissores de radiação ionizante.
Microrganismos: Formas de vida de dimensões microscópicas. Organismos visíveis individualmente apenas ao
microscópio, que inclui bactérias, fungos, protozoários e vírus.
Microrganismos geneticamente modificados: são aqueles em que o material genético (DNA) foi alterado por
tecnologias da biotecnologia moderna, especialmente a tecnologia do DNA recombinante. A biotecnologia moderna
abrange métodos artificiais de alteração do material genético, isto é, não envolvendo cruzamentos ou recombinações
genéticas naturais.
Monitor de Contaminação: instrumento com capacidade para medir níveis de radiação em unidades estabelecidas
pelos limites derivados de contaminação de superfície de acordo com a Norma CNEN NE- 3.01.
Monitor de Radiação: medidor de grandezas e parâmetros para fins de controle ou de avaliação da exposição à
radiação presente em pessoas ou em superfícies de objetos, o qual possui a função de fornecer sinais de alerta ou
alarme em condições específicas.
Monitoração Ambiental: medição contínua, periódica ou especial de grandezas radiológicas no meio ambiente,
para fins de radioproteção.
Monitoração de Área: avaliação e controle das condições radiológicas das áreas de uma instalação, incluindo
medição de grandezas relativas a:
a) campos externos de radiação;
b) contaminação de superfícies;
c) contaminação atmosférica.
Monitoração Individual: Monitoração por meio de dosímetros individuais colocados sobre o corpo do indivíduo
para fins de controle das exposições ocupacionais. A monitoração individual tem a função primária de avaliar a dose
no indivíduo monitorado. Também pode ser utilizada para verificar a adequação do plano de proteção radiológica às
atividades da instalação.
Monitoração Radiológica (ou simplesmente Monitoração): medição de grandezas relativas e parâmetros relativos à
radioproteção, para fins de avaliação e controle das condições radiológicas das áreas de uma instalação ou do meio
ambiente, de exposições ou de materiais radioativos e materiais nucleares, incluindo a interpretação de resultados.
Mutagenicidade: capacidade que alguns agentes possuem de induzir mutações em organismos a eles expostos.
Mutações são alterações geralmente permanentes na seqüência de nucleotídeos do DNA, podendo causar uma ou
mais alterações fenotípicas. As mutações podem ter caráter hereditário.
NB: Norma Brasileira elaborada pela ABNT.
NBR: Norma Brasileira elaborada pela ABNT e registrada no INMETRO
Parasita: organismo que sobrevive e se desenvolve às expensas de um hospedeiro, podendo localizar-se no interior
ou no exterior deste. Usualmente causa algum dano ao hospedeiro.
Patogenicidade: Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.
Perfurocortantes: que têm ponta ou gume, materiais utilizados para perfurar ou cortar.
Persistência do agente biológico no ambiente: capacidade do agente biológico de permanecer fora do hospedeiro,
mantendo a possibilidade de causar doença.
Pia de lavagem (ou simplesmente pia): destinada preferencialmente à lavagem de utensílios podendo ser também
usada para lavagem de mãos.
Plano de Proteção Radiológica: documento exigido para fins de licenciamento da instalação, que estabelece o
sistema de radioproteção a ser implantado pelo serviço de radioproteção.
Princípio de Otimização: estabelece que o projeto, o planejamento do uso e a operação de instalação e de fontes de
radiação devem ser feitos de modo a garantir que as operações sejam tão reduzidas quanto razoavelmente exeqüível,
levando-se em consideração fatores sociais e econômicos.
Príons: Partículas protéicas infecciosas que não possuem ácidos nucléicos.
Programa de Garantia da Qualidade: Conjunto de ações sistemáticas e planejadas visando garantir a
confiabilidade adequada quanto ao funcionamento de uma estrutura, sistema, componentes ou procedimentos, de
acordo com um padrão aprovado. Em radiodiagnóstico, estas ações devem resultar na produção continuada de
imagens de alta qualidade com o mínimo de exposição para os pacientes e operadores.
Quimioterápicos Antineoplásicos: Medicamentos utilizados no tratamento e controle do câncer.
Radiação Ionizante (ou simplesmente Radiação): qualquer partícula ou radiação eletromagnética que, ao interagir
com a matéria, ioniza direta ou indiretamente seus átomos ou moléculas.
Radiofármaco: substância radioativa cujas propriedades físicas, químicas e biológicas, fazem com que seja
apropriada para uso em seres humanos.
Radionuclídeo: isótopo instável de um elemento que decai ou se desintegra espontaneamente, emitindo radiação.
Radioproteção: conjunto de medidas que visa proteger o ser humano, seus descendentes e o meio ambiente de
possíveis efeitos indesejados causados pela radiação ionizante, de acordo com princípios básicos estabelecidos pela
CNEN.
Radioterapia: aplicação médica da radiação ionizante para fins terapêuticos.
