quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES

ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL EM 2013



Total de Acidentes 717.911, mortes 2.797.               

Sendo:

Típicos       Trajeto   Doenças ocupacionais       Acidentes sem CAT
432.254    111.601             15.226                               158.830

PERIGO CRESCENTE

Perdas financeiras com a concessão de benefícios acidentários, redução da produtividade e vidas precocemente interrompidas pelas más condições de saúde e segurança no trabalho.
A escalada de acidentes típicos e de trajeto chama atenção: em 2013, foram 5.970 acidentes típicos a mais (alta de 1,4% em relação a 2012) e 8.561 acidentes de trajeto a mais (alta de 8,31%). Somando-se apenas os acidentes típicos e de trajeto, são 543.855 ou 75,76% do total de acidentes ocorridos no ano. Ambos os agravos (típicos e de trajeto) foram responsáveis pelo aumento dos acidentes de trabalho em 0,55% no ano de 2013 em comparação com 2012.
Os 432.254 acidentes típicos contabilizados em 2013 atingiram a sua pior marca em 20 anos, só "perdendo" para o ano de 2008 (441.925 registros). Já os 111.601 acidentes de trajeto tiveram o pior resultado em 44 anos, desde 1970.
Já as doenças do trabalho apontaram uma tendência de queda tanto absoluta quanto relativa, embora isto esteja sendo "compensado" pelo aumento dos acidentes sem CAT registrada que desde 2007 figuram nas estatísticas da Previdência. Mesmo com um decréscimo de 5,3% neste item ante o ano anterior, os acidentes sem CAT registrada (leiam-se doenças do trabalho) provenientes do Nexo Técnico Epidemiológico representam hoje 22,12% do total de acidentes registrados no país.


ANÁLISE SETORIAL

Ao examinar os acidentes de trabalho por setor de atividade econômica, o setor de Serviços absorve pouco mais da metade dos acidentes (360.207 ou 50,17% do total) e 72,68% dos empregos formais no país (35.577.516).

Os registros em carteira assinada tiveram aumento de 3,63% em relação a 2012, em um segmento que poderia crescer ainda mais, não fosse o alto número de acidentes (acréscimo de 3,36%), associado a outros fatores que prejudicam a produtividade. Embora seja evidente a enorme representatividade do setor de Serviços na análise acidentária brasileira (cujos índices são preocupantes e carecem de maior atenção para que sejam reduzidos ou eliminados), a alta dos acidentes em 2013, foi proporcional à alta de contratações, conforme já verificado em anos anteriores.

No setor da Indústria, nota-se uma mudança lenta, gradual e positiva do ponto de vista da Saúde e Segurança do Trabalho: os empregos formais continuam crescendo, totalizando 11.891.353 em 2013 (alta de 1,95%) e os acidentes continuam baixam totalizando 308.816 (redução de 0,7%). Ainda assim, é da Indústria a mais alta taxa de acidentalidade entre os três setores de atividade econômica: 2.597 acidentes por 100 mil trabalhadores. O setor emprega 24,29% dos trabalhadores com carteira assinada e é responsável por 43,02% do total de acidentes no país.

O setor Agropecuário, que absorve 1.479.564 empregos formais (3,02% do total nacional) e contabilizou 23.440 acidentes em 2013 (3,27% do total), também tem registrado uma mudança lenta, gradual e positiva. Houve um acréscimo de 1,05% no número de trabalhadores+1:1048576  empregados e uma redução de 8,74% nos acidentes. A taxa de acidentalidade na Agropecuária é de 1.584 por 100 mil trabalhadores e vem diminuindo ano a ano.



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