RDC: Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA
Recipiente de transporte: são os contenedores providos de rodas, destinados à coleta e transporte interno de
resíduos de serviços de saúde.
Rejeito Radioativo: Qualquer material resultante de atividades humanas cuja reutilização seja imprópria ou não
previsível e que contenha radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção estabelecidos na norma
CNEN-NE-6.05, ou em outra que venha a substituí-la.
Reservatório: Pessoa, animal, objeto ou substância, em que um agente biológico pode persistir, manter sua
viabilidade ou crescer e multiplicar-se, de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro.
Resíduos de Serviços de Saúde: são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde que,
por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à
sua disposição final.
Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e no local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
Serviço de Medicina Nuclear: instalação médica específica para aplicação de radiofármacos em pacientes, para
propósitos terapêuticos e/ou diagnósticos.
Serviço de Proteção Radiológica: entidade constituída especificamente com vistas à execução e manutenção do
plano de radioproteção de uma instalação. Essa designação não tem caráter obrigatório, servindo simplesmente
como referência.
Serviço de Radiodiagnóstico Médico: Estabelecimento, ou setor definido do estabelecimento ou instituição ou
especialidade médica que emprega radiações ionizantes para fazer diagnóstico através de imagens radiológicas e/ou
radiografias.
Serviço de Radiodiagnóstico Odontológico: Estabelecimento, ou setor definido do estabelecimento ou instituição
ou especialidade odontológica que emprega radiações ionizantes para fazer diagnósticos através de imagens
radiológicas e/ou radiografias. Nesta definição estão incluídos os consultórios odontológicos com equipamento de
raios X diagnósticos.
Serviço de Radioterapia: instalação específica para aplicação médica da radiação ionizante para fins terapêuticos
com utilização de fontes seladas ou feixes de radiação.
Símbolo Internacional da Radiação Ionizante: símbolo utilizado internacionalmente para indicar a presença de
radiação ionizante. Deve ser acompanhado de um texto descrevendo o emprego da radiação ionizante.
Simuladores de fontes seladas: invólucros vazios, para enclausurar material radioativo, utilizados em treinamentos
de braquiterapia.
Teratogenicidade: Propriedade de um agente químico, físico ou biológico de induzir desenvolvimento anormal,
gestacionalmente ou na fase pós-natal, expressado pela letalidade, malformações, retardo do desenvolvimento ou
aberração funcional.
Titular da Instalação Radiativa: Responsável legal pelo estabelecimento para o qual foi outorgada uma licença ou
outro tipo de autorização.
Toxinas: substâncias químicas sintetizadas por organismos, que exercem efeitos biológicos adversos no ser
humano.
Trabalhadores ocupacionalmente expostos às radiações ionizantes: trabalhador que, em conseqüência do seu
trabalho a serviço da instalação radiativa, possa vir a receber, por ano, doses superiores aos limites primários para
indivíduos do público, estabelecidos na Norma CNEN-NE 3.01 “Diretrizes Básicas de Radioproteção”.
Trabalhador para-ocupacionalmente exposto às radiações ionizantes: trabalhador cujas atividades laborais não
estão relacionadas diretamente às radiações ionizantes, mas que ocasionalmente também podem vir a receber doses
superiores aos limites primários estabelecidos na Norma CNEN-NE 3.01 “Diretrizes Básicas de Radioproteção”
para indivíduos do público.
Trabalhador Qualificado: aquele que comprove perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes
condições:
a) capacitação na empresa, conforme o disposto na NR-32;
b) capacitação mediante curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por
profissional habilitado.
Transmissibilidade: capacidade de transmissão de um agente a um hospedeiro. O período de transmissibilidade
corresponde ao intervalo de tempo durante o qual um organismo elimina um agente biológico para reservatórios ou
para um hospedeiro.
Turbulência aérea: Alteração da uniformidade do fluxo de ar laminar unidirecional (no caso, interior da Cabine de
Segurança Biológica Classe II tipo B2).
Vacinação: processo visando obtenção de imunidade ativa e duradoura de um organismo. A imunidade ativa é a
proteção conferida pela estimulação antigênica do sistema imunológico com o desenvolvimento de uma resposta
humoral (produção de anticorpos) e celular.
Vetor: vetor é um organismo que transmite um agente biológico de uma fonte de exposição ou reservatório a um
hospedeiro.
Vias de entrada: tecidos ou órgãos por onde um agente penetra em um organismo, podendo ocasionar uma doença.
A entrada pode ser por via cutânea (por contato direto com a pele), percutânea (através da pele), parenteral (por
inoculação intravenosa, intramuscular, subcutânea), por contato direto com as mucosas, por via respiratória (por
inalação) e por via oral (por ingestão).
Vias de transmissão: percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o hospedeiro. A
transmissão pode ocorrer das seguintes formas:
1. Direta: transmissão do agente biológico, sem a intermediação de veículos ou vetores.
2. Indireta: transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores.
Virulência: É o grau de patogenicidade de um agente infeccioso.